Dois stalkers.
Dois assassinos.
Duas almas que se reencontram em meio ao caos.
Nos recantos esquecidos de Baltimore, Maryland, Lana Berger é uma garota à deriva, engolida por uma obsessão que cresce como uma sombra silenciosa, tão inescapáve...
Ooi, gente! Eu estou demorando pra postar porque estou lendo esse livro desde o início e anotando o tanto de questões em aberto para não deixar nenhum furo na história. Isso acaba me fazendo ter que reescrever alguns capítulos dos rascunhos e explicar melhor algumas partes, pois já estamos quase nos capítulos finais e não quero que fique tão confuso.
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𝔓𝔞𝔯𝔱𝔢 𝔠𝔦𝔫𝔠𝔬
2895 palavras
- Você é louco? Por que você não me contou isso, Ivan?! Até quando vocês vão ficar me escondendo essas coisas? - Amélie vociferou. Ela estava em pé à minha frente, com os punhos cerrados ao lado do corpo, como se a qualquer momento pudesse explodir de raiva.
- Talvez eu tenha motivos para não me preocupar em te contar essas coisas, não acha? - retruquei, mantendo meu tom controlado.
Ela abriu a boca, tentando encontrar palavras que expressassem sua confusão e mágoa. Sua respiração estava pesada, e ela parecia lutar internamente, procurando respostas que não conseguia formular. No entanto, antes que ela pudesse dizer qualquer coisa, o médico que estava cuidando da Ammy apareceu no corredor.
- Senhora Bell - ele inclinou a cabeça em um gesto formal.
- Como ela está? - perguntei, levantando-me com um movimento brusco.
- Infelizmente, a jovem chegou ao hospital em estado crítico devido a uma overdose. Conseguimos estabilizá-la, mas ainda está em observação na UTI. A boa notícia é que ela está respondendo bem aos tratamentos e acreditamos que se recuperará completamente com o tempo. Precisaremos realizar uma série de avaliações para garantir a saúde de ambos, a mãe e o bebê.
- Como? - As palavras escaparam dos meus lábios antes que eu pudesse processá-las. Olhei fixamente para o médico, como se ele pudesse desfazer o que acabara de dizer.
- A jovem está grávida de sete semanas - o médico respondeu com uma calma surpreendente.
- Ai meu Deus... - Amélie murmurou, sua voz tremendo enquanto ela passava as mãos pelo rosto, numa tentativa desesperada de se acalmar. Seus ombros caíram enquanto ela se sentava pesadamente na cadeira, os olhos fixos no chão, o semblante apavorado, tentando processar a gravidade da situação.
Eu soltei um suspiro profundo, passando os dedos pelos cabelos num gesto automático. A ideia de que minha irmã mais nova estivesse grávida parecia irreal, como se a qualquer momento eu fosse acordar desse pesadelo.
- Ela está acordada, vocês podem ir vê-la agora - o médico anunciou, sua voz cortando o silêncio que se instalara.
Minha mãe se levantou quase automaticamente. Seu rosto estava rígido, enquanto ela seguia o médico pelo corredor. Eu não demorei a segui-la. Não importava o quanto eu quisesse evitar, teria que encarar essa situação de frente.
