Reivindicado (Metamorfos Bestas das Sombras #2)

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“ Diga-me o que minha família tem feito.”

Não é uma pergunta surpreendente. Shadow estava esperando há muito tempo para destruir sua irmã e informações de Ixana poderiam lhe dar uma vantagem.

Ela se endireitou ainda mais, se isso fosse possível. Era uma barra de aço descendo por sua espinha ou um pedaço de pau em seu corpo como—

“É por isso que eu te tirei de lá tão de repente,” ela disse apressadamente, interrompendo meus pensamentos superimportantes e mesquinhos pra caralho . “Cristell governou com controle e medo completos desde que você partiu, e nesse tempo, sua família acumulou muito poder em seu canto. Os outros reinos são tão fracos comparativamente, dando ao seu o controle final. Não há mais justiça ou equidade, e desde que sua irmã está no trono, eles reuniram tantas criaturas que seria quase impossível derrotá-los sem ajuda.”

Shadow se levantou rapidamente, a mesa sólida se movendo com o movimento. “Devolva minha pedra para mim, e o poder que eu sempre deveria ter tido é o que usarei para derrotar Cristell.”

Eu não tinha ideia de onde o cajado — e a pedra de Shadow, mais importante — estava. Ele tinha desaparecido de vista no momento em que a seguimos para dentro desta sala. Ixana era uma bruxinha esperta, escondendo sua única razão para manter a besta aqui. Quero dizer, fora da coisa de companheira verdadeira deles.

Sim, tanto faz.

“Aqui está a verdade,” Ixana disse, sua voz mais suave do que nunca. “Eu não posso te dar a pedra.”

As chamas de Shadow encheram a sala, tão vermelhas contra a paisagem branca. “Você é muito boa com ilusão, Ixana, eu me lembro bem, e não posso tirá-la de você sem que você me mostre, mas posso destruir a fundação do mundo que você construiu aqui. Não me teste.” Ela estava recebendo o mesmo aviso que o Homem-Gato, e não era uma ameaça vazia.

Ixana engoliu em seco, mas não recuou. “É o único poder que tenho agora para manter meu povo a salvo das Terras Cinzentas”, ela disse apressadamente. “E honestamente, por mais que eu tenha rezado por esse momento com você, não posso sacrificar todos eles pelo nosso vínculo. Pelo menos não ainda.”

“Então… qual é o plano?” Shadow gritou. “Como acumulamos esse poder que você acha que eu preciso para derrotar minha irmã?”

Pensamento positivo de que ela tinha um. Bem, um que não envolvesse Shadow se mudando para cá, muita transa e um bando de bebês de fogo e gelo.

“Precisamos reunir ainda mais criaturas”, ela disse.

Bem, me pinte de surpresa. Ela tinha um plano.

“Se reunirmos o suficiente, combinado com seu poder e a pedra de sangue, você terá os meios para enfrentá-los. Quando a família real cair, não terei mais nada com que me preocupar, e a pedra será inútil para mim. Sua família me caça desde que você foi levado, e somente aqui eles não me tocam. Quando eles se forem, poderei retornar para The Concordes.”

O rosto de Shadow estava calmo. Seus olhos não. Eu me perguntei se ela conhecia os sinais, já que fazia um tempo danado desde que eles estavam juntos, e eu apostaria tudo que eu tinha — exceto minha biblioteca — que Shadow tinha sido muito mais gentil antes de ser expulso para o universo e forçado a sobreviver.

Ela não conhecia essa versão dele, uma que era um bastardo podre, com poder suficiente para ser considerado um deus do caralho em vários mundos. Ele não gostava de ter merda negada, e com certeza não gostava de interromper seus planos novamente.

“Ok”, ele disse, retomando seu assento.

Desculpa, o quê? Balancei a cabeça, como se pudesse limpar meus ouvidos. Ele tinha acabado de dizer ok ?