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leticia

eu estava comendo o brigadeiro que ret fez pra mim, e tirei outra conclusão dele, ele faz um brigadeiro otimo!

ele tinha me buscado ontem a noite, e eu to na casa dele desde então.

o baile de hoje tinha sido cancelado por algum motivo que preferi nao entrar em detalhes pra saber.

então depois de eu tanto implorar, ret saiu do trabalho bem mais cedo, e estamos desde 15h vendo filme.

eu estava deitada em seu peito, quando ouvimos batidas na porta.

ret me olha nervoso, quem poderia ser?

as batidas eram intensas, quase podendo arrombar a porta de madeira.

e não é que ela foi aberta?

a pessoa bateu tanto, que o parafuso caiu.

encarei ret demonstrando medo e pavor, e ele me olhava tambem, mas suas expressoes só demonstrava o quão confuso ele estava.

- QUE PORRA É ESSA RET?! -falou gritando enquanto olhava pra gente-

PUTA MERDA!

eu dei um pulo do sofá, e meu pai olhava pra gente confuso.

- fal seu covarde! -gritou- o que voce tá fazendo com minha filha?!

falou alterado.

meu pai nao tava normal.

nao to dizendo que ele estava drogado, mas eu nunca imaginei ver esse lado do meu pai.

tê- agora voce fica calado né? -falou- quando é pra transar com a minha filha, bem de baixo do meu nariz você se mostra o grandão né?

ret- sua filha já é maior de idade, gustavo.

- eu sou muito burro mesmo! -falou rindo- todas aquelas caronas que voce dava a ela, nao era por que voce tinha consideração por mim! é por que voce é um puta vacilão!!

ret- cala a boca porra -gritou- tá falando merda de mais dentro da minha casa! pode ser quem for, mas eu nao tolero!

eu estava estagnada no mesmo lugar. Meu pai, nao olhava pra mim, ele olhava apenas pra ret, com os olhos pegando fogo.

e por 2 segundo que eu deixo de encarar ele, pra encarar ret, ouço um baque de tapa.

agora meu pai estava em cima de ret, os dois trocando varios tapas e socos.

eu estava horrorizada olhando aquilo.

o que eu poderia fazer? os dois tinham o triplo do meu tamanho.

leticia- chega! -gritei e eles me olharam- eu já sou muito grandinha e sei o que eu faço -aponto pro meu pai-

- ele tem o dobro da sua idade leticia -gritou- ele te viu nascer porra!!!! -falou me olhando-

leticia- vai embora pai! -falei firme e ele me olhou-

tê- e eu achando que era mentira -riu indgnado-

ele saiu, batendo a porta.

ret me olhou confuso, acho que ele nao esperava essa minha reação.

leticia- voce tem algo pra limpar isso? -aponto pro rosto e braço de ret que sangrava-

ret- 3 armario -aponta-

eu vou até o armario e pego uma caixinha, tiro uma gaze, um povidine, alcool e um esparadrapo.

Ret está olhando pro nada, ele não parece estar pensativo, parece estar puto.

Leticia- não acredito que Camilla contou!!

Ret- não foi Camilla -falou enquanto eu olhava pra ele- foi o Lobão

O Lobão?

Leticia- por que ele contaria?

Ret- ele tava puto comigo, deve ter soltado sem querer.

Olho pra ele confusa ainda, porém não falo nada.

O clima aqui tinha pesado muito, eu não sabia mais o que fazer.

Leticia- amanhã vou falar com meu pai -ele me olha enquanto limpo sua sobrancelha- hoje vou ficar com você.

Ele sorriu de leve, e eu continuei cuidando de seus machucados.

Acredito que ele esteja pensativo agora, são anos de amizade pra acabar por mulher.

Me sinto mal por saber que brigaram por minha causa.

O resto da noite foi assim, tentamos esquecer o que aconteceu, mas as palavras do meu pai, e o jeito que ele me olhou, não saía da minha cabeça.

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