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Após ontem de noite, não vi Sabina e precisava falar com ela a respeito de minha mãe

- Ela não saiu do quarto nem para comer, chegou abalada ontem, tadinha. Não deve estar sendo nada fácil- Jane falou- Se não for importante o que tem para falar, melhor não procurá-la. Deixe ela.

Ignorei Jane e subi as escadas, bati na porta e novamente, ignorei o silêncio que era mantido sobre a porta, abri a porta e ela estava sentada na varanda, lendo um livro.

- O que você quer? - Ela perguntou - não pense que está tudo bem, não preciso das suas lições de moral ou de qualquer coisa que venha sobre você, estou muito bem sozinha com meu livro e não preciso da sua arrogância e falta de sentimento perto de mim.

Revirei os olhos sabendo que aquela conversa não séria nada fácil com ela menina.

- Minha mãe foi viajar e você não pode ficar sozinha, estão se adapte aqui. Se precisar pegar alguma coisa, Robson estará a disposição, se não, vai andando, como gostaria de fazer ontem.

Ela se levantou e venho em minha direção, posicionou-se na minha frente e  ficou ali parada, antes de começar minha fala apontou para a porta do quarto e me virou em direção ao corredor

- Sai daqui

- Aqui és minha casa, ragazza. Eu mando aqui

- Se for assim, estou saindo em 10 minutos e não volto mais. Peça para seu querido motorista estar a minha espera, não vou ficar te aguentando

- Não vou pedir nada a ninguém. Terá que ficar aqui ou teremos problemas Sabina e eu não estou afim de ocupar minha mão com o seu sangue

- Você é doentio, garoto. Pq não posso sair? - Ela perguntou e eu a fiquei olhando no fundo dos seus olhos na cor de âmbar. Ela se desviou o olhar e ficou costas a mim - Noah, não vai conseguir me intimidar. Fique na sua! Dios, porque você esta sempre tentando me irritar?

Suspirei e puxei seu ombro, fazendo ela ficar de frente a mim novamente

- Se eu não ficar no seu pé, não tera perfil para ficar com a família urrea, bastarda.

- Que perfil? De trazer putas para a casa? Ontem era 2 horas da manhã e a coitada que você trouxe para cá ficava gritando e eu não podia dormir. Controle seu pau Urrea, antes que eu corte ele.

Peguei e apertei seu rosto fazendo a mesma tentar se debater sobre a parede

- Me solta garoto.

- Não fale nada antes de pensar nessa casa,ragazza.

- não ousa em me chamar de ragazza. Tenho nome e você sabe qual é!

- Parece que não aprendeu nada com as lições que seu pai te deu enquanto sofria agressões e ficava trancada no quarto, ragazza - sussurrei em seu ouvido enquanto sentia os calafrios passando no corpo da mulher- Terei que reforçar as punições?

Ela se soltou com força e se sentou na cama.

- Me deixa em paz, por favor, Noah. Ou então me mate logo!

Soltei uma risada e sai de seu quarto, batendo a porta com força.

- Faça um ceviche para essa garota, fiquei sabendo que ela gosta e não quero a ver rancorosa pelo resto do dia. E ela não comerá no quarto. - Ordenei a Jane a fazendo sair de perto e ver que Josh estava na sala. Sentei ao seu lado e suspirei - Essa garota vai me tirar do sério

- Por causa de ontem? - Concordei- Jacob, ela só estava querendo aproveitar com Any, mas você a culpou por Dennys ir para cima dela por conta de uma dívida SUA!

- Ela tem que tomar mais cuidado

- Ela acabou de chegar, não esta acostumada com Los Angeles e ela estava no banheiro. Não a culpe

- Preferia que ela não tivesse vindo.

- Eu também, preferia ter ficado em minha casa, mas não se preocupe, querido. Estou indo embora, não fico mais com você, você só me estressou em menos de dois dias! - Sabina declarou indo em direção ao elevador fazendo eu bufar e ir atrás dela- Não me siga.

