Treinamento

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Depois de arrumar minhas malas, saí de casa com a mente ainda pesada pelo que tinha acabado de fazer. Cada passo até o departamento de ensino de autodefesa parecia mais um avanço em direção a um futuro incerto, mas necessário. As ruas estavam desertas, apenas o som de sirenes, alarmes de carro e gritos dos loucos ao longo ecoava pelas vielas.

Cheguei ao prédio do departamento, uma estrutura robusta, cercada por altos muros e arame farpado. A entrada era guardada por soldados armados, que eu observava com olhos atentos enquanto mostrava minha identidade e eles procuravam pelo meu nome na lista. Um deles concordou e me indicou o caminho para a recepção, então assim eu segui.

Dentro do prédio, o ambiente era sombrio, com pessoas de todas as idades e origens circulando pelos corredores, todos com uma expressão de tensão no rosto a preocupação com o que iria acontecer dali pra frente era evidente. Assim que cheguei à recepção, uma mulher de expressão séria me entregou um uniforme e uma série de documentos para preenchimento.

"Isso aqui é sério, garoto," ela disse, sem tirar os olhos dos papéis. "Não estamos lidando com algo comum. Se você não estiver pronto, pode desistir agora."

Engoli em seco, mas não hesitei. Assinei os documentos e fui levado para o primeiro módulo de treinamento. As aulas eram intensas, tanto físicas quanto mentais. Eles nos ensinaram não apenas a manusear armas, mas também a lidar com o estresse e a tomada de decisões em situações extremas.

Passei dias, que pareciam semanas, mergulhando naquele mundo. Entre as aulas teóricas e práticas, ficou claro que o Japão enfrentaria algo muito maior do que simples fugitivos. O treinamento foi apenas o início, uma preparação para algo que eu ainda não consegui compreender por completo.

Certa noite, após um exaustivo exercício de tiro ao alvo, sentei-me no refeitório com outros recrutas. A conversa girava em torno da verdadeira natureza dos pacientes fugitivos. Alguns diziam que eles haviam sido submetidos a experimentos extremos, outros que algo ainda mais sombrio estava por trás de tudo aquilo.

Eu estava sentado em uma mesa com alguns colegas jantando, já tínhamos nos apresentado, eram dois homens e três mulheres seus nomes eram: Marī, Daisy, Any, Josh e Debbido.

"O que acham que vai acontecer a partir daqui?" - Any pergunta.

"Sinto que algo que vai exigir muito treino... muito mesmo" - Josh fala.

"Acho que tem algo mais sombrio com esses loucos, algo que torna eles mais fortes" - Debbido fala.

"Ouviram dizer que os loucos foram usados pra experimentos cientificos também? Como ratos de laboratório" Mari fala.

"Se eles eram loucos, com certeza os experimentos deixaram eles mais loucos ainda, a ponto de não conseguirem mais controla-los" - daisy diz.

"Nós precisamos lutar, eles são uma ameça muito grande a humanidade... não queria dizer nada, mais eu acredito que alguns deles possam ter sofrido mutações...pode ser que eles tenham até algum poder psiquico, gerado pelos experimentos..." - eu digo encarando todos.

"Poderes? Tipo como aqueles personagens de ficção?" - Josh ri desacreditado.

"Eu sei que parece loucura" - digo colocando a mão na testa.

"Tudo parece loucura...e sinceramente, eu acho possível..."

Meu foco estava em uma coisa: sobreviver e proteger a humanidade. Sabia que o que estava por vir seria difícil, mas agora, mais do que nunca, estava determinado a enfrentar qualquer ameaça. Minha jornada como caçador havia apenas começado.

O CAÇADOR DO CAPSOnde histórias criam vida. Descubra agora