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Peter Scott Swift-Kelce - 2035

As vozes de todos a minha volta faziam com que eu tivesse vontade de tampar os ouvidos ou simplesmente sair correndo dessa maldita sala de aula. Faziam exatamente dois minutos e dez segundos desde que o professor tinha saído da sala para buscar algo na sala de professores, mas o aglomerado de alunos se tornou um verdadeiro pandemônio nesse curto espaço de tempo.

          Sabia que minha mãe e meu pai estavam a um triz de colocar Marj e eu na terapia mais uma vez, agora por um motivo mais válido que brigas excessivas entre irmãos. Mamãe sabe que sou seletivo com toques e demonstrações de afeto, papai vem tentando explicar isso pra Marjorie já tem algum tempo, mas irmãos mais novos tem como única e principal função testar a paciência e a capacidade de manter o réu primário dos irmãos mais velhos.

— Ei, bastardo!- não era comigo, eu não ia ceder a esse apelido também. — Qual é, mini diva pop, vai fingir que não é com você?- senti um dos meus cachos serem puxados. — Vamos lá, cobrinha junior, responde alguma coisa.

Afundei mais o rosto entre meus braços, se ele acreditasse que eu estava dormindo talvez parasse de tentar me atingir.

— Ou será que sua irmã quem é a bastarda?- murmurou perto do meu ouvido. — Se bem que pelo menos ela lembra minimamente o pai, já você...- meu braço se moveu mais rápido do que eu pensei que fosse e meu cotovelo voou em direção a sua mandíbula.

Taylor Alison Swift

Trav e eu estávamos adentrando a secretaria da escola onde nossos dois filhos estudavam. A primeira coisa que vimos no hall de entrada foi Peter segurando um papel contra o nariz e um garoto emburrado de braços cruzados a uma distância considerável do meu menino. Um outro casal estava sentado do lado do outro garoto e olhavam Peter com um desdém nítido até verem Travis e eu indo de encontro ao nosso mais velho.

          — Ei, meu amor.- eu e meu marido nos abaixamos em frente ao nosso loirinho.

— O que aconteceu com você, campeão?- Trav tocou o rosto de Peter, fazendo com que ele tirasse o papel do nariz e pudéssemos ver o sangue escorrendo.

— Senhora Swift, senhor Kelce, que bom que chegaram.- diretora Castle apareceu um segundo antes de Peter poder responder a pergunta do pai. — Vocês e os senhores Jones vão me acompanhar para uma conversa sobre os dois mocinhos.

Seguimos a senhora de meia idade para aquela sala minúscula para aquela quantidade de gente. O casal moreno agora tinha os olhos arregalados, também vi quando eles engoliram em seco ao associar que éramos os pais do garoto em quem seu filho tinha batido. Meu marido afastou a cadeira e me auxiliou a me sentar quando a diretora sinalizou para que nos acomodássemos para aquela pequena reunião.

           — Pode esclarecer o motivo pelo qual meu filho está com um nariz sangrando quando fazemos um investimento milionário mensalmente para manter a segurança dele dentro dessa instituição?- meu marido abriu fogo quando o início foi dado.

          — O menino Peter acertou uma cotovelada no rosto de Andrew e o garoto reagiu. Os dois acabaram se envolvendo em uma briga e isso nos traz ao momento atual.

          — O que foi o catalizador da briga?- foi a minha vez de questionar, meu filho nunca teve uma única reação violenta na vida.

          — Não sabemos, nenhum deles se dispôs a falar.

          — Que questionasse algum colega de classe que viu como a briga começou.- minha paciência já não estava muito boa desde o momento em que ligaram falando que meu filho tinha começado uma briga. Conheço meu menino bem o suficiente para saber o que ele seria ou não capaz de fazer.

— Se isso realmente é tão importante assim.- apertou um botão do interfone do escritório. — Maya, encontre alguém da turma dos garotos e peça para vir contextualizar a briga.- não esperou a garota responder e soltou o botão. — Satisfeita?

          — Com sua negligência? Nenhum pouco, pode ter certeza disso.- minha resposta soou mais ríspida que o planejado, mas foda-se isso.

Minutos que se passaram como horas até que uma batida na porta foi ouvida antes que uma garota de cabelos arruivados passou por ela.

— Lídia, ótimo, uma aluna imparcial.- senhora Castle pronunciou aquilo como se não tivesse feito com que o clima ficasse uma merda. — Pode nos dizer como começou a briga na sala?

— Andrew estava atazanando Peter como fez nos últimos meses, mas o Peter ignorou tudo que ele disse até o idiota falar da Marj.- a menina pareceu medir ao máximo as palavras.

— O que quer dizer com a palavra atazanando?- questionei antes que Castle fizesse a menina ir embora para taxar meu filho como culpado.

— Já faz um tempo que ele chama o Pet por apelidos não muito legais... Os mais frequentes são: bastardo, mini diva pop, merdinha e viadinho.- meu punho fechou quando ouvi aquilo. — Na cabeça daquele acéfalo um garoto não pode ser respeitoso sem ser por causa de uma preferência sexual que não seja voltada para meninas. Peter nunca retruca nenhuma das ofensas, essa foi a primeira vez.- um sinal da diretora bastou para que a menina abandonasse o recinto.

— Ainda acha que não houve um motivo para a reação do meu filho? Porque se achar, é bom que esteja preparada para ver o nome dessa escola ser jogado na lama, e ter que lidar com uma ação judicial contra a instituição e contra a família de cada uma das crianças que ousou dirigir qualquer tratamento desse tipo ao meu menino.- grunhi fazendo com que todos os que estavam na sala, tirando Travis, engolissem em seco.

          — Exigimos que haja uma punição para o grupo que pratica esse tipo de comportamento. E a considerar pelo fato de que esse tipo de ação está no código penal como um crime de ódio, não esperamos menos do que uma expulsão.- foi a vez de Travis colocar as cartas na mesa. — Estamos todos entendidos?

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As camadas estão sendo reveladas

Not Secret Anymore - Tayvis short ficOnde histórias criam vida. Descubra agora