Capítulo 13

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Gustavo Mioto

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Gustavo Mioto

Tenho me sentido estranho nos últimos. Era como se o peso de estar vivo, estivesse diminuindo.


Desde que tudo aconteceu estar vivo se tornou um peso pra mim.

Todos os dias ao acordar eu soltava uma murmuração por ter acordado mais um dia, o que era estranho, pois vai totalmente contra ao que eu sempre aprendi a minha vida toda.

E por mais que isso me entristeça, eu não conseguia fazer diferente.

A culpa por tudo o que aconteceu nunca saiu das minhas costas e carregar ela todos os dias é extremamente torturante.


Após chegar do escritório, tomo um banho e me deito na cama pensativo. Rapidamente minha mente me lembra da morena com o sorriso encantado que tem iluminado meus dias e me tirado do sério.

Mesmo que eu não assuma nem sob pressão, Ana Flávia mexe comigo.

Lembro-me dos conselhos de Rafael, juntamente com todos os meus outros amigos. Eu mereço ter um pouquinho de felicidade, ou melhor prazer.

Já na social da Gabi, encaro a morena pela noite toda. Ana Flavia no inicio parecia irritada com minha presença e eu sabia que não era loucura minha, já que era totalmente notório que ela detestava dividir o mesmo espaço que eu. Mas aos poucos sua expressão de irritação foi sumindo e foi dando espaço para um enorme sorriso.


E puta que pariu, que sorriso lindo!

-É ela né? –Escuto a voz de meu amigo e só então percebo que ele está ao meu lado.

-Ela o quê, Rafael? –o indago me fazendo de desentendido e dando um gole no copo aonde continha energético.

-A tal Ana Flávia. Não vai chegar nela?

-Cê tá doido? A muier' é braba, capaz dela tacar um litro de whisky na minha cabeça.

-Não é pra tanto, irmão. Sei que você ta meio enferrujado, mas ainda tem os encantos de um Mioto. Faça o que tem que ser feito e dará certo.

-Rafael, vai procurar alguém pra beijar e me deixa em paz.

-Vou mesmo. Mas olha lá, ela tá saindo fora, acho que essa é sua oportunidade, não desperdice, querido amigo. –ele fala se afastando, mas antes de se virar totalmente piscando para mim.

Merda! Ele tem razão.

Caminho indo atrás de Ana Flavia sendo totalmente guiando pelo o desejo absurdo que ela me causa.

Maldita morena!

Como máximo de cautela possível, a sigo até o cômodo que ela adentra um pouco zonza.

Aparentemente alguém bebeu demais.

Da porta, a encaro em silencio tentando alcançar o pote na ultima prateleira do armário.

Analiso seu corpo sentindo o meu pegar fogo, seu corpo é uma verdadeira obra de arte.


Me aproximo na intenção de lhe ajudar a pegar o pote, mas como em uma cena de uma filme clichê, ela se desequilibra e rapidamente eu a seguro pela cintura.

Minhas mãos seguram firme o local e eu aproximo minha cabeça no vão do seu pescoço seu cheiro doce que me deixa totalmente embriagado, se duvida até mais do que ela que havia bebido a noite toda.

-Acho que seu maior ódio acabou de te salvar. –sussurro com a voz embargado de desejo, bem proximo da sua orelha e percebo os pelos daquela região se arrepiarem.

-Gustavooo! –ela sussurra quase como um gemido e isso me deixa com ainda mais vontade de lhe ter pra mim. Por completa!


-Aninhaaa! Deu certo? –uma voz feminina quebra a nossa bolha e rapidamente a morena se desespera se virando e me empurrando.

Um pouco sem graça encaro a loira a minha frente com uma cara de surpresa.


-Eu... eu... eu ia caindo e o Gustavo me segurou, mas eu já tava voltando pra festa. Na verdade eu já estava voltando pra casa. Isso, eu vou pra casa. –a morena fala rapidamente sem nem me olhar e sua amiga nos encara com um sorriso no rosto.

-Ana Flávia, você é uma safada mesmo! Puta que pariu! –a loira fala de uma maneira engraçada, arrisco dizer que ela também estava sob efeito de álcool.


-MARIA EDUARDA, CALA A BOCA! –Ana Flavia grita puxando a amiga para fora do ambiente e eu dou um sorriso de canto.

Após alguns minutos volto para a festa, somente para me despedir de Gabriela e Murilo, pois o que eu queria já não estava mais aqui, então não fazia sentido eu continuar aqui.

-Murilão, Gabi! –me aproximo chamando os dois que dançavam em meio a beijos!

-Oi, irmão!

-Vou indo. Já tá meio tarde e eu ainda trabalho amanhã.

-Tradução: ele vai indo porque a Aninha já foi pra casa e ele só veio por causa dela. –Gabi fala revirando o olho. –Se você fizer merda com minha amiga eu juro que eu arranco seu brinquedo fora, tá me ouvindo?

-Calma, querida! Murilo, sua namorada tá precisando de um SeAcalme viu? Ta muito nervosa. –falo rindo. Gabi e eu sempre tivemos essa relação de implicância.

-Não me meta nessa treta não! Vocês dois que se entendam. –ele fala rindo e Gabi ainda me encara séria.

-Gustavo, vai embora antes que eu arrebente sua cara.

-Pode deixar! Valeu pelo o convite! Seu presente chega amanhã, espero que goste. –pisco saindo do local.

No caminho pra casa, respiro fundo com a cabeça a milhão.

Em um impulso, seleciono uma pista com minhas musicas e coloco uma pra tocar, a muito tempo isso não acontecia.

Me pego pensando em tudo que havia acontecido nos últimos dias, minhas mudanças, as atitudes que a muito tempo eu não tinha e esse sentimento de paz que parecia voltar a querer aparecer.

Mas antes que um sorriso posso se abrir em meu rosto, me lembro de tudo que me aconteceu a meses atrás e do quanto tudo isso me afetou.

Novamente volto a sentir tudo como se fosse a primeira vez.

Arrependimento

Culpa

Tristeza

Raiva

Rancor

E o pior de tudo, uma dor que dilacerava meu peito.

Maldito sentimento que nunca deixa de assombrar a minha mente.

Tava aqui pensando, talvez eu suma no fim semana, então pensei em fazer uma maratona hoje com meta de comentários, o que vocês acham?

border - Miotela 🐻Onde histórias criam vida. Descubra agora