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ret

sai de casa voado, só peguei o fuzil com as munição e o radinho.

tava na maior brisa com a leticia e do nada isso, é de foder msm.

meu radinho tava estralando, um monte de gente falando

- cade leticia? -falou preocupado pelo radio-

ret- eu achei ela perdida na confusão e levei pra minha casa -respondi-

- fé, corre pro beco principal, policia fechando tudo, pacificação.

ali de cara já vi que ia ser rapido.

eles vem em dia de baile achando que a gnt ta despreparado, mas é so enganação.

desci e me encontrei com o tê, que tinha levado um tiro no ombro.

tirei minha camisa e amarrei no ombro dele.

começou a trocação fudida, e eu fiquei todo tempo ao lado de gustavo.

acabou quando o sol começou a aparecer, a policia começou a descer, e quando vimos que estava tudo limpo, tê reuniu todo mundo na boca.

- hoje foi de boa, mas sabemos que vão voltar -concordamos- então quero todos trabalhando o dobro, reforçando segurança e ficando atentos.

ret- sabemos que a policia invadiu por nossa rota secreta, poucos sabem da existencia, então tem x9 nessa porra.

todo mundo se calou, e tê olhou pra mim

ret- bagulho é o seguinte, vou procurar até o fim pra saber quem é o rato, e espero não ser ninguem dessa sala.

lobão- voces já pensaram afundo? tipo, quem chegou no morro recentemente? -falou- a leticia, que mora no asfalto a não sei quanto tempo.

- tá ficando louco po? é minha filha

lobão- nao justifica nada.

gustavo começou a entrar em uma discução com ele, mas fiquei mapeando isso na cabeça.

grego- acusação sem nexo nenhum, leticia nao sabe nem rota de fuga, ela nao sabe nem andar sozinha por aqui.

concordei com ele, e depois de um tempo, a reuniao foi fechada.

- ret, leva leticia lá pra casa. -falou- e avisa pra todos que hoje ngm sai de casa mais, quarentena.

assenti com a cabeça e peguei meu radinho, avisando.

peguei a moto e segui voado pra minha casa.

destranquei a porta, e vi a menina jogadona no sofá mexendo no celular.

to ligado já que o que eu to fazendo é muito errado.

to com umas visões erradas da leticia.

eu deveria sentir consideração de tio, mas eu nao consigo.

ela tá mexendo com minha cabeça

quando abri a porta, ela me olhou assustada.

leticia- ta tudo bem? -falou se levantando e vindo até mim- voce demorou fiquei preocupada

ret- tudo certo, seu pai tá pedindo pra te levar pra lá

leticia- serio? -falou chegando mais perto- eu queria tanto ficar mais aqui..

ret- teu pai, leticia.

leticia- meu pai espera. 

ret- isso é erradão leticia

leticia- errado por que? tenho 23 anos já. Sei bem o que eu decido da minha vida.

ret- acho melhor agora não.

encostei meus labios no dela, que concordou, pegando o salto dela no chão, e me acompanhando pra fora da casa.

subimos na moto, e deixei ela na casa do pai

nao quis subir, então me despedi e fui pra casa da minha mãe.

Samantha- lembrou que tem mãe -riu-?

ret- tu sabe que é puxado pra mim. -me sentei-

samantha- nao queria essa vida pra voce, filho. Nao quero que acabe que nem seu pai.

ret- agora já nao rola mais vazar.

samantha-  saí daquele morro meu filho, vem morar comigo.

após a morte do meu pai, minha mae quis sair do morro, e eu concordei.

atualmente, ela mora na zona sul.

ela quis me trazer, mas eu já tava envolvidão.

apenas neguei e continuei conversando com ela.

mas a minha mente, tava naquela maluca.

por que eu tava envolvidão nessa mina? 

tem nem nexo isso.

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