Capítulo XVI

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GETO

QUATRO MESES DEPOIS...

" Preciso de sua ajuda "

Cometi o infeliz erro de mandar essa mensagem para Gojo, agora me encontrava rodeado por mulheres e crianças. Certo, quando pedi conselhos para meu ex-melhor amigo, porque a partir de hoje esse albino de merda, não é mais meu amigo, eu realmente achei que ele fosse me ajudar a reconquistar Shoko. Gojo conseguiu conquistar Utahime, uma mulher totalmente oposto dele, então achei, — um achismo idiota — que me ajudar a reconquistar a mulher que eu amo fosse coisa fácil. Não passou pela minha cabeça que o imbecil ia me jogar no meio de um monte de mulheres, mães, para fazer o serviço.

Era pra no mínimo eu ter desconfiado que ele faria algo assim, quando me disse para eu ir para o parque próximo de nossas casas e levar as crianças. Aki tinha consulta então trouxe Mimiko e Nanako, que ficaram contentes quando se deram conta que se tratava de um piquenique.

Já eu não fiquei contente, pois assim que vi Gojo no meio dessas mulheres, e o seu sorriso, eu soube que cai em sua armadilha.

" Grupo de apoio para homens babacas "

Foi o que Gojo me disse antes de me fazer sentar entre as mulheres e me apresentar e contar toda minha infeliz história.

— Você errou feio. — uma mulher à minha esquerda diz, balançando a cabeça negativamente.

— É o que vivo dizendo pra ele, meninas. — Gojo comenta enquanto termina de comer um sanduíche natural e já pega outro no meio de tantas comidas expostas na toalha estendida no chão para o piquenique.

Todas as cinco mulheres balançando a cabeça em concordância como se esse idiota tivesse falado algo útil.

— É quase tão pior quanto da vez que Gojo não se deu conta que era o pai do filho da Utahime.

— Pobrezinha, teve que aguentar dias achando que ele tinha negado o próprio filho.

— E ele só se tocou graças a minha ajuda. — finalmente falo.

— Sério?

— Sim.

— Calma lá, esse encontro aqui é para ajudar meu amigo Geto, não relembrar meus tempos ordinários.

— Podemos usar você como exemplo para...

— Meninas, foco. — ele bate a palma das mãos, e com elas juntas, aponta para mim. Filha da puta. — Vamos achar um ...

— O que é aquilo na mão de Yumi?

Todos olhamos em direção a criança de cabelos brancos, vestida igual uma princesa, toda suja de terra, porém princesa, segurando algo em suas mãos e mostrando o conteúdo para minhas gêmeas. Pela careta das duas, coisa boa não é.

Gojo da um pulo do chão, largando seu sanduíche natural e correndo até a filha.

— Espero que isso não seja merda de cachorro de novo Satoru-zinha!

Ela solta a coisa, que provavelmente é merda de cachorro e corre o mais rápido que uma criança de dois anos pode correr.

— Apenas seja sincero com ela.

Sou pego de surpresa com o comentário da mulher de cabelos cacheados. Tenho quase certeza que ela é mãe do moleque que tentou puxar a trança da minha filha.

— Seja sincero e demonstre a verdade no que diz. — outra diz, enquanto faz carinho no seu bebê preso ao canguru. Me pego pensando em Aki, aquele rapazinho finalmente começou a gostar de mim.

— Qualquer pessoa sentiria inveja de saber que um cara como você deseja reconquistar a confiança da mulher que ama, e você parece estar sofrendo, o que deixa as coisas mais excitantes!

Rio.

— E não volte a vacilar, vocês têm filhos, filhos são uma benção e eles são os que mais sofrem com a separação.

Concordo, sem saber bem o que dizer.

— Nem todos são merecedores de perdão, então faça valer a pena o perdão dela e mostre todos os dias que tal decisão não foi atoa.

Eu já sabia disso, mas escutar uma pessoa me dizer o óbvio, me fez me sentir um idiota. Um idiota esperançoso.

— Yumi, se você não parar de correr agora eu vou ligar pra mamãe!

— Mamãe não!

— Mamãe sim!

Não presto atenção no resto da discussão de Gojo com sua filha, que é sempre bom lembrar quem tem somente dois anos, e digo para as mulheres  em volta do pano quadriculado, com um sorriso sem jeito.

— Obrigada.

Pequenas OrbesOnde histórias criam vida. Descubra agora