Cap 12

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Voltei para casa com o mesmo sangue nos olhos de antes, minha raiva não tinha passado ou diminuído; ao contrário, ela tinha aumentado a cada vez que eu pensava sobre isso.

Eu odiava injustiça, mentiras, manipulações, e odiava mais ainda quando faziam isso tudo com alguém que eu amava. Em hipótese alguma, eu deixaria aquilo de lado, eu iria até o final para resolver a situação e acabar de vez com tudo, não estava nem aí para quem eu teria que passar por cima, porque se fosse possível, eu passaria.

E Já não bastava todos os fatos, ainda tinha o que Marcela me envolvia. Qual é o problema dessa mulher? Falta do que fazer? Eu sinceramente não entendo. Uma pessoa tão amargurada a esse ponto, e por que ela me odeia tanto? Não faz nem sentido, Um ódio totalmente gratuito e desnecessário, Muito antes de conhecer a Natália, ela já me conhecia e já me odiava, Nem para ela sumir também, não agrega na vida de ninguém, completamente desnecessária, alguém vai sentir falta?

Bi bi bi. 🚘

O veículo atrás apertava a buzina, impaciente, me gerando ainda mais raiva

Sofia: Essa porra!

Coloquei o carro no neutro, puxei o freio de mão e abri a porta com tanta força que eu tinha certeza que havia quebrado, e Me direcionei ao carro atrás

Sofia: Ô, filho da puta, tem como ter um pouco de senso?

Bati no vidro dele, que logo baixou.

-Essa lerdeza tinha que ser você mesmo

Olhei mais uma vez para ter certeza, e Era a desgraçada da Marcela na minha frente, Qual a probabilidade disso acontecer justo agora? Justo hoje! Lhe encarei com os olhos cerrados e o semblante fechado.

Trinquei tanto minha mandíbula que começou a doer, tentando de todas as formas me desfazer dos pensamentos intrusivos que me vinha à mente. Minha vontade era resolver tudo ali mesmo

Marcela: Qual foi? Perdeu a língua?
Sofia: Vai se fuder, caralho!

Falei alto e em bom tom, Minha sorte era que a rua em que estávamos não tinha tanta movimentação. Poucos carros passavam, e naquele horário, por incrível que pareça, estava um deserto total, Então, eu realmente comecei a cogitar minha ideia

Marcela: Tá assim, por quê? É o trabalho? Ah, lembrei, nessa altura nem trabalho você tem mais.

Marcela disse em tom de deboche.

Apertei meu pulso na tentativa de não fazer nada do que eu pudesse me arrepender. Em seguida, comecei a sentir o machucado nele e Foi então que voltei à realidade.

Eu não iria machucá-la fisicamente, eu não era assim, nunca fui. Mas eu tinha um lado negro, lado esse que eu faria questão de que Marcela conhecesse. Ela iria conhecer tão bem que se arrependeria até o último dia de ter mexido com uma Starling

Sofia: Tá achando que é quem, Marcela? Tá achando que isso é um jogo?

Me aproximei mais do vidro.

Sofia: Você acha o quê? Que só porque tem influência é a fodona, dona do mundo? Deixa eu te falar uma coisinha.

Olhei dentro dos seus olhos.

Sofia: Eu também tenho influência, e adivinha só? Eu tenho mais do que meras influências, Se eu quiser acabar com sua vida hoje, eu acabo.

Ela sorriu e logo retrucou.

Marcela: Esqueceu o remédio hoje? Tenha cuidado com o que você fala comigo, colega. Você não me conhece.

Pensei um pouco no que exatamente eu iria dizer. Afinal de contas, eu não tinha muitas informações sobre ela, mas eu tinha algumas coisinhas, e algumas coisinhas significam mais do que nenhuma coisinha, então Óbvio que iria usar isso ao meu favor

"Liberdade" - StarliaOnde histórias criam vida. Descubra agora