Capítulo I

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Alceu Lopez fazia vários gestos e sorria como um louco ao contar sobre o dia em que ele fez um feitiço ao qual ocasionou um gato a ter sua perna quebrada em um acidente; mas havia uma simples coisa ao qual Alceu ainda não havia notado: ninguém dava a mínima para isso.

  Aurora olhava para seu relógio de pulso. Era 7h22 da manhã, e o sinal só tocaria às 7h30 da manhã. Ainda era preciso aguentar mais um pouco da falação de Al.

  Rex Heri tentava ao máximo ajeitar a coroa na sua cabeça, mas ela nunca parecia estar no lugar certo; sempre um pouco para a esquerda, ou para a direita. Talvez o fato dele estar tremendo tivesse alguma relação com Rex não conseguir encaixar a coroa no lugar certo.

  Stella Amans mexia no celular e digitava como se não houvesse amanhã. Ninguém fazia ideia do que ela estava a fazer; porém, o sorrisinho na cara dela quase gritava para o mundo que era coisa boa.

  Yuki Otieno olhava fixamente para uma bola de lã marrom, enquanto isso, a sua cauda movia-se lentamente. Era um dos vários “brinquedos” que ele levava para o colégio, com o objetivo de distrair-se.

  Todo o grupo de amigos sentados na grama, perto da entrada do colégio. Eles só conseguiam pensar no momento do alarme tocar e todos eles entrarem, junto daqueles outros gatos.

  A primeira aula seria de poções e líquidos mágicos. E quem dava esta aula era Minerva Hodges. Era sexta-feira, e a primeira aula seria dela. Tinha como melhorar?

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Bezalel Windsor andava meio agachado, com a sua mochila em suas mãos. Ele olhava para todos os lados, apenas para ter certeza de que não havia ninguém observando-o

  Estava prestes a entrar na escola pela saída de emergência, e Elodie Divinus aparentemente não havia o visto.

  Iria colocar a sua pata ma maçaneta da porta; no entanto, uma outra pata bem maior que a dele agarrou a sua. Impedindo-o de abrir a porta.

  Só de olhar para a mão, já sabia quem era.

  Sesu olhos arregalaram e ele congelou lá mesmo, incapaz de mover um músculo.

  Ouviu a voz de Elodie sussurrando bam baixinho em seu ouvido:

  — Tá fazendo o que aqui, Bezal?

  Demorou um pouco para Bezalel ter coragem de olhar para trás, e quando teve, viu que realmente era ele. Mais uma vez, haviam se encontrado na escola. E Bezal já tinha uma noção sobre o que poderia acontecer lá.
 
  — Eu tô... eu tô... — pensou em várias desculpas para estar ali, entrando por onde não deveria; contudo, nenhuma das opções parecia fazer uma boa mentira.

  — Já entendi, você quer fugir de mim. — Elodie agarrou Bezalel pela camisa e o colocou contra a parede. — Mas você sabe que não tem como fugir!

  Bezal ficou parado, olhado para os lados, procurando por qualquer gato ao qual pudesse ajudá-lo; entretanto, não havia uma alma viva por perto além dos dois.

  — Você não vai falar nada?

  Ele pressionou Bezal contra a parede com mais firmeza, e Bezalel soltou um breve e fraco gemido.

  Elodie ficou meio confuso, mas quando entendeu, sentiu seu corpo seu rosto ficar mais quente e sua face em si ficar mais avermelhada.

  Ele soltou Bezal e deu alguns passos para trás. Logo após, cruzou os braços.

  — Só... fica esperto. — Foi o máximo que ele conseguiu dizer.

  Bezal apenas olhou, analisando ele dos pés até a cabeça.

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