A história de Jungkook e Taehyung é uma narrativa intensa e emocionante que explora os desafios de um amor proibido. Os dois homens vivem um relacionamento apaixonado, porém secreto, devido à homofobia enraizada na família de Jungkook, especialmente...
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O ambiente na residência dos Jeon estava elegante e acolhedor, como sempre. Mais uma vez, as famílias de Jungkook e Haeun se reuniam para um jantar cuidadosamente planejado. A mesa, suntuosamente decorada com porcelanas refinadas e flores frescas, exalava um aroma suave e reconfortante, reforçando a atmosfera de formalidade e tradição que permeava esses encontros. Era mais uma ocasião em que as duas famílias tentavam aproximar os jovens, seguindo as expectativas da sociedade e os interesses familiares que lhes eram impostos.
Nos últimos dias, Jungkook e Haeun passaram mais tempo juntos, como parte do plano que ele havia discutido com Taehyung. No início, Jungkook estava tenso, sempre alerta, mas, com o tempo, começou a relaxar. Haeun se mostrou uma pessoa genuinamente amável, sem qualquer traço de arrogância ou segundas intenções. Ela era gentil, envolvida nas conversas, e possuía uma disposição que fazia Jungkook se sentir surpreendentemente à vontade. Por mais que a situação fosse difícil, Jungkook precisava admitir que Haeun não era apenas uma boa pessoa, mas também uma mulher de caráter forte.
Isso ficou ainda mais claro em um dos eventos sociais que eles frequentaram. Durante uma caminhada pelo jardim, após uma festa da alta sociedade, os dois conversaram a sós. Haeun demonstrou uma compreensão impressionante sobre diversos temas e um senso de justiça que Jungkook não esperava encontrar. Em vários momentos, ele se pegou pensando que, em circunstâncias diferentes, eles poderiam ter sido bons amigos.
Contudo, a noite do jantar de hoje seria um divisor de águas. Tudo seguia conforme o esperado, até que o pai de Jungkook, sempre conservador e inflexível em suas crenças, fez um comentário homofóbico sobre o filho de um magnata da cidade. Havia rumores de que o jovem era gay, o que parecia incomodar profundamente o patriarca. Com um tom de desprezo, ele comentou sobre como era uma "vergonha" que uma família tão respeitável tivesse que lidar com algo assim.
Haeun, até então quieta e reservada, surpreendeu a todos ao se manifestar. Com uma postura firme e voz calma, ela disse:
— Com licença, Sr. Jeon, mas acredito que todos têm o direito de ser felizes à sua maneira. A sexualidade de uma pessoa não define seu caráter ou sua capacidade de ser uma boa pessoa. Admito que não conheço muito sobre o assunto, mas não vejo pecado algum nisso. Na verdade, penso que, em vez de julgar, deveríamos apoiar as pessoas a viverem suas vidas com autenticidade.
Um silêncio pesado tomou conta da sala de jantar. A mãe de Jungkook lançou um olhar apreensivo ao marido, percebendo a irritação mal disfarçada em seu rosto. Era raro alguém contrariar o patriarca, ainda mais de forma tão clara e direta. Ele não respondeu, mantendo uma expressão neutra, mas Jungkook, que conhecia bem o pai, sentiu o ódio fervilhando por trás do olhar frio.
Enquanto o jantar continuava, Jungkook observava Haeun com uma mistura de admiração e preocupação. Era evidente que ela não fazia ideia das implicações de seu comentário, mas também era claro que possuía um coração bondoso e uma coragem admirável. Jungkook começou a se convencer de que ela era confiável, alguém que, apesar das circunstâncias, poderia entender e apoiar as difíceis decisões que ele teria que tomar no futuro.
