Capítulo IX

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Dylan M.

   Vince beijou a minha mão novamente antes de sair do carro, atravessando para o outro lado e abrindo a porta para mim.

   –Me permite, senhor Moretti?—Disse sarcasticamente, pegando a minha mão que eu havia entendido e me puxando para fora do carro.

   –Que sequestrador cavalheiro.—Dei uma breve risada ao ver Vince fechando sua expressão.

   Ele segurou na minha mão, levando-a até o nariz e cheirando-a como um cachorro. Caminhamos em silêncio até a enorme entrada do cassino, que possuía o nome “The Luxurious Casino” grifado em letras douradas.

   "Esse lugar é enorme. E caro, muito caro."—Eu estava boquiaberto com tamanho luxo à minha frente.

   –Escute.—Vince me chamou, colocando a minha mão, juntamente à sua, dentro do bolso da calça.—Você só pode beber quando eu terminar de resolver os assuntos de trabalho.

   –Por quê?

  –Se você beber antes disso e ficar bêbado eu não vou poder te vigiar, e esse não é um lugar seguro para você ficar andando sozinho.—Ele me encarou por alguns segundos—Lembre-se das nossas regras, ok?

   –Sim, sim. Sem tentar escapar, se alguém vier falar comigo dizer que estou te acompanhando e ficar perto de você o tempo todo. Já entendi mamãe.—Disse a última palavra num tom cômico e desviei meu olhar para a entrada.

   Vince e eu entramos, sendo recebidos por alguns seguranças. No instante em que pisamos lá dentro um cheiro insuportável de bebida, cigarros e drogas veio em direção ao meu nariz, me fazendo tossir um pouco.

  Assim que minha visão se acostumou com as luzes coloridas indo e voltando a todo momento eu pude ver diversas pessoas, principalmente homens, em volta das mesas apostando em jogos de azar e várias mulheres vestidas com roupas curtíssimas servindo bebidas e petiscos.

   –O vício das pessoas me dá dinheiro. Sendo em sexo, jogos ou até mesmo em drogas, tudo isso me dá rios de dinheiro, sabia?—Disse ele enquanto parecia procurar alguém no meio do lugar.

   –Então você é dono desse cassino?

  –De uma grande parte sim. Pretendo comprar ele por inteiro assim que resolver alguns assuntos…Ali está, vamos.—Me puxou para o meio da multidão, passando por várias pessoas que me olhavam de maneira estranha, principalmente alguns homens.—Espere só um minuto, não saia daqui.

   Assenti com a cabeça e Vince foi até uma mesa, onde um homem mais velho estava sentado, rodeado de mulheres, e trocou algumas palavras com ele. Palavras essas que eu não entendi por conta da música alta e das conversas alheias.

   Senti uma mão tocar na minha bunda e uma risada vindo de trás de mim.

   –E aí gracinha? Sozinho por esses lados?

   –Estou acompanhado.—Eu preferi não responder mais que isso.Vince me disse para não conversar com estranhos.

   –Mas eu não tô vendo ninguém com você. Sabe, se você quiser dar uma fuga no seu acompanhante a gente pode subir lá para cima…—Ele passou a mão perto da minha bunda de novo.

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