- Me enganei, desculpa. - Ele disse isso com um tom seco em sua voz, como se ele não tivesse gostado nem um pouco do fato de eu ter mentido para ele, e ele não havia. Mas ele não podia simplesmente me atacar ali.
— Parece até que vocês já se conheciam. - Me faltou ar ao ouvir uma das amiguinhas plastificadas de Lucy falar.
- Eu concordo com a Kate. - Lucy disse, olhando para mim e Apollo desconfiada.
— Nunca vi essa garota na minha vida. - Apollo mentiu.
— Graças à Deus. — ele disse e Lucy riu.-Gustavo? - Virei para trás o procurando,ele era um dos meus amigos dentro daquela escola.
Ele sentava bem ao fundo da sala, geralmente nerds sentam na frente para acompanhar a explicação do professor melhor, mas ele era diferente. O procurei por motivos de:
Na sala havia 5 fileiras de classes e na frente dessas fileiras, óbvio, ficava a mesa do professor, no caso onde Apollo estava, eu sentava na segunda carteira da terceira fileira e ficava muito à frente da mesa do professor, mas agora, Apollo estava ali e aquilo não estava me agradando nem um pouco, então procurei Gustavo para ver se eu podia sentar perto dele, até porque ele sentava na ultima classe da ultima fileira, longe o suficiente de Apollo. Ah, e Lucy sentava na primeira fileira, na primeira classe, ela estava usando uma saia e eu podia ver ela abrindo as pernas "sem querer" para chamar a atenção de Apollo. Puta.- Fala, S/N, estou aqui. - Ele disse levantando o braço.
- Tem lugar aí perto de você? - Perguntei. E ele olhou em sua volta.
- Tem uma classe vazia aqui. Bem ao meu ladinho, gata. - Eu ri, e levantei-me pegando minhas coisas e indo sentar ao seu lado
A sala estava uma bagunça, nem parecia que esses animais iriam se formar, parecia que recém eles chegaram na primeira.Quando empurrei minha cadeira para baixo da classe, fui impedida de prosseguir.
- Eu dei permissão? - Ouvi a voz de Apollo.
- Nossa, que moral hein, chegou aqui hoje e já pode dar "permissões" - Fiz aspas com os dedos e ironizei a situação.
- Bom, acho que eu posso sim, estou no lugar do professor e também acho melhor você ficar no seu lugar. - Ele disse com um tom desafiador.
-Garanto que o Sr.Tolbert não se incomodaria se eu fosse sentar com o Gustavo. - Na verdade ele se incomodaria sim.
- Eu também não me incomodo nem um pouco. - Apollo disse. - Mas... continue no seu lugar.
Dei um sorriso irônico e continuei indo em direção a outra classe, mancando
Felizmente, os outros períodos eram sem Apollo e passaram rápido. Bateu o sinal e fui guardar meus livros no armário, depois fui ao banheiro para me olhar no espelho, o que não foi uma boa ideia, pois eu estava em condições precárias. Fiquei conversando um pouco com Gustavo e Iris, papo vai, papo vem, até nos percebermos que a escola estava praticamente vazia, quase todos os alunos já haviam ido embora, com exceção minha, de Iris e Gustavo, claro.- Nossa, só está a gente aqui pelo o que eu estou vendo. - Gustavo disse.
- E, então vamos antes que eles fechem a escola. - Íris disse.
- Verdade, se não depois eles só abrem para quem estuda a noite. E eu não quero esperar aqui dentro. - Ri e me despedi deles, os dois foram para o lado da saída e eu fui para o estacionamento da escola, onde estava o carro que eu havia ganhado de meu pai em meu aniversário de 16 anos.
Abri a porta do carro, mas em um movimento rápido alguém fechou de volta. Segui com olhos aquele braço fechado em tatuagem, e merda.Apollo me virou, fazendo eu ficar encostada no carro e de frente para ele, revirei os olhos. Eu fiquei entre seus dois braços que estavam um pouco a cima de meus ombros.
- Vai dirigir com o tornozelo machucado? - Ele perguntou com o seu típico ar de deboche, mas meu tornozelo não doía mais que nem antes, eu já podia firmar meu pé.
- O que você quer? - Perguntei sem nenhuma paciência.
