Capítulo 2: Hwachae

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— Ótimo dia para não ter amigos com quem desabafar. – me joguei na cama, gemendo de dor. — Esse filho da mãe do Kwon Jae-sung. Eu vou acabar com a raça desse cara! – Fechei meus olhos.

Quem eu queria enganar? É ele quem está acabando com a minha raça. A única coisa que eu sei fazer lutando com aquele cara, é me defender, e até isso é difícil! Ele parece ser de ferro, não dá para vencer dele, estou perdendo todas as minhas esperanças de entrar no time que vai poder lutar no Sekai Taikai. – Suspirei.

— Não, Lia. Você não vai desistir!

Claro, eu preciso de uma distração. Eu ando muito estressada. Preciso tirar a minha mente do Karatê, sinto que isto não é muito saudável para mim no momento, ainda mais estando sob pressão. O meu medo de desapontar a minha mãe e sensei Kreese é enorme. Espairecer a mente seria uma opção boa.

Me despi, logo entrando no box do banheiro para tomar um banho. A água quente sob a minha pele me fez relaxar, aquilo era como uma massagem. A sensação era fantástica.

Ao sair do banho, enrolei a toalha no corpo e me arrumei. Algo simples que senti falta de fazer desde que cheguei aqui. Pela primeira vez depois de uma semana estando aqui. Escolhi uma calça cargo marrom e um top branco. Peguei minha sacolinha, onde coloquei todas as minhas maquiagens, assim que vi o delineador, o agarrei.

Tentei agilizar a parte da maquiagem, mas sempre que tento fazer um delineado decente e rápido, nunca dá certo. Dez minutos se passaram até conseguir fazer um que me agradasse, mas tive quase certeza que não estavam tão proporcionais.

Peguei meu celular e os meus fones de ouvido, logo calcei os meus tênis e saí de fininho do Dojo, não queria trombar com ninguém - e também não sei se a sensei Kim gostaria que eu saísse daqui ao invés de treinar com o aluno prodígio dela.

[...]

Andei por longas horas na cidade, tudo era maravilhoso, as ruas são tão limpinhas que eu tenho certeza que poderia lamber o chão.

Decidi tirar algumas fotos, eu necessito me lembrar de todos esses lugares incríveis. Seria bom se alguém me acompanhasse para esta pequena aventura, a solidão me pega às vezes, mas acho que passar um tempinho comigo mesma para me conhecer melhor é bom.

Avistei uma sorveteria e senti a vontade imensa de tomar um sorvete. Eu preciso daquele pequeno descanso antes de continuar a caminhada pela cidade. Caminhei até a loja, sentindo o ar fresco. Sorri ao ver as variações de sorvetes. Sorvetes com certeza são o meu ponto fraco.

— Annyeonghaseyo. – A moça disse em coreano.

— Desculpe, sou turista. Olá! – Respondi sem graça.

— Ah, tudo bem, olá! Você já sabe qual sabor quer? – Ela sorriu, perguntando de um jeito delicado.

— Mhmm, sim! Um sorvete de pistache, apenas uma bola, por favor. – Respondi e ela assentiu, preparando o meu pedido.

Ao terminar de prepará-lo, ela me entregou com alguns guardanapos.

— Aproveite a sua estádia aqui na cidade!

— Obrigada! Tenha um bom dia. – Acenei, logo saindo da loja. — E finalmente vou poder provar um sorvete da Coréia do Sul pela primeira vez na minha vida! Uma oportunidade única, sabe-se lá quando voltarei para este país.

Dei uma lambida generosa e senti aquele fabuloso sabor de sorvete na boca. O sorvete é maravilhoso, fiquei viciada nele. Não parava de lamber. Fiquei surpresa com a velocidade que eu podia tomar um sorvete, mas valeu a pena.

Peguei meu celular do bolso de trás para checar o horário, já que estava ficando um pouco escuro, e me assustei. Além de estar bem tarde, eu estava praticamente sem bateria.

Until One Of Us Is Down - Kwon Jae-Sung Onde histórias criam vida. Descubra agora