A Escolha dos Deuses - A Dança dos Dragões

O Primeiro Tino

Jacaerys precisa de um descanso, mas não vai se permitir isso até saber que sua família está segura.

No entanto, crescer desse jeito e com tanta pressão sobre seus ombros não é algo fácil. Principalmente para uma criança.

Desejo a ele uma pausa feliz. Mas ele vai aceitar?

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Jacaerys observava sorrindo, mas com certa inveja à cena à sua frente. A grande área aberta do jardim do castelo estavarepleta de risadas, movimentos e alegria.

Os adultos, com sorrisos largos e olhos brilhantes, corriam atrás das crianças que fugiam emem uma mistura de gritos e gargalhadas.

O sol da tarde banhava tudo com uma luz dourada, criando uma atmosfera quase mágica.

Eles viram quando Lucerys pegou o pequeno Rys com um movimento ágil e cheio de ternura, ele o girou no ar, fazendo omenino soltar uma risada cristalina que ressoou pelo jardim.

O rei também estava lá, e ria,o som grave e reconfortante de sua voz preenchendo o espaço.

Jacaerys sentiu um aperto no peito ao ver a cena. Era raro vero um momento tão feliz e despreocupado em sua família.

Dominados pela determinação e uma luta eminente.

Jacaerys deu um passo à frente, seus olhos violeta fixos na figura dos mais velhos.

Ele sentia uma mistura de emoções que não conseguia expressar. Havia um desejo profundo de realização por conseguir dar isso ao seus irmãos mais novos.

Calma.

Infância.

Proteção.

E no entanto...

Sentia uma sensação de exclusão, como se estivesse sempre à margem dessas demonstrações.

Passou tanto tempo lutando internamente, aprendendo e se esforçando, que ele mesmo não sabia como reagir sob a perspectiva de ser tratado como um...garoto.

Seu irmão, Lucerys, parecia igualmente dividido, mas se saindo melhor, sem ter a luta e responsabilidade do futuro deles sobre seus ombros.

Lucerys sempre o apoiava, tanto quanto possível, mas era visível ainda a diferença entre os dois, mesmo com pouco tempo de diferença.

Um pouco mais à frente, Aethan implorava para kepus brincar de dragão com ele.

A brincadeira consistia em Laenor erguer o menino nos ombros e correrpelo jardim, fazendo movimentos bruscos como se estivessem voando.

O mais velho acabou rindo enquanto se levantava e corria atrás do mais novo com um sorriso maroto, seus olhos brilhando com o desafio.

As gargalhadas do menino ecoavam enquantoeles simulavam voos e viradas ousadas, as capas esvoaçando ao vento,completando a ilusão de que estavamrealmente nos céus.

Corlys Velaryon, o Senhor das Marés, estava sentado em um banco de pedra, os observando após os dois mais novos terem ouvido mais uma de suas grandiosas histórias...

Aemma, Joverrys e Aethan deitaram-se em seu ao redor anteriormente, recebendo carinhos nos cabelos e palavras suaves. Corlys, com seus longos cabelos brancos e expressão serena, parecia um porto seguro, um lugar de conforto e proteção.

Ele contava histórias do mar, de suas aventuras em lugares distantes, e os olhos das crianças brilhavam com cada detalhe.

"Então, lá estávamos nós, cercados porpiratas de todas as direções," contava, sua voz cheia de dramaticidade."Mas eu nunca fui um homem que fugisse de uma batalha veja bem..."

Os dois meninos ouviam, encantados, cada palavra do suposto avô, Jacaerys se perguntava como teria sido crescer despreocupado da mesma maneira

Aemma, sem sua atenção ser prendida, observou ao redor enquanto logo se levantava e corria ao irmão, e noivo, desejando a plena atenção de alguém.

Em um canto mais tranquilo do jardim, a princesa herdeira Rhaenyra, Lady Rhaenys Velaryon e as damas de companhia de sua princesa, como Lady Amelie Celtigar e Ellinda Mamsey s dedicavam a enfeitar os cabelos das meninas mais jovens com flores.

Baela, Helaena e Rhaena estavam sentadas em pequenos bancos, permitindo que suas longas madeixas fossem adornadas com delicadas flores coloridas.

Aemma não gostava que ninguém além de sua mãe ou sua ama, Lady Brine, mexesse em seus cachos, e além dissi não desejava mudar o penteado desta manhã.

As mulheres trabalhavam habilmente, criando tranças e coroas florais, enquanto conversavame riam. A cena exalava uma sensação de comunidade e afeto, um momento de pazem meio à turbulência que muitas vezes cercava às suas vidas.

Era inquietante. E Jacaerys, sabendo o que os aguardava, não conseguia ficar tranquilo nessa calma.

Ele se forjou.

Aprendeu e se se desenvolveu na luta. Nas estratégias e guerra.

Rhaenyra ria suavemente ao ajustar uma flor no cabelo de Helaena, que havia vindo para as comemorações, mesmo sendo acolhida pela casa de seu noivo.

"Veja como você está linda, Helaena..."disse Rhaenyra, sorrindo. "Parece uma verdadeira princesa dos contos de fada."

Ela beijava a bochecha da irmã mais nova.

Helaena, sempre tão gentil e sonhadora, corou levemente, mas sorriu em resposta, agradecendo a atenção.

Ela foi uma das que se desenvolveu com as mudanças dos tempos e o convívio direto com eles.

Mas assim como ele, Helaena conhece o futuro que os espera e a luta que pode se aproximar.

Ambos lutam contra isso. Mas o primeiro tino já foi dado.

O sangue se derramou.

O som do aço chega mais perto dos seus ouvidos.