Sombras do Passado

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Chuya acordou com o som do despertador tocando. Eram 6 horas como sempre. 

Ele se levantou sem pressa, deixando os lençóis de seda deslizarem de seu corpo enquanto se dirigia ao banheiro espaçoso de mármore. A água quente da banheira ajudou a dissipar qualquer resquício de sono, e ele apreciou por um momento o luxo silencioso ao seu redor. 

Como de costume, o ruivo se deixou relaxar por pelo menos meia hora, tendo o cuidado de não deixar seus cumpridos e macios cabelos ruivos molhassem com a água morna.

Após se vestir com um terno sob medida e seu chapéu estiloso, desceu para a cozinha moderna, onde a cafeteira automática já havia preparado seu café favorito. Enquanto tomava um gole, olhou pela janela panorâmica, observando a vista da cidade, uma lembrança constante de seu sucesso.

O jovem ajustou os óculos de sol enquanto ouvia o toque do celular em sua orelha. A ligação foi atendida no terceiro toque, e a voz calma de Paul soou do outro lado da linha.

— Bom dia, Chuya. Acordou cedo como sempre? — perguntou do outro lado da linha o loiro falou com um toque de humor em sua voz.

— Como sempre. Estou a caminho da agência. Alguma novidade para hoje? — respondeu Chuya, tentando manter a conversa leve.

Verlaine fez uma pausa, como se estivesse escolhendo cuidadosamente suas palavras.

— Na verdade, sim. Recebemos um pedido especial que pode nos colocar em destaque. Fomos contratados para cuidar dos figurinos do próximo show de um artista de renome.

O mais jovem franziu a testa, intrigado.

— E quem é esse artista?

Houve um breve silêncio antes de Paul responder.

— Dazai Osamu.

Aquele nome foi o suficiente par tirar qualquer tranquilidade de Chuya. Ele apertou o volante com um pouco mais de força, mantendo a voz controlada.

— Dazai? Ele está voltando para o Japão? — A tensão dava para ser percebida até do outro lado da linha, mas o mais baixo tentava manter a tranquilidade, colocando sua mascara como de costume.

— Sim. Parece que a turnê dele incluirá várias cidades do Japão, e ele quer que nossa agência cuide de todos os figurinos. Estamos em 2 segundo lugar no país. É uma oportunidade irrecusável, Chuya. — A voz de Paul era prática, mas havia uma leve hesitação, como se ele soubesse o impacto que aquela notícia teria no irmão.

O Nakahara ruivo respirou fundo, tentando processar a informação. Ele manteve o tom frio ao responder.

— Entendo. Vamos garantir que o trabalho seja impecável, como sempre. — Ele fez uma pausa. — Obrigado por me avisar, Paul.

— Você está bem? — O mais velho perguntou, a preocupação perceptível.

— Estou. Apenas surpreso, só isso. — Chuya disse, encerrando a conversa abruptamente. — Nos vemos na agência.

Ele desligou o celular e ficou em silêncio por um momento, o nome de Dazai ainda ecoando em sua mente. Enquanto dirigia, uma mistura de emoções começou a borbulhar em seu interior, memórias que ele havia tentado enterrar surgindo de forma inesperada.

Uma certa raiva começou a subir por suas veias.

"Ele fez isso de propósito...!Não é possível..."

- Esse maldito... - Em um momento, sem perceber, ele passou por um sinal vermelho, ficando em um certo estado de choque e batendo contra o volante enraivado - DROGA!...

Amor e ódioWhere stories live. Discover now