Em 2082 o mundo enfrenta uma pandemia misteriosa do qual pensam a salvação ser uma aliança formada entre os lábios que carregam a passagem ao inferno de Adam e seus pecados.
🚨DARK ROMANCE🚨
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Acredito que todas fomos para cama cobertas de medo. O Anjo era amor, bondade e justiça, como ele escolhia atuar nesse último ponto que era perigoso.
Mesmo sem ter um pecado similar ou completa credibilidade no Anjo, até mesmo Andi, sob cobertas e meu abraço apertado, tremia aterrorizada com o que viu hoje e possivelmente reprisava em sono.
Para me aliviar da tensão, me solto de Andi quando sinto que ela deixou de travar uma batalha com seus pesadelos, calço minhas pantufas e saio do quarto, sendo recebida mais uma vez pelo o frio que comandava a noite e a luz do luar que iluminava o corretor.
Caminho o extenso e largo corredor abertando o robe que cobria minha camisola, me dirigo ao templo destinado principalmente a orações. Pela hora deveria continuar em minha cama, mas a vontade de conversar com o Anjo poderia ser considerado motivo digno para desenvolver insônia.
O lugar sagrado estava vazio, mas antes mesmo de olhar a grande meia máscara ilustrada em um mosaico no vitral preto e branco me sinto observada, protegida, vigiada. O Anjo estava me dando a dádiva de sentir a sua presença.
Sinto meus joelhos fraquejarem, há poder no santuário e eu não sou forte para ir contra ele. A gravidade, forças maiores, me puxam para baixo e tento admirar a imagem sem cor na grande janela sobre o púlpito, porém meus olhos doem quando tento
Ele está aqui.
Sinto uma onda se formar em meus olhos e elas quebram e escorregam em meus cílios quando um soluço escapa da minha garganta no momento em que tento realizar uma oração.
- Lara.
Me arrepio por completo quando sou chamada, mas saio do transe e de joelho olho para trás, avistando um pupilo me encarando com sua máscara e cabeça tombada para o lado em confusão.
- O que faz fora da cama? Deveria estar descansado.
Tento voltar meu olhar para o chão, mas agora estou presa aos cabelos bagunçados e escuros e um olhar perdido em meio a escuridão parecia ser constituído por sombras e neblina. Ele ainda estava com o terno que os pupilos usavam no jantar de mais cedo, parecia que também não estava conseguindo dormir.
- O senhor também.
Ele ri.
- Acredito que não temos idades tão distintas para você me nomear de senhor.
- É questão de respeito, não sei quem é o senhor.
O homem se aproxima lentamente, ao se por de joelhos em minha frente, retira de seu bolso uma pulseira prateada com pontos vermelhos rubis chamando atenção em forma de veneno saindo da língua de uma cobra, algo menos delicado do que a rosa que revestia os pontos soltos da pulseira com espinhos e ervas.
- Fui designado para ser seu pupilo, estava a sua procura. Isso é um símbolo que irá nos deixar ligados de certa forma - Ele ergue as mangas e deixa eu avistar um bracelete parecido, com menos detalhes, porém uma cópia clara. - Todas as iniciantes terão um diferente, mas com o mesmo objetivo.
