Capítulo III

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— Mas, o que você é exatamente? — questionou Isa, enquanto olhava toda hora para a porta de seu quarto, apenas para garantir que ninguém entrasse ali de repente.

  — Bem, eu sou apenas um mago! E um gato! — respondeu o Expurgado.

  — Mas não faz sentido. Você é muito diferente dos outros gatos eu eu conheço. Seus olhos são menores, e os seus círculos nos olhos são pretos ao invés de azuis que nem todos!

  — As minhas pupilas?

  — Acho que é, deve ser o nome dos círculos pretos que ficam nos olhos.

  — Olha, eu nunca tinha parado para pensar nisso. Talvez seja alguma mutação ou algo assim.

  — Tem razão.

  Encararam-se durante uns cinco segundos. Isa analisou o corpo dele e percebeu o quão diferente ele era.

  Claro, ele poderia ter o mesmo formato de um gato, mas não poderia ser um.

  Não poderia ser um dos deuses. Não só por não se parecer com um, mas também pelo fato dos deuses quase nunca interagirem diretamente com os felinos.

  O que ele seria?

  Essa era uma pergunta ao qual Isabelly não teria uma resposta tão cedo.

  — Te vejo depois! — foram as últimas palavras que o Expurgado disse antes de sumir em um piscar de olhos, deixando nada para trás.

  Alguém abriu a porta.

  — Filha? Tudo bem? — Amora otieno parecia preocupada.

  — Sim, mamãe! — Isa lembrava-se muito bem do acordo ao qual havia feito com o Expurgado. Não iria falar nada demais.

  — Que bom... Eu senti uma sensação meio estranha, mas deve ter sido só impressão minha — ela deu uma risadinha de nervoso.

  Logo, fechou a porta; mas não antes de abrir-la novamente e dar uma espiada. Logo, fechou a porta completamente.

  Isa ouviu apenas os passos dela afastando-se.

— Só eu que achei o teste difícil? — novamente, Alceu estava falando de boca cheia.

  Todo o grupo olhou para ele, até Stella falar:

  — Querido, aquilo foi um teste de personalidade.

  — E daí?

  — Você achou um teste de personalidade difícil?

  — Sim.

  — Meus deuses.

Elodie olhou para cima, vendo o teto branco do banheiro da escola.
 
  A cabine era até que pequena para ele, mas não se importava tanto com isso.

  Elodie começou a ver as fotos na galeria de seu celular, piso não havia nada melhor para fazer. Tinha muita coisa lá, sendo a maioria apenas vídeos que ele achava em redes sociais aleatórias; mas era apenas para ele mesmo ver.

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