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DEMOROU MAIS DOIS DIAS PARA LÍDER SE RECUPERAR. Enquanto isso, Chu aproveitava para treinar mais das suas habilidades, rindo da garota quando a pegou suas espadas de volta e ainda sua adaga, que tinha colocado em sua boca enquanto esperava todo aquele espetáculo dele terminar, encostada numa viga. 

— Quando que vai terminar? — Ela pensa consigo, encarando Arlong que estava logo atrás de si. Ele não a encara de volta. De braços cruzados, ele manda seu tripulante se despachar, começando então o duelo que iria provar algo para o capitão pirata. Afinal, em nenhum momento viu a garota falhando em algum ataque 1ue fez contra as almofadas velhas de nami e ainda destroço a cama dela, sendo repreendida pelo homem peixe, obviamente, mas mentalmente elogiada pois realmente ela era rápida em seus ataques. 

Mas ele queria ver mais, pois já fazia quase uma semana que ela estava em sua tripulação e somente a tatuagem em suas costas a fazia de uma tripulante no Arlong Pirates. 

A tatuagem se notava perfeitamente. Os braços magros também estavam expostos, e realmente eram finíssimos. Tudo na garota era magro, mas o que deixou Arlong olhando-a após se desencostar foi uma cicatriz na nuca, esse que viu somente quando seu cabelo moveu-se com o vento. O corte horrível — na sua opinião — também fazia a garota parecer do sexo oposto, mas seu rosto até que denunciava que ela era uma garota, além de sua voz. Sua cara era típica das zonas ocidentais, então claramente encontraria-se facilmente alguém parecido com ela. 

Enquanto ela lutava contra seu tripulante, ele não tirou os olhos dela. Seus movimentos eram firmes, rápidos e precisos, mas Arlong não prestava só atenção nisso. Várias coisas sobre ela circulavam em sua cabeça, sobretudo o facto dela ser a Terra do Nunca. A Terra do Nunca era conhecida antigamente como o Paraíso, onde todas as crianças queriam ir, ainda mais porque lá seria-se criança para sempre. No entanto, Arlong sabia que ela era maior de idade. Não por conta do seu corpo, mas por conta da sua experiência. Para ser uma espadachim daquele tipo, ela teve que estar anos lutando para ser a melhor. 

Ele pegou a adaga que ela jogou nos pés de Arlong pois Chu reclamava de ataques mínimos com tal peça. Arlong pegou, analisando aquele pedaço de lâmina afiado, arregalado seus olhos quando viu que aquilo tinha um nome gravado. 

Aquela adaga era nada mais nada menos de Jung Wooyoung do HALATEEZ. 

Arlong respirou fundo, encarando a luta que não demorou para terminar. Líder poupou bastante do tripulante. Afinal, apenas o queria humilhar porque em menos de cinco minutos, ele já estava exausto e ainda reclamando dos ataques que dizia ser injusto. 

— Eu só fiz pouco dele nos últimos cinco minutos. Espero que agora saiba o meu valor e me faça a melhor espadachim do mundo. Farei o que for preciso, mas quero derrotar um por um. 

— Vejo que pelo menos um deles tentou. 

— Ele viveu na Terra do Nunca. De qualquer das formas, algo dele eu transportaria. Mesmo sem a adaga, eu transporto. Sangue, suor, lágrimas, traumas. Mesmo antes do conhecer, eu já transportava algo dele misturado comigo. Eu não sou qualwuer uma, como disse. Eu te avisei. Eu sou a Líder das Crianças da Terra do Nunca. Peter Pan pode ter roubado as crianças, mas eu sou lhe agradecida por ter-me salvado. 

— Você é um enigma que eu irei descobrir. Pois no Arlong Pirates, não há segredos. 

— Em nenhum momento te escondi um segredo. Agora eu tê-los comigo, são coisas diferentes. Bem, estou com fome. 

— Pode voltar lá para cima. Quero que descanse pois já te vejo apta para a primeira missão. 

— Ótimo. Finalmente vou ser reconhecida nessa merda. 

— Quem mandou você ficar doente? 

— Não estava referindo-me a isso. Sua cartógrafa me enganou, não se esqueça. 

— Não esqueço, também como não ligo. 

— Devia ligar, tenho um objetivo a cumprir quanto a ela. — Sem aviso, o rosto pequeno é pego e levantado. Por mais que seu corpo tivesse sido levantado ao ar, o olhar de Líder continuava o mesmo para o homem peixe. 

— Se você toca na minha cartografa, você nunca será a melhor espadachim do mundo! 

— Como queira. — Foi largada com um pouco de brutalidade, mas ela se levantou e pegou a adaga que Arlong jogou no chão. 

— Saiba que quero saber mais sobre a Terra do Nunca. E sobre o HALATEEZ. Essa adaga pode ter mais história do que você quis contar. Não confio em você o suficiente, e se eu não confiar, você não será útil aqui. Faça-se útil, se quer ser a melhor espadachim do mundo, senão... Já sabe seu destino. 

— Não tenho nada a perder de contar sobre. Afinal, eu vivi parte da minha vida lá. Poderá ser uma pista para também encontrarmos quem eu mais quero derrotar. Ele pode ter me escapado uma vez, mas desta vez, ele não escapa. Prometo, Arlong Park. Você vai ver do que eu sou capaz. 

— Veremos. 


The fishman's ruse | arlong park Where stories live. Discover now