Meu Filho

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Kate

Enquanto a minha mãe não chegava, aproveitei para subir tomar um banho. Confesso que me sinto estranha tomando banho aqui nessa casa, dormir naquela enorme cama foi estranho e andar por aqui nesse silêncio é pior ainda.

Meu corpo vibrava, ansiava por uma simples gota de adrenalina, mas infelizmente para mim, eu ainda não tinha visto nem sinal de arco e flechas ou um mero saco de pancadas. Talvez eu deva sair para uma caminhada na praia mais tarde.

Penso, entro no closet e escolho uma roupa simples, short, camiseta preta e calço os chinelos roxos de bananas que estavam perto da cama. Só podem ser meus, até por que o outro chinelo tem umas estampas e um desenho que eu nunca vi na vida.

Saio do quarto e desço, chegou a sala e me jogo no sofá. Me sinto como uma agregada nessa casa, uma hóspede. É meio esquisito essa sensação, porque essa casa é basicamente minha. Eu moro aqui há... Não faço ideia de quantos anos, mas moro. É o meu lar.

Meu lar.

Mas por que para mim essa casa parece apenas uma casa desconhecida?

Perder a memória é uma merda sim, eu só queria lembrar de certos momentos, mas tudo é apenas um borrão na minha mente. Batuco os dedos em minhas pernas e observo em volta, tudo muito bem decorado. A sala tem decoração moderna, uma televisão exageradamente grande, enormes sofás, sério, esses sofás parecem camas. Tudo muito lindo, preciso tirar um dia para conhecer a minha casa.

É até engraçado pensar nisso. Vou conhecer a casa que moro há anos.

A campainha toca, só pode ser a Eleanor. Me levanto hesitante e vou até a porta receosa, minhas mãos estão suando e meu coração voltou a bater descontrolado no meu peito. Vamos, Kate, você pode fazer isso. Ela é sua mãe. Respiro fundo, estico a mão, abro a porta e...

–Oi, Querida!

Minha mãe me abraça antes mesmo que eu possa reparar em seu rosto. Os cabelos cumpridos descendo como cascatas pelas suas costas, bem maiores que o normal.

–Hey, mãe. — Dou um sorriso sem graça e minha mãe se afasta.

–Ah, Querida, eu senti tanta saudade. — Ela empurra a porta e vai entrando na minha frente, seus braços repletos de sacolas. — Paris estava uma loucura esse fim de semana, mas eu consegui comprar algumas coisinhas para você e para o meu netinho. Ele ainda está na escola, não está? Queria tanto vê-lo.

–É, está sim. — Forço um sorriso e fecho a porta enquanto a vejo se acomodar em uma poltrona e abrir uma caixa de cupcakes.

–Hum... — Ela murmura enquanto mordisca um. — Vem, Kate, eu sei como você adora esses cupcakes.

Concordo e me aproximo me sentando no sofá de frente para ela com a postura mais ereta que o comum.

–Então, Paris, não é? O que você foi fazer lá mesmo?

–Ah, Kate, você sabe, cuidar das coisas da empresa, fechar mais contratos de doações.

–Contratos de doações?

–É, você sabe, conversamos sobre isso várias vezes. — Deu de ombros.

–Na verdade, não. Eu não sei. — Ela parou o que estava fazendo e me olhou sem entender. — Mãe, eu perdi a memória. E na minha última lembrança que eu tenho de você, você ainda estava presa.

Yelena

É claro que o meu treino com a Natasha não parou por ali. Nós continuamos “lutando” até que nossos músculos dissessem chega e nossos tops estivessem encharcados de suor.

Stupid Wife - BishovaOnde histórias criam vida. Descubra agora