𝟑- 𝗔𝗰𝗶𝗱𝗲𝗻𝘁𝗲𝘀 𝗽𝗼𝗱𝗲𝗺 𝘃𝗶𝗿𝗮𝗿 𝗰𝗼𝗶𝘀𝗮𝘀 𝗯𝗼𝗮𝘀.

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Despertei com uma ligação, liguei o celular, demorando um tempo para ver quem era pela luz batendo no meu rosto, quando encarei a tela do celular, era minha agente, pressionava o botão verde para o lado e coloquei o celular em minha orelha.

—Hum? — Disse rouca, ainda acordando.

—Fernanda, um jornalista francês queria te entrevistar, eu confirmei e vai ser daqui a algumas horas. —Afastei o celular do meu ouvido, e chorei falsamente no travesseiro, dando socos na cama de raiva, soltando um suspiro fundo. —Fernanda? —Peguei meu celular.

—Algumas horas tipo quantas? —Estava na esperança de ter no mínimo três horas para me arrumar.

—Umas duas horas, deixa eu ver, agora são sete da manhã? É, às dez você tem que estar no estúdio, vou pedir para te buscarem.

—Tá, tá bom. —Suspirei como uma criança, e ela desligou, Amanda era muito rude.

Me estiquei na cama, evitando fazer muito barulho para não acordar minha colega de quarto, e me levantei, sentando na cama e ficando pensativa por alguns segundos, colocando meu chinelo e minha mala, levando tudo para o banheiro para me organizar ali, eu tinha que arrumar minhas roupas no Armário ainda hoje.

Me despi, me banhei, e fazia uma maquiagem que parecesse básica, mas que escondesse minhas imperfeições, meus cachos se juntavam uns nos outros, e fiquei pelo menos uma hora e meia trancada no banheiro me ajeitando, para que meu rosto estivesse perfeito, e depois colocar um vestido azul coral, que realçava minhas curvas, e um salto de um azul mais escuro, organizei as coisas dentro do banheiro e abri a porta rápido, Rayssa já havia aberto a janelo, arrastei minha mala, e minha bolsa de maquiagem junto, senti os olhos da outra garota me observarem a cada centímetro de minha pele coberta pelo tecido do vestido, peguei a bolsa de mão que eu iria usar apenas para guardar meu celular, carregador portátil, fone e maquiagem para retocar, e me virei encarando Rayssa.

—Bom dia, avisa para o Felipe que eu tenho uma entrevista, não vou pegar o início do treino da manhã, valeu. — Dei um meio sorriso, bem falso, que se desmanchou em segundos, e segui andando rápido, destranquei a porta, e a abri e fechei com certa força, mas não com tanta força para dizerem que eu estava com raiva, abri a bolsa, tirando de lá meu celular, e ligando para minha agente, Amanda, para que me enviasse o carro.

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Ao chegar no local, era um estúdio gigante, bonito bem no centro de Paris,  e eu não esperava que esse local estivesse local, o motorista que me acompanhava no carro, desceu e abriu a porta para mim, sorri para ele enquanto ele segurava minha mão, desci do carro com um sorriso, dando oi para todos os fãs que estavam ali, felizes por me ver, e então entrei no local.

Uma mulher me guiou até o set de gravação, e quando cheguei, cumprimentei o entrevistador com um “Bonjour “, e ele ficou um pouco impressionado, mas logo depois voltamos a falar inglês normalmente, nos sentamos e chegaram mais algumas coisas até que a entrevista e a transmissão ao vivo se iniciassem. As perguntas eram clássicas, como a sensação de ter ganhado o ouro em Tokyo, e outras variantes.

—Você está em um relacionamento certo? Como é para você e sua namorada por estarem em países diferentes, e só poderem se ver mas competições? É difícil para você?

—Ah.. —Não esperava que ele perguntasse sobre paige, quer dizer, seria meio óbvio mas, eu não queria responder esse tipo de perguntas. —Nós conversamos por chamada, e às vezes eu vou para os Estados Unidos em função de treinos, prefiro lá do que no Brasil então, nos vemos até que bastante durante o ano.

Sorri meio desanimada, fiquei com medo de que respondesse algo errado, eu odeio dar entrevistas, eu não sei o que falar e às vezes eu não entendo a pergunta e fico sem saber o que fazer, com receio de pedir para repetirem.

𝗦𝗲𝗰𝗼𝗻𝗱 𝗮𝘁𝘁𝗲𝗺𝗽𝘁 Onde histórias criam vida. Descubra agora