Capítulo 1 - A Federação da Rússia

0 0 0
                                    

                                                                              A Federação da Rússia
A Rússia, uma nação antiga, provada do fogo da guerra, se via pelo final do século XXI como uma potência quase decadente e sem muitas vistas para um futuro glorioso. O antigo presidente Putin havia partido, deixando após sua morte, uma reputação confortável e apreciável ao povo russo, porém seus sucessores não honrariam os mesmos feitos. Ayrtom Maslowski, foi o sucessor presidente logo após o governo prolongado de Vladimir Puti; Ayrtom era um social-democrata e pro-liberal que não possuía muitas vergonhas de esconder seus pensamentos capitalistas liberais. Muitos acreditam que as campanhas presidenciais russas de 2037 foram roubadas, mesmo que houvesse um forte apoio da mídia para dizer o contrário. Ayrtom não possuía um partido definido, apesar de não gostar nada de Putin, ele seguia de vez em quando seus passos e exemplos. Durante a administração de Maslowski, sua reputação não garantia muita admiração, nem do povo russo, nem do parlamento; sua figura era muito misteriosa, passava tempo demais dentro de uma casa de verão em Novosibirsk do quê de fato no próprio Kremlin. Sua vida misteriosa atraiu muitos olhares, principalmente da mídia independente e pequena, que procurava, através de movimentos nacionalistas russos e pequenas minorias políticas de terceira posição, encontrar falhas no novo governo afim de causar alguma queda de popularidade que resultasse na saída de Ayrtom. Bem pelo contrário, Ayrtom não saiu, mesmo que cada novo projeto de lei em seu governo significasse a venda da Mãe Rússia ao estrangeiro, Ayrtom conseguiu trazer certas riquezas aos políticos russos sem perturbar o estado de ordem natural que a Rússia passava por 2038. Não obstante, Ayrtom foi responsável por uma grande mudança social, ao permitir a privatização total de escolas públicas do governo para empresas de educação privada; ademais, seu governo permitiu leis mais ocidentais, como por exemplo, direito à eutanasia sem motivações, abortos com direitos, afrouxamentos na papelada de adoção de crianças. A Rússia, de fato, cresceu economicamente no governo de Ayrtom, porém ao custo social da cultura russa, que foi assaltada pelas empresas gigantes do capitalismo ocidental. Quando dez anos se passsaram, já era tarde demais, Ayrtom havia feito seu estrago social e cultural na Rússia. A geração que se viu nascida por volta de 2030 à 2040 foi tomada por um espirito comodista, os níveis de depressão aumentaram, taxas de ansiedade e suicídio entre jovens também sofreram um acréscimo considerável naquela data. Além do mais, adultos também foram agravados pelo governo de Maloswki; isso se deveu na taxa da carga horária do trabalho que um cidadão médio russo estava passando na época. Com um futuro tão incerto, uma geração decadente e a cultura enfraquecida, era esperado que a Rússia enfrentasse o mesmo espiral de falhas e erros que a Europa ocidental passava nos últimos tempos.

                                                                                       CRISE

 Surgiu-se uma crise logo perto do final do governo Maloswki, quando uma junta militar formada por uma série de oficiais e políticos contra-liberais tentou tomar o poder. O Kremlin foi assegurado, mas Ayrtom, naquela época, já havia transformado sua residência em Novosibirsk como seu abrigo político e centro de comando da Federação Russa inteira. O golpe foi considerado como um fracasso, e quaisquer outras tentativas de um levante conservador e ortodoxo na Rússia estariam fora de questão. Por fim, Maloswki renunciaria seu cargo de presidente no final de 2049, deixando para trás uma Rússia frágil e sem muitas esperanças; o próximo presidente seria Sergey Botov, um deputado vindo de Sevastopol, que se candidatou à presidência com promessas trabalhistas e socialistas. Sua vitória foi considerada como um marco da volta do socialismo à Rússia, onde não se via por um bom tempo. Botov inseriu na sociedade russa várias leis trabalhistas que incluíram a flexibilização da situação de funcionários e trabalhadores pela aquela época. A popularidade de Botov aumentou consideravelmente, acompanhado de discursos calorosos e saudosistas, com breves menções honrosas à Lenin e a antiga União Soviética. Botov foi, por muitos, considerado o herói soviético do futuro, com um ar de esperança preenchendo o povo russo da época; jovens socialistas cresceram como um movimento do ano de 2049, tendo tido como sendo a nova geração trabalhadora. No entanto, nada foi exatamente como flores, visto que Maloswki teria deixado em sua ausência uma forte rede de deputados e políticos russos da sua mesma laia e de mesmo pensamento sedento por dinheiro, acomodados em cadeiras liberais dentro do parlamento russo, isso sim foi o grande desafio de Botov e seus projetos socialistas. O PIB russo estava crescendo devido a economia liberalista, todavia, ao custo da quase escravização mental da população, isso se devia pelo sistema de educação privado e a propaganda governamental super secreta que se mostrava aparente em filmes e desenhos russos, bem como estrangeiros. A Rússia continuaria nessa mesma forma, população em condições de mentalidade ignorante, isto é, ignorando a escravização em sua volta, enquanto a luta política seguia-se quase nula.

Botov finalmente iria conseguir apoiar um projeto de lei que promoveria diversos benefícios trabalhistas, como menor carga de trabalho, auxílios governamentais e etc. Todavia, tal ajuda não foi o bastante, e isto levou aos trabalhadores manifestarem pela tomada do poder de Botov contra os senhores políticos russos liberais. Tal luta levaria a outra revolução fracassada, Botov seria preciso e literalmente sumiu por um espaço de um mês até sua volta em abril de 2050. Quando voltou, diversos especialistas e teóricos da conspiração, acreditavam que Botov havia sido morto, seu corpo de alguma forma copiado, seja clonagem ou não, mas um sósia agora estava em seu lugar; não que essa informação estivesse errada. Botov havia sido de fato substituído, então, o povo russo teve de se contentar com um falso presidente que representava agora um falso orgulho do passado extinto da URSS.
No final de 2050, a Rússia pôde respirar por um breve momento de descanso por causa das leis trabalhistas em vigor, todavia, nada foi garantido com o início caótico de 2051, quando uma inflação atingiu o rublo russo. Por fim, nada havia mudado de fato, alguns se sentiam enganados por uma série de políticos enganosos, demonstrando um descontentamento mórbido e sem esperanças de qualquer futuro garantido à Rússia. Tudo parecia obscuro.

O Imperium se UneOnde histórias criam vida. Descubra agora