Capítulo 30

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Pura adrenalina.



Pov: Mirelle.






Passa o dia sozinha, costumava ser melhor, eu gostava disso, da minha paz, de ficar apenas com os meus pensamentos. Mas agora não mais, agora eu tinha que ouvir pelo menos um pouquinho da voz do Noah, para me sentir em cima.

Joguei a minha cabeça para trás. Eu tava com sono, já eram mais ou menos quase onze da noite. E eu tenho o costume de dormir cedo. Hoje eu não vou fazer isso, resolvi esperar Diego chegar, ele saiu cedo, fez uma viagem para Veneza. Para resolver algumas coisas de trabalho.

Enquanto eu tive que ficar em casa. O médico deixou bem claro que não deveria me estressar, e faço isso ao pé da letra. Noah até tentou me ajudar. O que foi uma maravilha.

E isso me fez lembrar o motivo de eu estar aqui. Investigação. Mentiras e segredos. Essas eram as coisas que rodavam a minha mente. Mesmo que tenha descoberto isso por Noah, cedo ou mais tarde, eu iria descobrir sozinha. E pode ter certeza que seria pior.

Metade do tempo passei planejando as punição. Normalmente é um dente quebrado, uma unha arrancada, um dedo ou até mesmo a mão. Mas eu vou precisar deles inteiros.

Por isso tinha um plano melhor. Vou deixar que eles pensem que eu não sei de nada sobre a investigação do meu acidente. Se eles têm a mesma teoria que eu. Isso vai ser muito útil. Então vou brincar um pouco. Principalmente com o Diego.

Já o Théo vai ficar de molho um pouco, ele vai ter todos os trabalhos pesados possível. Com uma simples desculpa. Que eu não posso me estressar. Até que esse repouso veio a calhar.

Chegou um barulho de notificação, olhei de canto e vi a mensagem de Ana.

"Já está feito"

Respondi um "ok". E voltei a olhar para o nada. Estou entediada, sem nada para fazer, isso era ruim. Péssimo. Suspirei e levantei andei bem calmante até o andar de cima.

Iria dá uma olhada no quarto de Diego, já que ele resolveu que seria uma ótima ideia nós dormimos juntos. Revirei os olhos. Acendi a luz do Closet. Só tinha as roupas dele. Deixei a minha no outro quarto. Não queria confundir as coisas.

A maioria das peças eram sócias, camisas gola alta ou polo. Calça moletom, jeans e por aí vai. Mas teve uma coisa que chamou minha atenção. Uma caixa na parte de cima.

Avistei um banquinho e rapidamente puxei para poder subir. Fiquei na ponta do pé. A caixa era um pouco pesada. Branca.

Quando terminei de pegar sentei com ela no colo. Eu não sou de mexer nas coisas das outras pessoas, mas estou curiosa sobre essa caixa. Ela tinha um nome em metálico. Lara. O da falecida mulher dele.

Abri e o que tinha dentro me deixou surpresa. Era um vestido de noiva, tirei ele com cuidado, estava um pouco manchado de vermelho. Sangue. Dentro também tinha as alianças. Coisa que Diego não usava. Também flores.

É estranho pensar que ele guarda tudo isso. O que me fazia sentir um pouco culpada por estar vivendo muita alegria com o Noah.

Mas o que mais me chamou atenção foi uma foto, dele dois. Ele sorria tão alegremente e ela ao seu lado. Uma mulher muito linda. Tenho que admitir. Quando virei tinha uma data.

Minha testa se formou uma ruga. Era a mesma data que eu sofri o acidente. Muito coincidência?

"Que o nosso amor nunca envelheca, e se torne eterno como as fotos."

Um Coração Perdido ( Concluída, Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora