— DESDE QUE MEU PEDIDO SEJA CONCRETIZADO... — Arlong deu de ombros, caminhando na frente dela. Líder analisou o figurino do homem peixe de costas, respirando fundo. Não mudava grande coisa de um homem humano, apenas que ele era um peixe, mais precisamente um tubarão serra.
Foi aí que uma pergunta lhe surge sem menos ter filtro na língua, dado a todos os livros que leu.
— Se você é um tubarão serra, você tem tudo o que eles têm?
— Sim, e o que tem!? — Ele acaba parando para olhar para ela, já com seu instinto pronto para atacá-la nem que fosse por metas palavras.
— Sei algumas coisa sobre as espécies do mar, só nunca pensei que existisse metade humano metade peixe.
— Eu não sou metade humano! Eu sou um homem peixe, mais precisamente tubarão serra! Não sou humano e nunca serei! Se você ousar me chamas mais uma vez de humano, eu garanto que o nosso contrato fica sem efeito e outro terá seu lugarzeco pindérico.
— É pindérico mesmo, não é? Se fosse um homem querendo, você já não dizia o mesmo.
— Não é por ser homem ou mulher. Eu odeio humanos, todos eles.
— Porque nos tem aqui então? Eu e Nami somos humanas.
— Se continuas a abrir a sua boca, quando ela me der o que deve, vocês viram a minha refeição.
— Entendi. Mas não respondeu minha pergunta. Até parece hilário eu querer saber sobre algo assim.
— O que você quer saber? — Arlong questiona, já tendo em mente que talvez fosse a pergunta que mais faziam indiretamente. — Sim, eu tenho dois. — Acaba respondendo por conta dela demorar.
— Quê? Dois quê?
— Não ia me perguntar isso? Sobre eu ter dois?
— Mas dois quê? Eu ia perguntar se você dorme deitado, já que tem barbatana. Você dorme, certo?
— Não durmo de barriga para cima. Porquê a pergunta?
— Sei que alguns animais do mar se virarem de barriga para cima afogam-se no mar.
— Até que alguns humanos são inteligentes. Mas está me dizendo isso para quê? Para eu te achar menos inútil?
— Não. Acabou saindo da minha boca mesmo. E eu tenho medo do que você estava pensando antes. Mas é porque eu já estou pensando sobre também, pois eu também... Vi escrito.
— Eu sou um tubarão serra. — E dito isso, ele voltou a andar, só parando quando chegaram ao quarto dela, onde Arlong preparou as coisas para o curativo em seu braço.
— Você realmente não presta muito, mas é por conta do azar. Primeiro fica doente da forma mais estúpida possível e agora leva um tiro? Realmente, humanos são tão...
— Já sei. Inúteis.
— Não. Fracos. Fracos e inúteis.
— Se você levar um tiro também morre se acertar pontos vitais.
— Não tanto como vocês. — Um gemido de dor foi dado quando Arlong tirou a bala com suas próprias unhas, vendo ela mesmo chorar por conta disso.
— Arlong! Isso vai piorar! — Nami chega, berrando quando vê a exata cena.
— Ela que é fraca, qual o problema de tirar uma bala, já tirei várias em meus tripulantes. — Nami apenas o afasta brutamente, tratando ela do ferimento da garota. Arlong apenas observa, por mais que tivesse vontade de morder a cabeça das duas garotas por conta disto tudo.
— Humanas inúteis. — Diz, se levantando, mas o facto da garota estar chorando lhe incomoda. Se baixou mais uma vez para ver o rosto da garota e o aperta.
— Seca essas lágrimas se quer ser a melhor espadachim do mundo. — E então dito, ele saiu. Nami respirou fundo.
— Sinceramente, penso sobre se ele pode cumprir isso, mas você não quer saber. Mas bem, se ele fizer o que combinámos, talvez eu acredite que ele te transforme nisso.
— Pode calar a boca? Já estou farta de te ouvir.
— Obrigada por me salvar. — Ela diz, com um sorriso no rosto, pegando um pequeno papel para ela secar as lágrimas, mas ela limpa em sua própria roupa após dar um tapa na mão dela.
— Para a próxima, que seja você a levar um tiro.
[...]
— Nami foi fazer as suas coisas, se estiver procurando por ela. — A voz de Arlong se ouve no fundo do corredor, assustando a garota.
— Não quero saber dela.
— Então o que está aí fazendo? Tentando me roubar?
— Eu tenho fome. — Ela diz, virando seu corpo para ele. — Esqueci onde é a cozinha.
— Eu simplesmente desisto de você.
— Me deixa comer, por favor. Você me dá uma mísera porção que nem na Terra do Nunca me davam tão pouco. Eu preciso me alimentar direito se quer tanto que eu seja útil.
— Um corpo desses não precisa de tanta comida, muito menos a minha comida.
— Você odeia assim tanto humanos para rejeitar dar comida a alguém que diz ser seu tripulante? Se é assim, porque não me mata logo?
— A cozinha é ali. — Ele só aponta, virando costas. Líder tinha sido ignorada, mas pelo menos ele tinha dito realmente onde era a cozinha.
Andando até lá, ela procurou algo que pudesse comer na hora, revirando os olhos quando só viu carne congelada. Não tinha mais nada, apenas carne.
— Ele fez de propósito. — Bateu contra uma das portas dos armários, saindo de lá ainda mais enfurecida. Já estava por conta da fome, por conta disso ainda mais.
— Mas será que eles só comem carne? E depois diz que não é metade humano! Só come carne carne carne! Não tem mais coisa de humano do que isso! Aish! Eu nem sei assar carne nessas coisas! Eu nem o nome sei!
— A bichinha fala sozinha também? — Líder se assusta quando um dos tripulantes acaba entrando na cozinha. — Arlong sabe que está aqui? — Líder pega sua espada, apontando para o tripulante.
— Me faça algo para comer ou eu mato você.
— Com que direito?
— Arlong não vai gostar de saber que te matei porque não me fez comida.
— Só porque estou a um ponto dele me matar. Sai da frente, pivete.
[...]
— Então quer dizer que a pirralhinha ameaçou matar um tripulante só para lhe fazerem comida.
— Você só tinha carne congelada, queria que eu fizesse o quê?
— Parasse de achar que manda alguma coisa. Você é só uma humana, pirralha.
— Não quero saber. Se você quer que eu seja ainda mais útil, me alimente com comida em condições.
— Vá buscar essa "comida em condições".
— Vou mesmo. Vai ver, vou voltar com a melhor comida!
— Bem capaz de morrer antes de chegar lá.
— Quee apostar?
— Se conseguir, durante um dia eu faço o que você quiser, se não, você faz o que eu bem quiser por dois.
— Porque você por dois?
— Porque quem manda aqui sou eu.
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The fishman's ruse | arlong park
Fanfiction[arleader ! ver] Líder acreditou em Nami que seria a maior espadachim do mundo se lhe entregasse tudo o que tinha de dinheiro e ouro e fosse com ela para a ilha onde morava. No entanto, quem diria que Nami era da tripulação de Arlong Park, o homem...