Ajuda-me por favor

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Peguei uma mala, porque dessa vez a coisa era séria, coloquei o máximo de coisas possíveis, roupas, sapatos, acessórios, alguns dinheiros guardados de minha mesada, tudo o que eu consegui eu enfiei naquela mala, fazendo-a ficar um pouco pesada, deixei naquele quarto só o que era menos importante, na verdade, tudo ali era importante para mim.

Aquele quarto era uma parte minha, meu lugar favoritos, meu refugio, mas sei que se eu ficasse naquela casa eu teria um destino horrível: Minha tia no Texas. na Ela era legal e tal, mas já deveria ter uns cem anos, ou duzentos, não lembro. Sem contar que ela morava numa fazenda com mais ou menos quinze pessoas, imagina eu numa fazenda com mais ou menos quinze pessoa. Uma fazenda. Quinze pessoas. Essa vida não era para mim.

Joguei minha mala pesada pela janela, e ela caiu no jardim fazendo um barulho nada favorecedor, fiz um esforço para pular me agarrando na grade, fui de encontro ao gramado o que me doeu, dei um gemido de dor e levantei—me rapidamente, pegando minha mala com certo esforço. Eu não queria pegar meu carro, além de ter esquecido as chaves na sala, eu também não queria nada que tivesse vindo de meu pai, além do dinheiro de minha mesada e...minhas roupas.

Peguei meu celular e eu nem sabia se eu tinha seu número em minha agenda, fui em minhas mensagens e com toda a sorte achei uma mensagem de Apollo que dizia
"Minha, somente minha". Revirei os olhos ao ver aquela mensagem que eu havia recebido já fazia um tempinho.
Pressionei com o dedo onde estava escrito "ligar" começou a chamar e eu desliguei, sem coragem alguma.
Fiquei mais um tempo ali, tomei coragem e liguei novamente. No quinto toque ele atendeu.

- S/N?

- Alô, Apollo. - Falei com a voz trêmula. - Me ajuda.

S/N, o que aconteceu? - Ele disse com certa preocupação. - Onde você está? Quem sequestrou você?

-Ninguém, Apollo. Vem me buscar por favor. - Vou te esperar em frente a terceira casa depois da minha.-Falei caindo em lágrimas.

- Estou indo. - Ele disse com aquela rouquidão enlouquecedora em sua voz e desligou.

APOLLO POV

- Vai te foder, Barreto. Tá na mão que os Lakers vão ganhar. - Eu dizia para o idiota do Barreto enquanto estávamos assistindo ao jogo: Bostons x Lakers.

- Também aposto nos Lakers. - JP disse enfiando uma mão cheia de bolinhas de queijo em sua boca.

- Tá louco, vocês são uns cuzão. - Barreto  disse e eu peguei minha arma fingindo que ia atirar.

- Fala quem é cuzão, Barreto? - JP riu.

- O Guri, claro. - Barreto, cagão.

- Ah, para. Vão assistir um jogo de hóquei que vocês ganham mais. - Guri disse emburrado.

- Se conforme, Guri. Não estamos mais no Canadá. - Disse dando um gole em meu RedBull.

E então, me vi pensando em S/N novamente, não que isso acontecesse frequentemente, mas isso acontecia frequentemente. Eu já estava me estressando, não gosto de ficar com uma garota só em minha mente, isso é problemas na certa, principalmente S/N, que garota mais insuportável, eu não sei porque eu insistia em ter posse sobre ela. Aquela puta, era chata pra caralho, sem condições.

Eu tinha que parar com essas viadagens, tenho diversas garotas aos meu pés e fico em volta de S/N, aquilo não combinava comigo, não combinava, eu sempre procurava ir para as minhas boates para me divertir, ficar bêbado e chapado, comer cinco minas de uma vez, mas logo S/N apareceu, tirando toda essa minha vontade.

Tinha noites que eu me pegava só pensando em seu corpo, em seu cheiro, em seu jeito menina e ao mesmo tempo mulher, juro que eu tentava pensar em outras coisas, tipo: eu em um cabaré comendo várias, sei lá. Só sei que ela voltava automaticamente em meus pensamentos e mais uma vez me via pensando nela, já teve casos que por ela não estar comigo, eu mesmo tinha que me aliviar.
Graças a Deus, meu celular tocou, me tirando desses pensamentos absurdos para um cara como eu, alguém que não se envolve, que não quer compromisso e só fodeção.
Droga, não adiantou nada, era ela, e ela estava chorando, confesso que fiquei meio intrigado. Caralho, por que eu me preocupava? Logo eu Apollo , coração de pedra.

Apollo Mc // possessive Onde histórias criam vida. Descubra agora