Seu corpo caiu e ela começou a se contorcer. Era instantâneo a causa de ser infectado por um cinzento. A dor no corpo, a boca salivando, os sentidos mudando, a sede por sangue, e a perda de raciocínio. batidos em um combo de medo e apreensão.
Os ossos quebrando a cada revirada, mas ela não sentia nada. Claro que não, estava morta. O grito histérico era apenas para avisar que tinha carne fresca por perto.
Uma garota, e o sonho de reencontrar a filha, mortos. Arruinados pela ganância. Por mais que eu quisesse dar um enterro digno a Lalisa, o tempo era meu inimigo. Sem pensar duas vezes, atirei contra seu crânio três vezes, vendo o corpo despencar e uma gosma cinza misturada com sangue jorrar aos montes. Abaixei lentamente a arma, com os punhos ainda firmes e presos no gatilho, sem tirar minha visão da agora, finalmente morta.
Depois de contar até cinco mentalmente, eu respirei fundo. Já havíamos cruzado o arco da tragédia, dali em diante, o caos era certo.
Peguei seu arco e deixei em cima do corpo da falecida em sinal de respeito. Um lágrimas escorreu de meu rosto, pingando no chão seco. Tudo parecia estar em câmera lenta, frações de segundos estavam furando a eternidade. E sem perceber meu corpo despencou ao lado da mulher.
A típica cidadela destruída, parecia chorar. E a vida, se esvaia junto aos mortos, levando seus sonhos, suas incertezas, e tudo aquilo que poderiam usufruir em uma trajetória digna. Sobrando apenas as cinzas.
A revolta descia do corpo e desaguava no mar das esperanças. Dissolvidas em pensamentos otimistas e reais. Eu gostava de pensar dessa forma.
Assim teria certeza que o corpo de Lisa descansava em um lugar melhor.
Toda reflexão foi convertida em ódio. Eu era o mais próximo da torre, que contava seus últimos trinta minutos. Tentei reunir uma quantidade mínima de senso, e parti em disparada.
Dentro da torre, tudo estava sem vida. Possuía uma escada giratória de poucos degraus. Comecei a subir sem parar, almejando o topo. Abrir uma porta no chute e entrei sem cerimônias.
No interior, ficava ainda mais sinistro, com um sino no meio que balançava causando um som de causar desorientação. Uma vidraça que eu não saberia dizer ao certo o desenho, já que estava toda quebrada, com um burraco enorme no meio. O piso era de madeira facilmente quebradiça, que rangia a cada passo.
A porta foi novamente aberta, dessa vez pelo jungkook cafetão. Que ostentava um sorriso, segurando uma arma em minha direção.
— Yoonie, finalmente te encontrei. Não achou que escaparia das minhas mãos, assim, não é?
Eu apontei o calibre para ele, sentindo o nervosismo correr pelo o meu corpo em forma de adrenalina.
— Largue isso, meu bem. Vai acabar se machucando.
Não iria, eu destrave o gatilho, atirando contra ele. Apenas da imagem destoar em minha cabeça por enxergar jungkook ali, eu deveria saber que não é ele.
VOCÊ ESTÁ LENDO
7 Dias de Anarquia - YOONKOOK.
Fiksi Penggemar[CONCLUÍDO] [SHORT-FIC] Em um cenário desconhecido onde qualquer estranho se torna soberano, Min Yoongi se vê perdido sem saber como chegou lá e sem saber como escapar. Enquanto uma misteriosa torre do relógio começa a contar os segundos, ele enfren...