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ELISA BELFORT "Sendo amada"

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ELISA BELFORT
"Sendo amada"

Consegui falar com minha avó e estou chegando em sua casa. Ela disse que éramos para sair do hotel e ficar por aqui.

Insistiu muito, tanto que decidi aceitar.

A casa é linda!

Desde a hora que cheguei aqui me senti acolhida. Acredito que meu filho também. Ele está tão alegre e tagarelando como nunca.

Foi com os primos conhecer os animais, fez um bolo com a bisa, assistiu aos desenhos...

Fico feliz em vê-lo feliz!

•••

Ontem, tiramos o dia para nos conhecermos melhor. Nunca vi meu filho tão alegre. Ele brincou muito. Fez a festa!

Minha prima, a Roberta, me chamou para corrermos pela manhã. Só que o "manhã" não imaginava que era tão cedo.

Acordei 6:00. Na força do ódio. Não tenho esse espírito esportista.

Deixei meu filho dormindo e desci para comer algo antes de correr. Fiz um ovo, coloquei no pão e preparei um café.

— Pronta? - Roberta olhou para mim. Encarei ela por alguns segundos e concordei.

— Vamos! - começamos correndo de leve até pegarmos o gosto e a intensidade. Como corria as vezes, não foi tão difícil.

Paramos para beber água e olhei no relógio para ver os km que percorremos até o momento.

— Sabe o que eu acho? Já tá na hora de parar, descansar e voltamos para casa. Já deu para mim! - me encosto no poste.

— Já cansou, prima? - ela ri.

— Não sou que nem você. Não gosto de correr mas corro, entendeu? - ela ri ainda mais. Encaro ela e não adianta, a mulher continua rindo.

— Olha, eu vou continuar correndo mais um pouquinho, mas você pode voltar para casa ou me acompanhar. - sugere.

— Continuar correndo? Não, obrigada! - agora foi a minha vez de rir. — Ouvi a tia Lúcia comentando que aqui tem uma lanchonete muito boa.

— Correr para comer, gostei!

— É para isso que malho. - rimos. — É muito longe daqui?

— Não! É só você seguir reto e logo vai ver a lanchonete. Eu vou virar aqui e continuar correndo.

— Boa sorte! Nos encontramos em casa?

— Nos encontramos em casa. - nos abraçamos rapidamente e cada um foi para o seu caminho.

Chegando na lanchonete, pedi uma coxinha de frango e um suco de maracujá. Fui até uma mesa vazia e aguardei.

Fiquei mexendo no celular quando ouço uma voz masculina dominar o ambiente.

— Bom dia! Tudo bem? - ouço ele falar e logo o dono responde.

— Tudo ótimo!

— Graças a Deus! Aquele cafézin' tem? - pergunta. — Tem aquele cafézin pra nós? Um cafezin para alegrar a nossa vida.

Outra pessoa entrou e foi falando tanta coisa que não entendi. Depois saiu. Tudo muito rápido. A minha mente está tentando entender o que está acontecendo aqui.

— Obrigado querido! - ouço o dono daquela voz agradecer.

Não demorou muito para meu pedido chegar. Agradeci e comecei a devorar aquela coxinha. Nem parece que comi pão com ovo antes de sair de casa. Realmente, o lanche daqui é bom. O tempero no ponto, a massa no ponto, o suco tem o açúcar na medida certa. Adorei!

Terminei meu segundo café da manhã e fui pagar. Poderia muito bem sair daqui tranquilamente, mas se nada acontecer, não me chamo Elisa.

Simplesmente acabei me batendo em uma pessoa. Não voltei com tudo e quase me machuquei na mesa porque a pessoa me segurou. Quando fiquei intacta no lugar, virei para agradecer e simplesmente era um homem alto, moreno e de óculos escuro.

MEU PAI AMADO!

Engulo a minha saliva porque minha garganta ficou seca. Encarei o homem que tinha algumas tatuagens pelos braços e tentava falar mas a voz não saía. NÃO É POSSÍVEL! Não é hora para passar mais vergonha.

— Des..desculpa! - finalmente consigo falar. Coloco uns fios de cabelo atrás da orelha e continuo olhando para ele.

 Coloco uns fios de cabelo atrás da orelha e continuo olhando para ele

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TEMPORAL DE AMOR | GUSTTAVO LIMA [PAUSADA]  Onde histórias criam vida. Descubra agora