capítulo 12

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Lorena on

Eu definitivamente preciso deixar de ser tão exigente com as pessoas que tentam se aproximar de mim.

Depois do almoço com o irmão da minha melhor amiga e ela, fui até a casa do André, um garoto que está tentando "me conquistar" de acordo com a Antonella.

Na cabeça dela todos as pessoas que chegam em mim querem me comer.

Nunca fui uma pessoa de me abrir com facilidade e infelizmente ou felizmente, não sei, me desapego muito rápido das pessoas... acho que o fato de eu ter deixado minha família em outro país, bem novinha, contribui para essa característica.

- Quer dar uma revisada? (André)

Ele rodou a cadeira em minha direção e me entregou o notebook.

André além de ser muito inteligente, cavalheiro e educado, é muito bonito.

Ele tem seu charme de nerd, com esses óculos retangulares, seu cabelo preto bem cortado e com todos os fios no lugar. O cara é cheiroso também, nas aulas em que temos que mexer com materiais de cheiro forte, ficar perto dele salva bastante.

- Achei muito boa, mas poderia dar uma explorada no lado humano da coisa, não acha? (Lorena)

Sugeri depois de ler a página do trabalho.

Ele analisou novamente sua parte no arquivo e deixou o computador de lado.

- Vamos dar uma pausa -levantou da cadeira e foi até a porta do escritório de sua casa, onde estávamos- está com fome? (André)

Olhei a hora no meu celular e já eram 20h, decidi mandar uma mensagem pra Antonella e avisar que talvez eu chegaria bem tarde.

- Quer pedir algo ou quer que eu faça? (André)

Antonella on

- Zé, você me complica desse jeito -respirei fundo - tá, deixa subir (Antonella)

Voltei o interfone pro lugar.

Esse Zé só me complica, oh porteiro filho da puta.

Já havia avisado ele sobre o Victor e pedi para que se ele insistisse muito, era pra falar que eu não estou em casa, mas esse atoa nunca faz o que eu peço.

Eu até estava "quase" namorando com o Victor como dizem, mas na minha cabeça eu já sabia que não conseguiria, então preferi "terminar" mas o lindão não aceita.

Conheci o Victor antes mesmo de mudar pra São Paulo, ele morava no condomínio da minha irmã e começou a me sentir no Instagram em uma das vezes que passei uns dias lá. O insistente respondia até uma flor que eu postasse, não parou até eu dar atenção, e foi com essa insistência que um dia eu vim pra cidade e aceitei sair com ele.

- O que você quer Victor? (Antonella)

Disse assim que abri a porta e vi a cara de cachorrinho que caiu da mudança que ele estava.

Victor tem um ano a menos que eu, o que pra mim é (foi) indiferente, até porque meu foco quando estava com ele era nos olhos castanho claro que o desgramado tem. Apesar dele ser um pegajoso, não posso negar que é muito bonito. O cavanhaque com o bigodinho, o cabelo com cachinhos, o corpo alto e definido... é, ele é bem gostoso.

- Você disse que seríamos amigos ainda -ele ergueu a embalagem que segurava- já comeu? (Victor)

Victor sorriu e dei passagem para ele entrar.

- Cadê sua amiga? (Victor)

Falou tirando a jaqueta e colocando no sofá.

- Foi fazer um trabalho -peguei a embalagem e tirei as bandejas de sushi- acho que logo ela chega. (Antonella)

Depois do elevador (romance sáfico)Onde histórias criam vida. Descubra agora