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O cigarro queimava entre seus dedos enquanto Sasha observava, estava estacionada do outro lado da rua do escritório de advocacia do Brad, o patriarca da família.

Quando o maço de cigarro acabou, já tinha se passado uma hora e meia e ela estava desistindo de ficar lá espiando... Sasha tinha certeza que ele era infiel a Laura e queria comprovar isso com os próprios olhos, a emoção de testemunhar isso assim como viu o estupro que Andric cometeu e como a Susie era uma vadia a excitava, ela provava pra si mesma que nenhuma família era perfeita e ela não era a única azarada no mundo.

Resolveu descer do carro, colocou o capuz do moletom e andou com as mãos no bolso até o outro lado da rua, havia uma viela ao lado do pequeno prédio de tijolos expostos em que ele trabalhava, ela entrou nessa viela com a intenção de olhar pelos fundos.

Mas na metade do caminho foi supreendida com um uma mão tapando sua boca e uma chave de braço por trás, Sasha começou a lutar chutando o ar a sua frente e se debatendo, mas a pessoa que a segurava era forte e a colocou contra a parede, encostando seu rosto no tijolo frio:
-O que tem de errado com você?! - disse no ouvido dela, a voz era grossa... Ela reconheceu imediatamente, Brad.

Foi então que ele a virou de frente pra si, a segurando pelo pescoço e apertando um pouco pra que não fugisse, Sasha estava descabelada e ofegante quando respondeu:
-Eu só estava passando por aqui, e fiquei curiosa pra ver aonde você trabalha.

Ele franziu o cenho, unindo as duas sobrancelhas grossas em uma expressão de desconfiança:
-Já faz mais de uma hora que está tentando me vigiar, mas era eu quem estava vigiando você.

Sasha tentou cravar as unhas na mão dele pra que a soltasse, mas foi em vão, ela estava começando a ficar assustada:
-Só me deixa ir, não vou mais fazer isso, vou manter distância e ficar na minha.

Praticamente encostando o rosto no dela, ele questionou novamente:
-O que você quer? Estou tentando entender suas intenções.

Foi então que Sasha soube que era o momento exato de tentar algo, pois já estava mesmo emaranhada nos segredos daquela família:
-Eu quero ser a tua putinha - ela olhou no fundo dos olhos dele - Desde a primeira vez que eu te vi, quero que você me domine e me faça sua.

Brad enrolou a mão no cabelo da nuca dela e a puxou pra um beijo intenso e violento, a dança entre as línguas a deixou muito excitada, sentir o corpo forte e rígido dele contra o dela... Então ele a puxou pelo cabelo até os fundos da viela e Brad desafivelou o cinto e colocou o pau pra fora, era grosso com pelos pubianos loiros, ela se ajoelhou ali no piso de concreto e começou a chupar... Até que olhou pra cima com os olhos marejados e pediu:
-Cospe na minha boca?

Brad suspirou de tesão, segurou o rosto dela pelo queixo e cuspiu um longo fio de saliva, Sasha usou essa saliva pra deixar o pau dele ainda mais molhado, Brad colocou as mãos atrás da cabeça e gemeu:
-Você quer me deixar louco, sua vagabunda.

Ela continuou chupando sem frescura alguma, engolindo até engasgar e deixando cuspe escorrer até as bolas... E com a maquiagem borrada ela abriu a boca com a língua pra fora:
-Quero engolir toda a tua porra.

Quando foi gozar, ele empurrou a cabeça dela até o talo pra gozar dentro da garganta, Sasha se engasgou e depois riu, limpando os cantos da boca enquanto ficava de pé.

Brad subiu as calças e colocou o cinto, depois ajeitou o paletó e o cabelo, e olhou para Sasha com cara de poucos amigos:
-Esse vai ser o nosso segredo, entendeu?
-Pode deixar.

Foi então que ele quase esboçou um sorriso lateral, deu um tapinha no rosto dela e disse:
-Dessa vez Johnny soube escolher bem uma garota, estou orgulhoso dele.

Enrolando o cabelo na ponta do dedo e com os olhos todos borrados de preto ela respondeu:
-É uma pena eu ter conhecido ele antes de conhecer você, pois se eu pudesse escolher, seria sua.

Brad assentiu, analisando ela por completo:
-Garotas como você são perigosas, e eu já sou maduro o suficiente pra saber disso, deixo você para o meu filho mesmo.

Ele então voltou ao trabalho, deixando Sasha sozinha ali naquele beco, ela acendeu um cigarro e fumou sentada ao lado da lixeira, limpando o canto dos olhos olhando no reflexo do celular... E quando estava prestes a sair dali, olhou pra cima e viu Susie na janela do prédio.

Seu coração parou por um instante, sentiu o corpo inteiro congelar de susto, pois ela não sabia à quanto tempo aquela maldita garota estava ali vendo tudo, e se tivesse visto ou fotografado o que ela tinha feito.

As duas se encararam por algum tempo, Sasha acenou mas a garota não retribuiu, apenas ajeitou na tiara que usava na cabeça e deu as costas.

Sasha voltou para seu carro e deitou o rosto no volante, depois em um surto de raiva começou a dar uns tapas no painel e gritar consigo mesma, sentindo um ódio e uma angustia sufocante.

Após se acalmar ela dirigiu de volta para a casa dos Von Rosenfeld, estacionou na rua e ficou admirando aquela casa enorme com pontas angulosas, que mais lembrava um castelo.

E de lá, viu Laura conversando com o garoto da jardinagem, e pra supresa de Sasha, a mulher que geralmente era rabugenta e esnobe estava sorrindo e pegando nos braços suados do garoto.

Sasha desceu do carro e andou sorrateiramente pelo jardim lateral escondida atrás da vegetação pra tentar escutar algo...

-Ok então, vamos tentar cultivar rosas vermelhas na próxima primavera - disse Laura, empolgada - Estou ansiosa pra passarmos mais tempo juntos.

-Eu também senhora Rosenfeld - respondeu ele, com as mãos no bolso de trás.

-Já te pedi pra me chamar de Laura - ela acariciou o braço dele novamente - Eu gosto de ouvir meu nome saindo da sua boca.

Sasha encostou na cerca e ficou segurando o riso, incrédula como a senhora da moral e bons costumes talvez tivesse uma queda por funcionários jovens e sarados... Ela precisava de um cigarro pra digerir tudo aquilo.

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⏰ Última atualização: Aug 12 ⏰

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𝐍𝐈𝐍𝐅𝐎𝐌𝐀𝐍𝐈́𝐀𝐂𝐀Onde histórias criam vida. Descubra agora