Tory Nichols e Robby Keene encontram-se no centro de um turbilhão de emoções e conflitos. Tory é uma garota cuja vida não foi muito amigável; sua mãe, uma das pessoas que mais ama, está doente, e Tory trabalha para dar o melhor ao seu irmão e à sua...
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— Kreese, sua neta está aqui. — Escuto o policial falar enquanto vou até Kreese.
— Oi, vovô. — Falo com uma certo desgosto.
— Oi, minha neta. — Kreese responde. Logo em seguida, me sento à sua frente na mesa de visita da cadeia. — E como está nosso plano? — Kreese pergunta.
— Não está muito bom. — Respondo a ele. — O sensei Silver não dá a mínima. Ele só está focado em expandir os dojos.
— Isso não é nada bom. — Ele responde. — Tem mais alguma novidade?
— Sim. O Sr. LaRusso ficou bem machucado por nossa causa. — Respondo, não gostando nada daquilo. Só estou fazendo isso para minha vida voltar a ser o que era.
— Bom, um inimigo a menos. — Kreese responde como se fosse algo bom. Eu o olho com uma cara indignada. Não é possível que todos os senseis depois do Johnny sejam loucos. Eu só quero acabar com o Silver, não machucar outras pessoas. — Quando eu sair daqui, eu cuido do outro.
— Não liga para o que aconteceu com o LaRusso? — Às vezes, eles levam essa de "sem compaixão" a sério demais.
— Não, ele só foi um peão. — Ele fala. Eu ainda não acredito que me meti em toda essa merda.
— É isso que eu sou?
— Claro que não. — Ele fala, negando na hora. — Você sabe que só podemos confiar um no outro, né? — Ele pergunta, e eu concordo com a cabeça.
— E quanto tempo eu tenho que ficar no dojô? — Pergunto. Quero sair de lá o mais rápido possível, necessito disso. Essa merda só tem acabado com os meus relacionamentos.
— Eu sei que é difícil se infiltrar em lugares inimigos, mas preciso que fique só mais um tempo. Eu tenho um plano para sair daqui.
— Você tem? — Pergunto.
— Tenho. Eu vou ser o bom soldado, e preciso que você também seja assim. Faça tudo o que o Silver mandar, mas sempre seja bem atenta. — Ele fala como se fosse fácil, mas tenho que pensar que tudo isso é para tudo voltar ao normal. — Ele é bem esperto, mas vai escorregar. É aí que nós agimos. Acha que consegue? — Ele pergunta. E claro que isso me dá medo, sim. Está tudo em jogo, sim. Mas se eu não tentar, nunca vou conseguir.
— Sim. — Respondo a ele.
— Ótimo.
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Depois de ver o Kreese, vou direto para casa me arrumar para as aulas. Tudo o que preciso fazer é não vacilar. Minha vida depende disso.
Silver estava fazendo uma expansão doida, tirando todas as concorrências. Ele também tinha trazido uma outra doida para o Cobra Kai; ela me assustava. Em um dos dojos, vi uma menina contra quem competi no torneio regional.
Quando eu chamei a Kim de doida, não era brincadeira. Ela queria testar todos os alunos comigo. Eu só podia concordar, preciso me manter aqui, quero logo que tudo isso acabe.
— Sim, sensei. — Fiz a reverência a ela.
Eles começaram o exercício. Me aproximei de Devon. Ela não estava muito contente. Eu sabia que ela tinha potencial, então pedi para lutar comigo, para depois ensiná-la a fazer certo. Eu a ensinei, e ela melhorou. Ela é bem exigente, sei como é, também sou.
Ela também falou sobre a mãe dela. Por um instante, me vi nela. E dei o melhor conselho a ela, porque quando eu o segui, minha vida melhorou.
Kim contava umas histórias doidas; não sabia se acreditava, mas tentaria. Acho que ela pega pesado, mas acho que é para nós sermos os melhores.
Tive que lutar contra Devon. Dei uma vacilada, e a Devon conseguiu "ganhar". Mas tentei de novo e consegui proteger o negócio. Kim botava pressão e me batia com uma vara. Ela queria que eu mandasse a menina para o hospital, certeza.
Eu protegi com a minha vida, não me reconhecia. Kim explicou sobre a importância de como usar o método do punho. Devon saiu se sentindo humilhada, eu entendo, também me sentiria.
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Estava no dojo principal depois da aula de ontem. Estava com o Kenny e o idiota do Kyler. Vi a Devon entrando no dojo, fui falar com ela e a mesma é determinada.
Silver falou sobre a Devon querer aprender mais comigo, que também estava orgulhoso. O teste era para mim, eles são cruéis, isso sim. Queriam ver se eu tinha fraquezas, ainda ver se eu poderia fazer algo que nem eu sei o que seria. Isso não está me cheirando ser boa coisa.
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No outro dia, estávamos treinando pesado. Devon ficava fazendo perguntas, eu não estava com paciência para responder. Esse não é o lugar dela, ela é boa, mas não queria que ela ficasse aqui. É perigoso. Mas a Devon não entenderia, então deixei ela pensar qualquer coisa.
Agora teremos que fazer mais um exercício, meninas contra meninos. Kyler estava sendo um idiota nesse exercício. Era minha vez junto a Devon. Ela queria fazer tudo sozinha, e óbvio que perderíamos assim, de fato estávamos tomando uma surra. Tentei até trabalhar com ela, mas ela não me ouvia. Kim era cruel, e muito. E não conseguimos cumprir o treinamento.
E Devon queria ir de novo, dessa vez disposta a fazer o que eu mando. E fomos de novo. Perdemos, mas tentei fazer com que Devon não se machucasse mais. E treinamos mais juntas, nos dando bem.
