Capítulo 39

1K 119 15
                                    


Revelações.


3/3

— Você não pode fazer isso, eu sou o filho mais velho. — meu tio esbraveja ainda sangrando. — Sua vadiazinha de merda.

— Isso aí titio, continuar gritando. — me virei para as pessoas que estavam assistindo tudo. — Peço que espalhem a notícia, que estou a procura de Ezequiel, e que vou recompensar por qualquer informação verdade.

Minha mãe deu outro ataque. Dessa vez quebrando um vaso, aos poucos todos foram embora e só ficou a minha família. Minha mãe estética, e o meu pai calado o tempo todo.

Minha irmã em um canto chorando pela morte do meu avô. Entrei em contato com o conselho, e pedi o congelamento dos bens do meu tio, sua mulher e da minha mãe. Também pedi para um dos meus homens trazerem a Samara de volta.

Agora que o meu avô morreu, vão cair encima como urubus na carniça.

— Quando eu crescer, vou ser igual a minha tia. — Clara falou alto com orgulho de mim. Minha mãe deu uma olhada assassina para a Criança.

— Clara meu amor, vai ficar ali no cantinho junto com o Noah. — pedi com sorri. Ela me obedeceu e saiu. Mim virei para a minha mãe e andei até a sua direção. Ele estava sentada algemada. — Eu quero entender.

Disse para ela, a mesma me olhou com puro deboche, ela me odiava e eu queria saber o motivo.

— Pergunta ao seu papai. — deu risada, minha mãe tinha segredos e meu pai também. — Pergunta a ele o porquê eu odeio tanto a minha filha a ponto de querer ela morta. — olhei para ele que estava de cabeça baixa. — Nunca deveria ter te colocado no mundo, só não te abortei por causa do seu irmão.

Aquilo quebrou alguma coisa dentro de, mas eu a deixaria continuar, assim seria menos doloroso quando desse um tiro na sua testa.

— Eu quero saber. — disse entre dentes. — Eliza, leva as crianças lá para cima. — pedi a minha irmã sem mesmo olhar para ela.

— Você não pode fazer nada comigo sem a ordem do concelho. — eu apenas a olhei, esperei minha irmã sair com as crianças. E tirei o meu salto. — Eu ainda sou sua mãe.

Dei risada, jogando a cabeça para trás, cheguei perto dela e apoiei minhas mãos no braço da cadeira. Olhei no fundo dos seus olhos. Cheguei perto da sua orelha.

— Você nunca foi minha mãe. — sussurrei. — Uma mãe não faria o que você fez comigo. Não assistiria a própria filha ser estrupada. — ouvi seu suspiro de surpresa. — Achava mesmo que eu não ia descobrir que você autoriza o vagabundo do seu irmão me violentar. — subi a minha mão pelo seu braço até o lado do seu pescoço. — Que eu não ia descobrir que participava do tráfico de crianças e que assinou para eu não receber o transplante.

Agarrei o seu pescoço apertado bem forte. Me afastei um pouco para ver seu rosto ficar vermelho, admirei ela agonizando pedido por ar, meu sorriso cresceu em meus lábios. Ninguém se quiser se atreveu a interromper.

Soltei a sua garganta enquanto ela buscar por ar. Minha mãe me olhou totalmente aterrorizada.

— Você é um monstro. — falou com a voz falhando. — Soube disse no momento em que nasceu, eu até tentei te amar, mas nunca consegui. — se virou para o meu pai. — Tudo culpa daquele desgraçado. — meu pai finalmente nos olhou. — Tudo sua culpa. Quando eu estava grávida, aquele vagabundo me traiu. — voltou a me olhar. — Ele me traiu, durante toda a minha gravidez. E em um belo dia eu ouvi ele dizendo que ia pegar o bebê e iria viver com a amante. — riu sem humor. — E eu descobri tudo, falei para o seu avô, mas ele nem ligou. Aí eu resolvi da o meu jeito.

Meu pai se levantou e tentou vim para cima da minha mãe. Dei um sinal para não deixar ele se aproximar. Eu gostava de ver a discórdia, mas ele não podia tocar nela.

Levantei o dedo e neguei.

— Você matou ela! Sua vagabunda. — até me surpreendi, papai nunca chamou ela assim. Ele estava possesso de raiva, e Diego o segurava. Vi uma lágrima descendo. A coisa era séria.

— Sim, eu matei aquela vagabunda com quem você transava, enquanto a sua mulher sentia enjôos a noite toda! — em partes eu não julgo ela, também faria isso. — Ainda não acabou. Quando soubemos que era uma menina e um menino. Seu pai resolveu colocar o seu nome Mirelle, o mesmo nome que a piranha tinha.

Levantei às sombrancelhas e deu risada enquanto batia palmas. As minhas gargalhadas eram totalmente escandalosas. E quando acabei limpei a lágrima falsa. E olhei para os meus pais.

— Meu Deus, vocês são os piores pais da face da terra. — respirei fundo. — Então quer dizer que você me odiou todo esse tempo porque eu tinha o nome da amante do meu pai. — coloquei a mão no queixo. Peguei o meu salto e joguei no espelho tanto susto em todo mundo. — Eu passei por um estrupo, depressão, quase fui morta diversas vezes. Só porque o meu papai não soube manter a porra do pau dentro das causas e a minha mamãe que não soube lidar direito com as coisas. — coloquei a mão na cintura. — Agora eu entendo o porquê o meu avô não ia te deixar no poder. Você é fraco.

Cuspi com nojo, ele sabia o quanto eu odiava traição, e a que ele fez não seria esquecida por mim. Passei a mão no rosto.

— Isso mesmo, culpe o seu pai. Se não fosse por ele, nunca teria deixado nada acontecer com você. — fechei os meus olhos, não aguentava mais ouvir a voz dessa mulher. Então peguei um vaso. — Mas a culpa também é sua, por você ser uma vadia e tentando roubar o meu irmão de mim.

E aí eu me virei com todo o meu ódio. Joguei o vazo em sua cabeça, chega fez um barulho. Minha mãe desmaiou na hora. Fiquei observando o seu sangue descendo pela testa. Soltei todo o ar. E me virei para o meu pai e o Diego que me olhavam de boca aberta.

— Se você me disse alguma coisa. — apontei para o meu pai. — Vou fazer o mesmo. — dei um sorriso. — Papai.

Vasculhei a sala e encontrei o meu tio algemado, com os olhos arregalados. Andei até ele.

— Vou te dizer tudo o que eu sei. — nem precisou eu dizer nada.

— É assim que eu gosto. — dei dois tapinha no seu rosto. — peguei o meu celular e disquei o número do meu avô. — Pronto vovô, já está tudo em ordem só te esperando. — meu tio me olhou de boca aberta e eu apenas apontei para a câmera. — Boa sorte em explicar para o meu avô, que você tentou matar ele. — dei um toque em seu ombro. — Ele tá vindo.

Baterão na porta, e Lucian abriu, era os homens do meu avô. Eles levariam a minha mãe e o meu tio para um galpão para julgamento. E depois eu ficaria por conta da minha mãe e meu avô do filho dele.

Quem também seria julgado é a mulher dele e o meu pai. Mas isso só amanhã, eu precisava dormir e depois ir atrás do filho da puta do Ezequiel. Aquele não teria julgamento. Eu o mataria com as minhas próprias mãos.

Um Coração Perdido ( Concluída, Em Revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora