[EM ANDAMENTO] [NÃO ACEITO ADAPTAÇÕES DESSA OBRA]
Jeon Jungkook nasceu com um dom que odeia: ele consegue ver quando duas pessoas são almas gêmeas por causa do fio vermelho do destino que as conecta. Esse fio vermelho foi responsável por destruir o...
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#APorraDoFioVermelho
🛹
Namjoon explicou que o que precisávamos eram coisas às quais Jimin e Taehyung tinham apego para o tal diamante das boas-vindas, além de abrir um espaço amplo na sala para que ele desenhasse o símbolo das coordenadas e runas com giz. Minha mãe, ainda perdida sobre a situação devido às suas próprias dúvidas, decidiu que seria mais útil se ela se encarregasse de ficar com Jimin e Taehyung no quarto, cuidando deles para que a febre não piorasse. Eu fiquei encarregado de trazer os "itens de apego", como Namjoon chamou, já que, obviamente, eu era o mais familiarizado com os dois. Tentei não pensar em como isso parecia um ritual para mortos — o que de fato era — e corri de lá para cá pelo apartamento pegando tudo o que considerei importante.
É assim que terminamos com uma sala cheia de bonequinhos dos cavaleiros do zodíaco espalhados pelo chão, além de livros de suspense, blocos de chá tradicionais, uma garrafa de Baijiu, perfumes e...
— Uma planilha? — Namjoon me olha com uma interrogação praticamente estampada na testa, enquanto segura a folha com a planilha impressa.
— Eu tô desesperado — Sigo ajeitando as coisas com o máximo de cuidado ao lado do prato de macarrão instantâneo e das fotos de Jimin com Seokjin, Lisa, Seungcheol e alguns colegas de trabalho. — O que vem depois?
Namjoon deixa a planilha no mesmo lugar ao lado do chá Oolong pronto e umas fotos impressas às pressas da família de Taehyung que encontrei no celular dele — duas mulheres e um Poodle velhinho. Em volta também há algumas velas coloridas que Namjoon acendeu. Na bolsa menor que ele trouxe, haviam ervas e alguns tipos de óleos, que ele colocou perto dos "sinais de entrada" — os símbolos que ele desenhou. Segundo ele, é apenas para segurança, já que "não queremos que outras coisas sejam atraídas". Não tenho coragem de perguntar o que entra na categoria de "outras coisas".
— Vamos colocar os dois no meio. Vem, eu carrego Taehyung e você o Jimin.
Namjoon segue para o quarto, comigo logo atrás dele. Ainda me causa mal estar ver Jimin dessa forma: desacordado, pálido, febril, suando e sem qualquer sinal de alegria. Minha mãe está terminando de medir a febre de Taehyung quando chegamos e pela cara que ela faz, as coisas não parecem ter melhorado.
— Eles estão estáveis, mas a febre ainda é alta — explica ela, guardando o termômetro. — Se isso não der certo, temos que levar eles pra um hospital e urgente.
Vou para o lado de Jimin, passando minha mão para debaixo de seu corpo, antes de levantá-lo em meu colo. Ele está quente e quieto, sinto sua pele úmida em minhas mãos e trago seu corpo ainda mais perto do meu como se ele fosse a coisa mais preciosa que existe no mundo — no meu mundo ele é. Sigo Namjoon, que já está com Taehyung em seu colo. Ele fez com mais facilidade que eu, quando tentei. Desse jeito, vamos os dois até a sala que está iluminada apenas pelas velas de Namjoon e as estrelas da noite.
