Vamos ao mercado

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- Caralho, que fome. - Barreto disse. - Minha barriga está falando. - Ele riu.

- Eu também tô de larica, bora encomendar um pizza. - Apollo disse indiferente.

- Não aguento mais pizza, é bom, é ótimo, mas a gente já comeu ontem.
- JP disse tendo seus braços cruzados.

- Ah, e anteontem. - Se ouviu novamente a voz de Barreto .

- E ante ante anteontem. - Guri disse e riu.

—Resumindo: vocês são bem de vida, mas não contratam uma empregada para arrumar a casa ou fazer uma refeição descente, então só vivem de pizza. - Falei simples. - Porque ninguém é capaz de cozinhar.

- Qual é?! Dá um desconto, somos homens. - Barreto disse.
- Conheço vários homens que cozinham perfeitamente, meu pai é um. - Falei ficando um pouco triste ao lembrá-lo, mas logo voltei ao normal.

- Ah e sabia que da para encomendar outros tipos de refeições? Não só pizza.
— Mas nós só gostamos de pizza. - Apollo disse simples. - Não podemos confiar muito do que vem de fora. -
Revirei os olhos.

- Na real, vocês são tudo uns frescos.
- Falei levantando e indo até a cozinha. - Vou ver o que tem na cozinha.

Não havia nada, na geladeira só tinha uma jarra de água, várias latinhas de cerveja e RedBull e algumas frutas.No armário tinha alguns biscoitos de diferentes tipos, barras de chocolate, salgadinhos, só besteira. Voltei para a sala onde estavam todos sentados.

- Então, quem vai ao supermercado comigo? - Falei me fazendo de empolgada e os garotos apenas se entreolharam.

- Desculpa falar, mas, você está
"engayzando" a gente. - Barreto disse.

- Menos Guri, porque esse já é gay.
- Apollo implicou.

- Isso é o que você pensa, a quantidade de mina que eu pego em uma noite é a que tu já pegou na tua vida inteira. - Guri se defendeu e Victor caiu na gargalhada.

—Te liga no sonhador. - Apollo disse.

- Ok, Apollo. Deixa seu amigo em paz e vamos comigo? - Sugeri. - Ou vocês querem passar fome?

- Ah vai dizer que você cozinha? -
JP debochou.

—Minha mãe era uma cozinheira de mão cheia e eu aprendi algumas coisas com ela. Isso te incomoda? - Perguntei fazendo uma cara de "Lucy" ou seja, de patricinha metida.
—JP se encarnou S/N, puta que pariu. - Guri  disse.

- Ela é chata mesmo, até entendo ele.
- Apollo disse atirado no sofá confortavelmente e eu mostrei o dedo do meio e a língua
-Quer saber, fiquem aí passando fome. Se alimentem das balas que vocês usam em seus revólveres. - Disse impaciente me atirando no sofá.

-Puta que pariu, que garota mais dramática. — Apollo disse se levantando e se rendendo. - Vamos de uma vez. Ele pegou as chaves do carro e os óculos escuros.

-Calma, queridão. Quer que eu vá assim, de pijama? - O encarei com os braços cruzados.

-Claro que não, olha o tamanho dessa blusa e desse shorts. - Exagerado.

-Sem querer dizer nada, mas já dizendo, você é um filézinho hein. - Guri disse.

—Eu concordo plenamente com o meu amigão aqui. - Barreto disse dando um tapinha nas costas de Guri, o que me fez ficar totalmente sem graça, e vi Apollo ficar com uma expressão irritada.

- Eu não acho. - JP disse simples.

- Ok, acabou a palhaçada. guri , meu amigo, você gosta de pica. - Apollo disse dando um tapa na cabeça do coitado. - Barreto, vá procurar um negão, que é disso que você realmente gosta e JP, continue assim.

Apollo Mc // possessive Onde histórias criam vida. Descubra agora