cápitulo 2 🍻

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/𝑚𝑖𝑛𝑗𝑖 𝑝𝑜𝑣/

- ela vai te deixar que nem uma palhaça - Ryujin debocha enquanto mexe no seu celular, sentada em minha cama, já pronta. Ela usava uma calça jeans preta colada, e uma blusa branca de botão.

Eu estou sentada na minha penteadeira esperando Yunjin terminar de me maquiar para a festa, já que a a única experiência que tenho em maquiagem é equivalente a de um cachorro com escoliose, pera... cachorro tem escoliose? Não sei, mas não interessa.

Eu usava um vestido preto colado, um tênis all Star e um Cardigan azul. Minha "maquiadora profissional" usava um vestido, também colado, só que vermelho e um coturno preto.

Depois de longos minutos, eu finalmente estava pronta. - sua maquiagem está linda, amiga. - você fala isso porque foi você quem fez, mas realmente está maravilhosa. - quer dizer, você está linda, nós estamos. - nós estamos umas gostosas, disso eu tenho certeza.

- obrigada Yun, a gente pode ir agora então?

- nem parece que você não queria ir. - eu acho que mudo muito rápido minha opinião sobre algumas coisas, mas tudo bem. - mas vamos logo que eu não tenho a madrugada toda. - na verdade tem sim, já que não sairemos de lá tão cedo. As festas na casa da Dani costumavam durar até as oito da manhã, já que seus pais quase nunca estão em casa.

- Let's go to the party! - todas nós falamos juntas enquanto descemos a escada que nem um furacão, tão rápido que quase cai de cara no chão. as vezes sou meio estabanada mesmo.

- Porra, por que está tão frio? - eu comento assim que piso do lado de fora. Nós corremos novamente, mas desta vez para entrar no carro, já que não queremos congelar nesse frio todo.

- não vejo a hora de encher a cara - não sei porque ela está tão animada pra beber, ela já faz isso quase todos os dias. Um fato nada interessante sobre Ryujin é que ela tem uma coleção de cervejas em seu banheiro... Sim, em seu banheiro. De acordo com ela, não tem nada melhor do que beber soltando "aquela cagada".

- nós não vamos conseguir nem andar de tão bêbadas que vamos ficar. - eu não pretendo ficar bêbada, acho a maior idiotice, bêbados passam a maior vergonha do mundo.

- falem por vocês.

- deixa de ser chata minmin, você saiu da sua caverna pra curtir, então você VAI CURTIR. - o carro chegou a tremer com o berro que ela deu aqui dentro. Uma das únicas habilidades que Yunjin tem é a de gritar alto, eu não duvido nada que um dia ela vá estourar o tímpano de alguém.

- por Deus, grita mais baixo.

- ninguém vai gritar mais baixo aqui não, porque a gente já chegou, E A GENTE VAI MOVIMENTAR ESSA FESTA. - Ela disse... na verdade gritou isso, mas assim que entramos ela me abandonou, e não demorou nem vinte segundos para a outra puta fazer o mesmo, que ótimo, me deixaram sozinha.

A pouco tempo atrás eu estava sentada no sofá da enorme sala de Danielle olhando para o nada, mas assim que começo a sentir sede vou á procura de algum líquido que possa matá-la. Eu estava procurando por algo para beber quando sem querer esbarro em alguém. assim que viro para me desculpar eu paraliso.

- tome cuidado, minha princesa. - não acredito nisso, eu podia trombar com tanta gente, mas sério que tinha que ser logo com ela?

- não me chame de princesa, e muito menos de sua, Natty. - ela me olha com um sorriso malicioso e me analisa de cima a baixo dando uma leve mordida no canto dos lábios.

- vejo que continua a mesma piranha nervosa de sempre, mas se quer saber, ainda te acho uma gostosa - essa última parte ela sussurra no meu ouvido. Ela pisca o olha pra mim e sai, mas volta "de ré" e sussurra no meu ouvido novamente - pena que você não fodia bem.

eu estava possessa de raiva, quem ela pensa que é? Eu não fodo mal, ela que é uma idiota. não vou deixar ela arruinar meu dia assim de graça. Pego a primeira bebida que vejo pela frente e viro tudo. Todos na festa começam a pular e gritar.

