Cobaia 602

Capítulo 7/10

Taehyung estava dormindo dentro do meu ninho. Eu gosto quando ele está dormindo naquele lugar. Mesmo que ele tenha falado que estava descansando os olhos enquanto lia seu livro. Sua respiração ficou profunda enquanto ele "descansava os olhos". Entrei dentro do ninho cautelosamente, deitando ao seu lado. Gostava de o observar dormir. Olha-lo era a minha coisa favorita. Antes, não tinha muitas coisas favoritas, mas agora, Taehyung era meu favorito.

Ele tinha muitas coisas diferentes dentro do seu carro, coloquei todas elas no meu quarto quando Jimin veio buscar o carro. Esperava que ele nunca mais o trouxesse de volta. Taehyung me deu alguns livros diferentes, alguns com palavras novas e ele gostava de me explicar sobre eles. Eu gostava de o ouvir falar.

Seus suspiros eram bonitos... Aproximei-me ainda mais, olhando-o atentamente. Seus cílios vibravam e seus olhos se abriram. Arregalando em minha direção.

— Jungkook... o que está fazendo?

— Eu estava te olhando descansar os olhos.

Ele riu, afastando-se apenas um pouco para virar na minha direção. Sua mão tocou meu rosto, e estava tudo bem quando ele colocou meus cabelos para trás, sabia que eu não o causaria medo.

— Eu fui caçar. — contei.

— O que você caçou?

Mostrei-lhe as flores que peguei na floresta. Ele riu, seus dentes ficavam amostra e seus olhos pequenos. Pegando da minha mãos as flores.

— São incriveis.

— Você gostou?

— Sim, eu gosto desses seus tipos de caçadas.

Concordei com a cabeça. Taehyung colocou as flores em seu peito e respirou fundo.

— Eu gostava muito de fazer arranjos de flores — ele contou. — Meu primeiro trabalho foi em uma floricultura. Nos dias dos namorados fazíamos tantos buquê que meus dedos ficavam todos furados.

— O dia dos namorados é perigoso.

— O que? — ele riu — Não. porque está dizendo isso?

— Você se machucava.

— Oh... bem... só doía na hora, mas ficou tudo bem depois. Meus pais não gostavam muito que eu trabalhasse, eles falavam que eu tinha que me cuidar e esperar no sofá pelo meu namorado.

Seus suspiros estavam longos e ele não olhava para mim.

— Eu sinto falta...

Levantei a cabeça, ele queria ir embora?

— Você vai embora?

— Eu não quis dizer isso. Bem... eu ainda não vou embora.

— Ainda?

— Ainda...

— Porque? você quer o dia dos namorados?

— Não, não é isso. — Ele suspirou revirando os olhos e sentou-se.

— Dia dos namorados é uma data em que os casais entregam flores e chocolates e se declaram um para o outro. Eu não me referia a isso, Kook. — Ele encolheu-se abraçando seus joelhos. — Bem... eu sei que você não entende isso... só... deixa para lá. Estou um pouco carente por causa...

Ele não falou o restante dos seus pensamentos e eu não entendi tudo que ele queria dizer. Eu me sentia furtado por não entender todas suas palavras, mas também entendia que eu não conhecer elas o deixava chateado. Gostaria que ele não ficasse chateado comigo.

Aquilo me deixou ansioso. Me aproximei dele. Encostando minha testa do seu lado, Taehyung olhou para mim, sorriu levemente.

— Ei, está tudo bem, ok? Não estou bravo com você.

Suas mãos acolheram meu rosto e ele beijou minha bochecha. Virei o rosto tocando seus lábios com os meus e ele riu.

— Acho que você está muito bom nessa coisas de beijar.

— Eu gosto de beijar você.

Taehyung me abraçou, seu cheiro estava tão bom. As minhas mãos tocavam na sua cintura e ele gostava porque seu corpo sempre parecia tão relaxado em mim. Taehyung era macio e quente, eu gostava muito disso.

(...)

O sol se pôs, a brisa suave enquanto caminhávamos pela floresta. Eu segurava a mão de Taehyung, guiando-o por um caminho secreto que havia descoberto quando o governo me levou para aquele lugar. A floresta estava viva com o som dos pássaros cantando, e o cheiro de pinho fresco enchia o ar.

— Onde estamos indo, Kook? — Taehyung perguntou.

— Não é longe.

— Você já me disse isso três vezes mas, estamos caminhando há um tempo. Esta ficando cada vês mais escuro e eu não consigo vê as coisas direito.

— Eu vejo bem.

— Eu sei. — ele riu — você vai ter que me levar nas costas, estou cansado.

— Certo.

Abaixe-me, ele inclinou o corpo sobre mim. Abraçando meus ombros, segurei em seus joelhos e suas pernas estavam na minha cintura. Ele não gostava de andar. Depois de alguns minutos, finalmente chegamos ao nosso destino. Diante de nós, um lago cristalino se estendia, suas águas azuis refletindo o céu ensolarado.

— Uau, isso é lindo — ele exclamou,

Eu me senti orgulhoso. — Eu pensei que você gostaria de ver. E fazer você ficar feliz.

O coloquei no chão, e ele olhou para mim, suas mãos em meu peito e ele sorria lindo.

— Eu estou feliz com você.

Meu coração ficou estranho. Minhas mãos apertaram e meu corpo parecia dormente. Taehyung se ajoelhou à beira do lago, tocando a água com a ponta dos dedos. Ele tirou os sapatos sobrando a calça até próximo aos joelhos antes de colocá-los na água. Taehyung suspirou profundamente, e algo em sua expressão mudou. Ele parecia mais sério, quase preocupado.

— Jungkook, tem algo que eu preciso te dizer — ele começou, sua voz suave mas, tensa.

Sentei-me ao seu lado. O olhando atentamente.

Taehyung hesitou por um momento, mordendo o lábio antes de falar. — Eu... Eu estou próximo ao cio.

Sorrir mas, sua expressão não foi boa o que me deixou confuso. Ele não estava me dizendo que seu cio ia chegar porque iremos passar juntos?

— Não sorria assim... Não foi isso que eu quis dizer.

— Isso significa que você vai precisar de espaço? — perguntei, tentando manter a calma apesar da ansiedade que crescia dentro de mim.

Taehyung balançou a cabeça e segurou minha mão. — Não exatamente.

Meu coração batia forte.

— No cio, não vamos poder dar um nó?

Taehyung encolheu-se, inclinei sobre ele.

— Você vai me rejeitar?

Os olhos dele encheram de lágrimas. Não entendi porque ele estava me rejeitando. Eu não tinha feito as coisas certas? Ele disse que gostou da minha caçada, então porque ele estava me rejeitando. Um ruído saiu da minha garganta, e meu coração doía.

— Você quer fugir comigo?