"Amores inesperados" uma obra romântica que narra a história de três amigas que inesperadamente encontram suas almas gêmeas. Como? Você precisará ler para descobrir.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acordamos cedo e decidimos ir à praia, nem me lembro da última vez que fui em uma. Eu fui a primeira a acordar e já fui arrumando minha bolsa para adiantar. A verdade é que eu não dormi direito essa noite, eu tive um sonho estranho.
Era como se eu estivesse em um lugar alto, em uma manhã de sol e com muitas pessoas ao redor e do nada, um homem coloca uma aliança no meu dedo. Eu não conseguia ver seu rosto e isso me frustrava. Ele dizia que me amava e que eu era o amor da sua vida, porém mesmo sem ver seu rosto, eu achava aquela voz estranhamente familiar. Enfim, acordei antes de descobrir quem era o dono dessa voz.
Separei um biquíni azul escuro e peguei uma toalha, protetor solar e minha carteira. Saio do quarto com a bolsa já pronta e vejo Sara saindo do banheiro enrolada na toalha.
- Que milagre é esse que tu tomou banho!? - Comento fazendo a ruiva revirar os olhos. - Ah, lembrei! Hoje é sábado.
- Lazarenta! - Ela passa por mim e eu caio na risada. - Cadê a Ingrid?
- Ainda tá dormindo. - Respondo encostada na parede.
- Não vai acordar ela?
- Não, deixa a bixinha dormir um pouco mais. Ela teve plantão a noite toda ontem, precisa descansar. - Ela concorda.
Apesar das duas trabalharem na mesma delegacia, elas quase nunca pegavam plantão juntas. Já eu não fazia plantão, trabalhava de segunda a sexta (e de vez em quando, alguns sábados extras) das sete da manhã às sete da noite. Meu trabalho era tranquilo, eu cuidava de alguns pacientes lesionados e ganhava um salário bom. Mas as vezes me vem a sensação de que talvez, quem sabe, a fisioterapia não seja minha verdadeira paixão. Loucura? Sim, eu sei.
Talvez meu erro fosse imaginar que minha profissão ia me causar borboletas no estômago e desafios mirabolantes. Eu gosto do que eu faço, mas sei lá, é estranho.
Preparo um café e frito alguns ovos mexidos enquanto assisto uma entrevista de casal no celular, que estava apoiado no armário.
Fiquei tão concentrada, que não percebi um ser se aproximando de mim.
- Escutou o que eu falei? - Uma voz me tira dos meus pensamentos. - Bruna?
- Oi? - Ingrid me olha esperando uma resposta. - O que?
- É sério que você não escutou uma palavra sequer do que eu disse? - Ela pergunta, mas antes mesmo de responder ela continua. - Eu perguntei se acha melhor irmos para a praia de Copacabana ou da Barra da Tijuca?
- A de Copacabana é melhor. Meu irmão disse que de todas as praias que ele já foi, a de lá é a melhor.
- Só precisaremos ter cuidado, eles cobram mais caro para turistas. - Sara aparece na cozinha do nada, me fazendo dar um pulinho de susto.
