Nothing - Minsung [Adaptação]

Capítulo 5

Oie, como prometido a atualização deste belo domingo. 

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Jisung reagia exatamente como Minho esperara, assim que lhe mencionou a sua ausência nas próximas semanas. A sua agenda começaria na segunda-feira seguinte e, por isso, como Han também tinha compromissos a cumprir, não poderia acompanhá-lo, mesmo que quisesse. Eram essas épocas que ambos mais odiavam, já que os seus horários não coincidiam e estavam sobrecarregados de trabalho, o que lhes impedia de se comunicarem.

— Serão apenas três semanas, amor. Prometo que vão passar rápido e depois volto, é importante que vá a Los Angeles — tentou aproximar-se do loiro, mas ele recuou alguns passos.

— Mas é uma partida muito precipitada. Três semanas apenas? Parece pouco, mas sabes que soa demasiado — cruzou os braços. — Gostava de ter sabido com mais antecedência.

— Foi de última hora. BangChan mandou-me uma mensagem e são várias entrevistas e conferências de imprensa que terei de dar, por isso vai demorar mais tempo do que o habitual — quando finalmente conseguiu aproximar-se do namorado, sorriu-lhe. — Se puder encurtar o tempo que vou estar lá, fá-lo-ei sem hesitar.

— São muitas horas de diferença, nem sequer vamos conseguir fazer uma videochamada ou falar — protestou, sem sequer olhar para ele.

— Vou sempre arranjar um tempo para falar contigo, mas também não quero que te desconcentres, porque tens sessões importantes em breve. Se o teu manager vir-te distraído, vamos levar uma reprimenda — comentou divertido, depositando um beijo na sua testa.

— São apenas sessões para as próximas revistas, nada que não possam retocar.

— Do que falas? Contigo, nunca poderão retocar nada, és demasiado lindo para sequer tentarem tornar-te perfeito, já o és — os seus lábios percorreram o rosto do loiro, provocando-lhe cócegas.

— Yah, não vais conseguir tirar-me o mau humor com isso — deu-lhe uma palmada no ombro, rindo das evidentes cócegas que o outro sentia.

As mãos do moreno tinham-se infiltrado por debaixo da sua t-shirt, percorrendo o seu ventre, onde era mais sensível. Conteve uma gargalhada antes de cair sobre ele no sofá, o loiro sentado no colo do moreno com um sorriso.

— Na verdade, tinha uma maneira diferente de tirar-te o mau humor — murmurou, ainda com as mãos em cada lado do seu corpo, por baixo da t-shirt.

— Ah, sim?

Fez um som afirmativo com a garganta.

— Como vou ausentar-me durante estas semanas, pensei que podíamos fazer uma viagem.

Jisung piscou, surpreendido.

— Viajar? Para onde?

— Primeiro tenho de saber se aceitas, prometo que vai valer a pena — tirou as mãos debaixo da sua t-shirt e segurou nas suas, beijando-lhe os nós dos dedos.

— Não me podes fazer isso, preciso de saber para onde iríamos.

Pensou por um momento, acenando com a cabeça no final.

— Bem, pensei que poderíamos ir ao Havai. Não me disseste há algum tempo que querias ir? Poderíamos aproveitar esta oportunidade para ir num fim de semana prolongado.

O loiro sentiu o ar escapar dos pulmões ao ouvir aquilo. Tinha entendido bem? O Havai era outra dimensão, não se tratava de uma viagem dentro do país ou por perto, mas sim de uma viagem longa para desfrutar de vários dias lá. Nunca se tinham atrevido a fazer algo assim, sentiam que estariam mais expostos a perigos mal pisassem o aeroporto, não tinha a certeza se seria uma boa ideia.

— Mas as nossas agências... É uma viagem para longe, não creio que nos deixem ir tão longe, isso expor-nos-ia bastante. Como é que supostamente sairíamos nem sequer do país sem sermos descobertos?

— Não penses que não pensei nisso. Falei com os nossos managers e sairemos de madrugada, dessa forma há menos probabilidade de sermos captados pelas câmaras. Também não avisaremos com antecedência da nossa viagem, isso faria com que as pessoas se alertassem e nos descobrissem, por isso estão a tratar de tudo. Não tens de te preocupar, conseguiremos. Não te entusiasma poder sair como sempre quiseste? Para um lugar que sempre sonhaste, só nós dois, sem as nossas agências a perseguir-nos, sem olhares curiosos a observar-nos mal saímos dos nossos apartamentos, só tu e eu durante quatro dias inteiros.

Jisung mordeu o lábio, claro que tudo aquilo soava maravilhoso, mas os seus medos continuavam a atormentá-lo. Ao ver a dúvida nos seus olhos, Minho inclinou-se e depositou um beijo nos seus lábios, afastando-o dos seus pensamentos.

— Nunca te exporia a algo assim se não soubesse que o posso controlar. Assim que aceitares, terei tudo coberto, e se não aceitares, então terei de seguir com o meu segundo plano.

— Segundo plano? — arqueou ambas as sobrancelhas com incerteza.

— Claro, achas que não viria preparado com outros planos caso não aceitasses?

— E quais são esses outros planos? — inclinou-se, batendo as pestanas para o provocar.

— São quatro dias que estaremos sozinhos, temos muitos lugares que ainda não visitámos, por isso pensei que poderíamos visitar alguns. Ou então descansar aqui, a ideia de não nos mexermos daqui até à próxima semana parece-me realmente tentadora, na verdade, prefiro fazer isso. — Jisung soltou uma gargalhada e deu-lhe um murro no peito, negando.

— Aceito — soltou a afirmação, surpreendendo-o agora a ele.

— Aceitas?

Acenou com a cabeça, entusiasmado.

— Vamos ao Havai, sei que se recusar só vou pensar: o que teríamos feito lá? E se tivesse aceitado? E não quero só pensar nisso, prefiro vivê-lo e ver o que nos espera.

Agora foi a vez de Minho acenar, irradiando felicidade.

— Prometo-te que será uma boa viagem, só vais pensar em nós e em quão agradecido te sentirás por teres aceitado. Será a nossa oportunidade de viver, nem que seja por alguns dias, longe de tudo isto.

— Mas quando o nosso fim de semana acabar, terei de voltar sozinho? — fez beicinho, mostrando desagrado.

Ele negou com a cabeça.

— Voltarei contigo. Ainda tenho algumas coisas para resolver antes de ir viajar com o BangChan, por isso não te preocupes com isso.

Ficaram em silêncio durante uns minutos, observando-se fixamente antes de o loiro soltar uma gargalhada, com a emoção a borbulhar-lhe no peito. Segurou o rosto do moreno entre as mãos e uniu os seus lábios num beijo quente e envolvente, querendo transmitir a felicidade que sentia naquele momento por causa dele. Os braços do outro envolveram a sua cintura, puxando-o o mais próximo possível contra si, sem deixar um único centímetro entre os seus corpos.

— Então está decidido, vamos para o Havai! — exclamou o moreno com entusiasmo, rindo quando o loiro se levantou do seu colo e correu para o quarto, dizendo que precisava ver que roupa levaria, que tipo de calçado poderia usar e que era a oportunidade perfeita para estrear algumas compras que fizera na sua última viagem. — São quatro dias, lembra-te disso!

— Não é suficiente para estrear tudo! — queixou-se, fazendo com que Minho soltasse fortes gargalhadas, divertido com o comentário.

O Havai parecia promissor, só esperava que fosse a oportunidade perfeita para lhe falar sobre a sua decisão de se retirar.