Todos gritavam pelo meu nome na festa, me incentivando a beber mais. eu estava participando daquelas competições idiotas de virar shots, já tinha perdido até a conta de quantos virei, mas sei que passou do sétimo já.

- min, acho que você já bebeu de mais.

- eu? Que nada, tô ótima - mal conseguia ficar em pé de tão bêbada que estava, mas enfim né, nunca que vou admitir em voz alta e clara. - passa mais ai.

- minji... Acho melhor você ir para casa, está muito bêbada... eu te levo.

- está me expulsando? Sério mesmo? Pensei que você era minha amiga também môdani. - faço uma carinha de cachorrinho abandonado, mas acho que ficou estranho... Ah, quer saber? Fada-se, no momento não me importo, eu mal consigo raciocinar.

- não estou te expulsando, você está bêbada demais, é melhor ir embora. e eu já falei que posso te levar.

- sai pra lá, não preciso de sua ajuda, posso ir sozinha. - não espero ela dizer mais nada, apenas saio de lá. Escuto ela gritando meu nome, mas apenas ignoro e continuo andando pela rua vazia.

Sabia que não devia ter ido pra essa festa, acho que depois dessa eu não saio mais de casa, e aliás onde estão aquelas duas filhas da puta que me abandonaram? elas vão se ver comigo quando eu encontrá-las.

Natty... por que dói tanto revê-la? Como posso sentir falta de alguém que me traiu na cara dura? Ela é tão babaca. Sento no chão da calçada e fico olhando para o nada. - por que? POR QUE? - grito alto com raiva de meus sentimentos. Eu deveria ter pegado mais bebidas antes de sair de lá. Suspiro, me levanto devagar e começo a caminhar novamente, segurando na parede para não cair.

-...passeando pelo bosque, enquanto seu lobo não... vem? Ou vai? Vai...vem... - estava rindo que nem uma idiota.

Em determinado momento meu olhar para em uma quadra, ela está...aberta e com... bolas dentro? Quem deixa bolas de basquete jogadas por aí? Essas merdas são caras pra caralho.

Entro devagar, me segurando na grade, para não tombar pro lado e cair. me sento no cantinho, perto da cesta e fico lá por um tempo, acho que umas duas horinhas só...

- bolas... Bolas...- eu olhava pras bolas no chão imaginando uma família de bolas - papai bolas. - eu ria imaginando o "papai bolas" falando.

Será que eu posso jogar? Não faz mal jogar um pouquinho né? Nem sei de quem são as bolas, ou se essa quadra é de propriedade privada, mas pouco me importa.

- será que eu acerto? - falo meio grogue. Pego uma das bolas no chão e a encaro um pouco. nunca joguei, mas eu sempre via meu irmão jogar. Desde criança sempre quis tentar, mas nunca pude por causa de minha mãe, ela dizia que era esporte de homem, e que isso me deixaria sapatona, bom... Nunca nem joguei e mesmo assim sou a maior caminhoneira dessa cidade. - vamos lá...vamos lá. - vou me levantando devagar para não cair, já que ainda estou meio bêbada.

Me afastei calmamente, até ficar à uma distância considerável da cesta. Comecei a quicar a bola pelo chão da quadra enquanto corria para lançar a bola pelo ar até seu destino. Sentindo o vento jogar meus cabelos para trás, sorri largo. De repente, eu a lancei. ela entrou pela cesta! Meu sorriso só cresceu. Mas, poucos segundos depois, ele desapareceu, sumiu assim que caí de cara no chão. Deveria ter prestado atenção nessa parte também.

Nem vi as horas passarem. eu continuei naquela quadra por horas jogando. nem parecia que estava bêbada, parecia mesmo era que estava drogada.

𝐀 𝒋𝒐𝒈𝒂𝒅𝒐𝒓𝒂 𝒑𝒆𝒓𝒇𝒆𝒊𝒕𝒂 - 𝑩𝒃𝒂𝒏𝒈𝒔𝒂𝒛Onde histórias criam vida. Descubra agora