- Da última vez que você perguntou isso, você foi parar na minha cama, lembra? - Ele disse e mordeu os lábios. O ignorei. - Mas o assunto é outro agora e você sabe do que se trata.
- Não, eu não sei. Tchau. - Falei tentando me virar e entrar em meu carro, mas eu estava encurralada.
— Eu odeio que mintam para mim, S/N. — ele deu ênfase ao meu nome. - E você mentiu. Ninguém me passa para trás, mini vadia.
- Tudo tem uma primeira vez. - Fui curta.
- No seu caso vai ser só primeira vez mesmo, porque hoje eu não me importaria de enterrar você... viva. — Estremeci. Apollo falava de um jeito que eu não sabia se ele estava brincando ou falando a verdade, mas mesmo assim, eu acho que não era brincadeira.
— Você não é louco em fazer isso.
- Tem certeza?
- Caralho, tanto faz se meu nome é Lauren ou S/N, garoto. Você sempre tem que se achar o fodão e complicar as coisas, que porra.
- Eu sou o fodão, e para mim também tanto faz, o problema é que você mentiu. Ah e não esquecendo que você me desobedeceu hoje, lembra? Odeio que desrespeitem minha ordem.
- Você odeia tudo, Rogério, já percebeu? Você é feito de ódio. - Apollo hesitou um pouco quando eu falei aquilo, mas logo ele voltou a postura normal.
- Você me leva muito na brincadeira, toma cuidado... Vadiazinha de camelô. - Ele disse, colocou seus óculos escuros inseparáveis e saiu.
Meu coração parecia que ia sair pela boca. Pude ver Apollo entrar em seu carro e arrancar, eu fiz o mesmo, a única diferença era que eu dirigia em uma velocidade permitida.
Cheguei em casa e eu precisava contar tudo para Kakau, quero dizer, não tudo. Só a parte que seu gangster favorito (eca) havia arrumado um "emprego" na escola, e aquilo ainda não me descia, tinha algo nisso.
Comi, tomei um banho demorado e depois liguei para ela.- Nem sabe. - Falei assim que ela disse "Oi, puta"
- Não sei mesmo.
- Fala direito ou fica sem saber...
- Fico sem saber.
- Ok, era sobre aquele tal de... Como é mesmo? . ... Apollo!
- O QUE ACONTECEU? ME CONTA AGORA, VADIA. - Ela gritou e eu não pude deixar de cair na gargalhada.
- Você não quer saber, deixa.
- O QUE ACONTECEU? ME CONTA AGORA, VADIA. - Ela gritou e eu não pude deixar de cair na gargalhada.
- Você não quer saber, deixa.
- S/N ME CONTA AGORA
- Ele está trabalhando na escola. -
Falei indiferente.-O QUE?
Contei tudo sobre o suposto emprego de Apollo na escola, ela quase - caiu dura e depois logo mudamos de assunto, ela disse que no dia seguinte iria a escola e não me deixaria sozinha e blá blá blá.Desliguei o telefone e fui comer novamente.
Meu pai ligou-me dizendo que ira voltar mais tarde aquela noite, como sempre, e Ana estava viajando, estava na casa de uns supostos parentes dela, mas para mim ela estava pulando a cerca espero que um dia meu pai acorde e veja que ela não é o tipo de mulher para ele.Aproveitei minha solidão e fui para o pátio de casa, sentando-me nos degraus da pequena escadinha que dava em direção a porta da mesma.
Fiquei ali perdida em meus pensamentos, pensando em todas as merdas que haviam acontecido para um dia só. Lembrei-me de mim caindo das escadas e comecei a rir do meu próprio desastre, até eu pensar em Apollo e meu sorriso cessar.
- S/N...- Ouvi alguém chamar meu nome no portão, eu estava de frente para ele, mas com a cabeça baixa.- Ah..Você... - Falei levantando minha cabeça e ficando descontente ao ver que não era algum artista famoso e gostosão.
- Posso falar com você?
- Se o portão estiver aberto sim. — E para a minha má sorte, ele estava, eu havia esquecido de fechar...
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Apollo Mc // possessive
Romansa"Você é minha, querendo ou não, porque simplesmente anseio que seja assim, você não tem escolha" - Apollo E se ela fosse dele? Somente dele. Mas ele não fosse dela? E se ela tentasse lutar contra isso, mas ao mesmo tempo isso estivesse valendo sua m...