04. Um jogo frustrante.

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Ao entrar no ginásio, Duda transmitia a sensação de calma e tranquilidade, mas por dentro, sentia-se em meio a um turbilhão de emoções. Era algo comum em todos os jogos, mas tendo ciência que estava em uma semifinal olímpica, os sentimentos positivos e negativos causava um alvoroço nos pensamentos da mulher.

Na quadra, os times faziam o aquecimento de rede, de um lado Brasil e do outro os Estados Unidos. São duas potencias do vôlei mundial tanto no feminino como no masculino, o que gerava uma certa rivalidade entre as duas torcidas.

O time brasileiro vinha de uma sequencia de derrotas contra as famosas "chicleteiras", apelido carinhoso que as americanas ganharam dos fãs de vôlei. Porém, em Maio desse ano as duas equipes se encontraram novamente, dessa vez as brasileiras ficaram aliviadas ao conseguir reverter essa situação, ganhando o jogo na base do ódio.

Por isso, o jogo de hoje não será fácil, com uma grande rivalidade e excelentes jogadoras em quadra, o jogo será um grande desafio para as duas equipes.

Enquanto estava no aquecimento, Duda aproveita para se conectar com a energia do ginásio, mesmo que estivesse bastante focada durante os alongamentos, era impossível não ouvir a torcida dos brasileiros, e isso lhe dava ainda mais motivação para fazer uma boa partida.

Ela gostava de sentir esse entusiasmo da galera, gostava de vivenciar cada momento dentro do ginásio. Era algo único!

Finalizando o aquecimento, era a hora de ouvir os hinos dos dois países ecoarem pelo ginásio. E, seguindo a formalidade de todo início de partida, as duas equipes se cumprimentaram. Agora, com todas as jogadores já dispostas na quadra respeitando o horário da competição, o árbitro soou o apito iniciando o primeiro set.

Duda's point of view.

Como o esperado, o início do jogo foi bastante disputado, pontos daqui e pontos de lá. No entanto, as americanas acabaram levando o primeiro set.

25 x 23

O segundo set começou com um erro de saque do time adversário, ponto de graça pra gente.

Em pé, ao lado da comissão técnica brasileira, eu e as outras meninas acompanhávamos atentamente tudo que acontecia na quadra.

Solto um grito de comemoração quando a Gabi fez um block insano fazendo a bola cair no chão da quadra adversária levando a torcida brasileira a loucura.

Nossa capitã é foda demais, não tem jeito!

O jogo foi esquentando e o técnico americano pediu time-out assim que marcamos mais um ponto, 11 a 8.

A partida iniciou novamente e eu voltei pra quadra com uma vontade avassaladora de amassar as chicleteiras, o ar soberbo delas me irritou pra caralho no primeiro set.

INCERTEZA | GABRIEL MEDINAOnde histórias criam vida. Descubra agora