A morte nem sempre vinha de forma pacífica, e precisariamos nos preparar para quando ela travasse sua guerra. — Audrey Rose. — Príncipe Drácula — Rastros de Sangue.
🗡️
ÉPOCA ATUAL
SEUL - COREIA DO SUL
17:05 P.MA brisa fresca balançava lentamente a cortina suave de tom off-white, o consultório era no mais puro branco, Kim Taehyung trajado em tons negros tornou-se um destaque, a perna direita sobre a esquerda, as mãos apoiadas no colo e olhar superior relaxado — diante de si, acomodada na poltrona usando um terno de cor creme e detalhes em prata, portando em mãos um ipad cinza chumbo, Somin o analisava.
— Como está se sentindo? — a voz melodiosa e aveludada soou, quebrando o silêncio confortável.
— Sinto-me vazio — o timbre grave e penetrante veio dominante e cansada, transparecendo o descontentamento palpável.
— Por que? — a caneta propriamente para o objeto desliza pela tela com sutileza.
— Há dias que não durmo. Medicamentos que foi-me recomendado não surtiu efeito.
— O que costuma fazer quando não dorme?
O olhar intenso a encarou diretamente, os lumes castanhos possuíam um mar tempestuoso, uma ameaça que congela os ossos e endurece qualquer coração que ousa se por frente a frente de um caçador nato.
— Pinturas — sorri em demasia. — Telas estão se acumulando no estúdio.
— Isso aplaca seus anseios?
— Apenas quando crio paisagens ou objetos, nada que possa refleti-lo. Que se torne ele.
Somin assente, anota algo que Kim não pode ver, todavia, a tempestade troveja dentro de si e a chuva é incessante, pois deste céu ambíguo a água vinha como sangue.
— Tem saído?
— Não. Nem mesmo para tomar um pouco de sol.
— Isso lhe incomoda?
— Não.
A mesma suspira, os cabelos negros e fartos quase não são sustentados pelo elástico fino, o olhar solene se volta ao paciente que parecia preso em outra realidade que não seja a qual deveria estar.
— Senhor Kim? — chamou-o.
— Sim?
— Essa é quase a décima sessão. O que espera com isso?
O moreno pisca devagar, focando na psicóloga que tentava não demonstrar medo ou receio por atender alguém que deveria estar preso ou condenado à morte.
— Absolutamente nada relevante, senhorita — sorri ladino. — É paga apenas para ouvir e dizer o que não custará sua vida e a vida de sua família.
— Certo — suspira. — Irei receitar outros medicamentos que possam ajudá-lo a descansar.
— Obrigado.
— De nada, enviarei para seu e-mail.
— Claro — de forma elegante ficou de pé. — Até a próxima senhora.
— Até a próxima — devolve, acompanhando-o até a porta da sala — Senhor Kim?
— Diga.
— Não esqueça que mesmo tendo um contrato de confidencialidade, exijo respeito. Não me ameace. Parece esquecer de que sou mais do que uma psicóloga — o adverte e alerta.
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MODUS OPERANDI
Fanfic[EM ANDAMENTO 🔪 LIVRO 2 DE V.N] O período do luto não tem tempo estimado de término. Ações nos levam a muitas direções, como ondas suaves que tornam-se brutas e mortais quando a tempestade se forma no céu - consequências criam consequências, e em t...