Dei uma miséria de gorjeta ao taxista.
Como se eu pudesse fazer alguma coisa já que estou fálida.Entrei na clínica e me cumprimentaram com sorrisos e abraços. Não tenho ideia de quem está de folga hoje mas esperava não ser a Amanda.
Trabalhei aqui durante três anos e meio incluíndo o estágio. Foram anos excelentes atendendo os melhores clientes que poderia ter.
Fiz muitos amigos mas o impressionante foi ter criado uma conexão com alguém que achava que me odiava e o sentimento era mútuo, Amanda virou minha melhor amiga enquanto tinhamos um inimigo em comum. Dr.Thomas chegou causando e tentando ferrar nós duas. Ele conseguiu afetar pelo menos uma de nós.
Minha mesa realmente estava uma bagunça e os cupcakes acabaram numa lixeira. Ouvi umas batidas na porta mas teria preferido não atender.
- Ouvi dizer que você estava de volta - O homem mais velho com covinhas que provávelmete faziam sucesso quando jovem mas agora só trás ânsia, encarava a sala vagamemte sonso.
- Só vim pegar minhas coisas e ir ao RH - Falei não dando muito atenção e colocando minhas coisas dentro de uma caixa de papelão.
Uma suculenta pequena que estava na janela, meu estetoscópio, grampeador, post-its. Olhei para porta e ele ainda estava lá, observando.
- É uma pena, sinto muito.
- Sente mesmo? - Encarei no fundo da sua alma para ver se existia algum remorso - Você não sente nada.
- Como pode dizer isso Dr. Polosk? É sempre triste ver um colega se despedindo - Com calça bege e camisa Polo que marcava suas gorduras localizadas ele apenas transmitia uma arrogância irritante.
- Por que fez isso? Sei que me indicou para o corte anual, foi até os superiores falar e inverter palavras minhas, expor e mentir sobre meus podres - Sei que cometo erros assim como qualquer profissional iniciante em sua carreira, mas o que ele fez comigo foi repugnante.
Sua expressão muda para indiferença.
- "Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças" De Leon C. Megginson 1963
Ri com deboche - Não me adaptei às mudanças?
Ele confirma com um sorriso - Eu fui a mudança.
Qualquer pessoa que passasse por aqui pensaria que estamos tendo uma conversa amistosa, como uma despedida entre colegas de trabalho, mas Amanda é esperta o suficiente para notar a nossa irritação, por isso ela entra na sala esbarrando no Dr.Idiota.
- Ah Dr é você? - Ela balança as mãos com desdém nas laterais do corpo dele - A sua névoa maligna últimamente está cobrindo todo o seu rosto - Ela se virá para mim e de volta para ele - Mas quer saber, eu prefiro assim.
O nossas brigas são sempre passiva-agressivas tanto por estarmos no trabalho até por respeito ao ambiente que se trata de cuidados e ajuda aos animais. Então ele riu sarcasticamente como se ela tivesse dito a melhor piada que ele já tinha ouvido.
- Eu já vou indo mas quando for a sua vez Amanda eu trago um bolinho - Depois de ameaçar ele vai embora mas não sem receber o dedo do meio de Amanda.
- Tenho vontade de cortar suas bolas e enfiar goela abaixo dele - Com uma expressão de solidariedade e pena ela vem me abraçar - Você sumiu.
- Tive um imprevisto maior amiga - Precisava desse abraço - Tenho que te contar uma coisa.
Me desprendo do abraço e digo tudo que estava preso na minha garganta esses dias. Como estou confusa e magoada, a cada dia sentindo que meu mundo desabou e que meu pingo de esperança foi o apartamento que minha tia emprestou.
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Apartamento 642 - Recomeços Moram Ao Lado
Roman d'amourEmma está perdida. Sem lugar para morar, traída pelo marido, seu emprego desmoronando e preste a completar 26 anos. Ela precisa recorrer a família com quem não fala há anos, sua tia rica oferece ajuda temporária para que ela possa ficar em um dos s...