Puxei seu braço fazendo o elevador parar de fechar e a puxei para dentro do apartamento

- Me solta, garoto! - disse ela batendo em meu braço-

Sabina Hidalgo

Noah apertou mais meu pulso e me deu um tapa na cara puxando meu cabelo, fazendo seu irmão levantar furioso e o impurrar, nesse momento, Noah foi derrubado no chão enquanto seu irmão o insultava em italiano.
Depois de um tempo, Noah se levantou e eu permanecia aonde estava, o elevador se abriu novamente, por sorte. Entrei no elevador e enquanto o mesmo fechava, escutava Josh chamando pedindo para que eu não saísse do prédio.

Escutei por ele e fiquei apenas no hall de entrada, mexendo no celular, entrou uns homens e se identificaram, falando que iam na residência do "Sr.Urrea"
Passei meu cartão rapidamente e subi pelo elevador de serviços, entrei pela cozinha e misteriosa Jane não estava lá, os caras foram mais rápidos e entraram no escritório de Noah com ele. Queria escutar atrás da porta, então fui devegar até a grande porta de entrada, foi meio difícil de escutar, mas eles estavam falando sobre uma mulher, que parecia ter feito algo muito ruim pelo tom da conversa.
Escutei Noah mandando eles embora e me afastei indo para o quarto que eu havia dormido. Mas antes, os gritos me deixavam intrigada, porq estavam gritando daquela forma?
Também queria saber, mas se perguntasse a Noah ele seria ignorante como sempre e eu não estava afim de me esforçar para não bater nele.

- Querida, posso entrar? - escutei uma voz feminina e deixei com que ela entrasse- Fiz um ceviche, ainda não comeu nada, vamos, desça e coma.

- Obrigada por se preocupar Jane, mas realmente, não estou afim. - ela ficou com uma expressão insistente - Tudo bem, vou apenas passar uma maquiagem para esconder a marca que Urrea fez, já desço.

Passei uma leve maquiagem e desci, sentei e comecei a me servir, Noah se sentou também e ficou calado, por um tempo.

- Nem foi tão forte, não está nem marcado, não é?

- Nada que uma maquiagem resolva, mas porq está falando isso? Queria que ficasse marcado?

- É bom ver minhas marcas nos outro

Aquela frase me deu nojo, me levantei jogando a toalha de colo em cima do prato e fui para o meu quarto, tranquei a porta e tomei uma bucha gelada antes de deitar.
Passei o resto do dia na cama, assistindo minha série e com Meg, a gata da casa.

Será que Noah faz isso apenas para me irritar ou será que ele é assim, chato e irritante? As perguntas ficaram corroendo pela minha cabeça toda hora. Ai que raiva!

- Pode entrar! - falei assim que escutei as batidas em minha porta - Ah, esta trancada

- Posso falar com você?

- Claro Josh, está tudo bem?

- Não sei, queria me desculpar pelo meu irmão mais cedo. Ele está irritado com umas coisas e acabou descontando em quem viu pela frente

- Agressão não é uma forma de se expressar, se ele fizer isso mais uma vez eu não respondo por mim, ele não pode fazer igual meu pai fazia, tenho certeza que sabe como ele era. Noah não é ninguém na minha vida para eu aceitar isso.

- Eu sei, Noah está apenas querendo ajudar, ele foi o que mais se preocupou quando soube da sua chegada e da relação com seu pai, não sei o que está acontecendo com ele em relação a essa ignorância medíocre dele, esse não é meu irmão. - Josh falou fazendo eu suspirar e sentar em um puff que havia no quarto -

- Isso não vai me fazer melhor, ele é um idiota, não quero saber dele, não quero ficar aqui, eu voltarei para o México e amanhã mesmo eu já aviso ele.

- Não faça isso, Sabina. Não por causa dele, ele é melhor que isso que você está vendo.

Josh ficou tentando me convencer, mas estava decidida, não passara nem 1 semana em Los Angeles e ja voltaria ao México.

Até você - UrridalgoOnde histórias criam vida. Descubra agora