A jornada

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Ao ouvir a notícia de emergência no jornal, senti um calafrio percorrer minha espinha. O tom urgente da reportagem alertava sobre uma situação crítica na cidade, e, senti o coração acelerado, percebi que precisava agir imediatamente. Após o pânico mantive o foco e Lembrei-me das instruções que meu pai havia deixado sobre como se preparar para uma situação de crise, e sabia que a primeira coisa a fazer era checar o porão, onde ele havia armazenado equipamentos de emergência.

Desci rapidamente as escadas do porão, o silêncio do local ,misturando-se com o som frenético da televisão que ainda transmitia as notícias fazia eu sentir um medo descomunal. A iluminação fraca do porão fazia com que as sombras parecessem se mexer, criando uma atmosfera tensa. Entre as caixas empoeiradas e os utensílios esquecidos, encontrei a arma que meu pai havia deixado para situações extremas: um fuzil AK-47 e uma pistola. A sensação de tocar nas armas era ao mesmo tempo um alívio e uma fonte de mais ansiedade. Recarguei ambas com um cuidado,porém, nervoso, cada clique das munições soando como um fenômeno de algo inevitável.

Enquanto eu realizava essa tarefa com a maior rapidez possível, um som inesperado vindo do lado de fora me fez congelar. O barulho era aumentava a cada passo e cada vez mais perturbador. Corri até a janela e puxei as cortinas com força. Lá fora, no meio da escuridão, um dos fugitivos, vestido com uma panela estranha e segurando uma vassoura achandoqueera umaespéciede feiticeiro, estava parado na frente da minha casa. Ele parecia estar tentando forçar a entrada, golpeando a porta com a vassoura e gritando palavras incompreensíveis.

O pânico voltou com força total, e minha mente começou a se questionar oque fazer no momento. Com a adrenalina em alta, comecei a empurrar móveis e objetos pesados para formar uma barricada improvisada na porta da frente. O som dos batimentos fortes da minha própria respiração quase ofuscava o estrondo dos golpes do fugitivo. A barricada parecia ser a única coisa entre mim e uma invasão iminente, mas o homem estava determinado e suas tentativas de arrombar a porta se tornavam cada vez mais intensas.

Com o terror crescendo dentro de mim e a sensação de estar indefeso , tomei uma decisão desesperada. Peguei a pistola que tinha recarregado e, com um esforço tremendo para manter a mão firme, apontei para a cabeça do invasor. Fechei os olhos por um instante antes de disparar. O tiro ecoou pela noite silenciosa, e o corpo do fugitivo caiu no chão, sem reação. O silêncio que se seguiu foi quase ensurdecedor, preenchido apenas pelo som de minha respiração pesada.

A realidade do que acabara de acontecer começou a se instalar. Eu tinha acabado de tirar a vida de alguém e, embora a necessidade de proteger minha vida fosse clara, o peso do ato era evidente. A casa já não parecia mais um lugar seguro, e eu percebi que precisava me preparar melhor para o que estava por vir.

Decidi buscar treinamento especializado para me defender em situações como essa. Encontrei um programa intensivo de defesa pessoal e proteção, e rapidamente me inscrevi. A aceitação foi rápida, e eu me vi arrumando minhas malas, consciente de que minha vida estava prestes a mudar drasticamente. A jornada que estava diante de mim não seria fácil, mas estava determinado a enfrentar o que viesse com coragem e preparo. Minha nova realidade estava prestes a começar, e eu estava pronto para encarar os desafios que aguardavam.

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