Cobaia 602

10/10

Taehyung estava aninhado no meu ninho, e eu fiz questão de arrumá-lo para que ele ficasse o mais confortável possível. Durante seu cio, amarrei-o várias vezes, imaginando como ele ficaria lindo com sua barriga arredondada de filhotes. Ele adorava quando eu estava com ele, abraçando-me com força, o que fazia com que eu me sentisse pleno e protegido. Sua marca, um símbolo de nosso vínculo, era fascinante. Eu passava muito tempo admirando-a enquanto ele dormia, sempre garantindo que estivesse seguro.

Ele se espreguiçava preguiçosamente no ninho, virando-se para mim com um sorriso suave nos lábios, pedindo mais abraços. Durante nossos momentos íntimos, ele me abraçava com intensidade, assim como os beijos que trocávamos. Eu sabia que tinha um ômega maravilhoso.

Entrei no ninho carregando uma bandeja com comida que eu mesmo preparei, utilizando as habilidades que aprendi no programa de culinária. Coloquei a bandeja ao lado dele antes de me aproximar e beijar suavemente seu pescoço para acordá-lo. Taehyung se remexeu e soltou um suspiro, despertando lentamente e me olhando com ternura.

— Eu providenciei a comida — anunciei.

— Bom dia para você também, Kook — ele respondeu, seu sorriso iluminando o rosto.

Ele olhou por cima do ombro, arregalando os olhos ao ver o conteúdo da bandeja: peixe e arroz. Eu tinha pescado o peixe no lago próximo. Taehyung ficou surpreso e seus olhos brilhavam de admiração.

— Você fez isso? — ele perguntou, incrédulo.

— Sim, como aprendi no programa de culinária... — respondi, tímido.

Ele riu, aproximando-se para beijar minha bochecha. Baixei a cabeça, escondendo minhas mãos atrás de mim.

— O que você está escondendo? Deixe-me ver suas mãos — ele insistiu.

Relutante, mostrei-lhe as mãos, que estavam vermelhas e queimadas pelo fogo do fogão. Mas, para mim, o mais importante era ter providenciado a comida para meu ômega.

— Oh, está doendo? — ele perguntou com preocupação.

— Não dói — menti, tentando tranquilizá-lo.

— Você se queimou — Tae disse em um suspiro, olhando para mim com gratidão. — Obrigado, amor.

Concordei com a cabeça, sentindo meu coração acelerar.

— Você deve comer — insisti, ansioso para vê-lo satisfeito.

Taehyung riu novamente, aproximando-se e sentando entre minhas pernas.

— Eu vou. Alimente-me, alfa...

Eu adorava quando ele me chamava de alfa, mas o que eu gostava ainda mais era alimentá-lo, sentir que estava cuidando dele. No entanto, a palavra que mais aquecia meu coração era quando ele me chamava de "amor".

(...)

   
Taehyung e eu estávamos aconchegados no sofá da sala, a luz suave da televisão iluminando seu rosto enquanto assistíamos a um filme. Ele estava deitado com a cabeça no meu colo, e eu acariciava seus cabelos macios, seu cheiro estava mais leve, e ele estava melhor. Não queria saber do filme, não me era interessante, Tae era mais interessante para mim.

De repente, um barulho estranho veio do lado de fora da casa. Levantei a cabeça, meus sentidos imediatamente em alerta. O som não era normal, algo estava errado. Inspirei profundamente e, imediatamente, senti o cheiro de pessoas estranhas misturado com o aroma acre de fumaça. Meu corpo inteiro se enrijeceu, e meu coração começou a bater acelerado. Fogo. Taehyung estava em perigo.