Ainda penso em ti
a imagem do seu rosto me toma a mente
enquanto toca Folhetim
naquela playlist que tu fez pra mimEu penso sim, não vou negar!
Ensaio reações pro caso da gente se trombarAcho que no meu cérebro também mora um gnomo
e ele é pintor
um pintor ardiloso e sorrateiroEle pinta cenas onde nossos planetas colidem
onde a gente inventa
que somos só eu e tu
na imensidão do universo
no escuro do teu quarto
ou em um banheiro qualquer
Onde eu afogo minha covardia na tua língua
e tu permite que eu te sinta
malditos sejam teus olhos tão gigantes
que me fariam não pensar duas vezes
antes de tirar cada um dos meus aneis
a de dar uso para o prendedor de cabelo que eu carrego no pulsoSempre balanço a cabeça quando chego nessa parte
e volto para a realidade
onde eu ainda sou covarde
onde tu encontrou alguém que não éE eu não acho ruim, não
se joga, coração
daqui, te escrevo até tu se esvairSó um lembrete
um último pedido pra ti:
Daí,
enquanto me esvaio da tua alma-casa
dá play em Chuva de Prata.
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O avesso por de trás do cabelo
Poetry"O avesso por de trás do cabelo" é uma viagem pelas sensações que abrigam o peito e a mente de uma adolescente lésbica. Desde dores, angústias e medos até amores e desejos. Um diário, um caderno, um depósito de sentimentos. Para todos aqueles que...