Megumi Fushiguro.

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- Últimas merdas? - Gojou perguntou, parando na frente do homem com um buraco enorme na lateral do corpo.

Touji Fushiguro, por sua vez, abriu um sorriso debochado, mesmo com sangue escorrendo pela boca e disse:

- Caso eu morresse, preparei uma papelada passando a guarda dos meus filhos para você. - O moreno disse.

- Quê? Mas eu nem assinei nada.

- Eu falsifiquei sua assinatura.

Desgraçado, eu nem pretendia ter filhos. Agora que eu ia começar a viver. Satoru pensou, se questionando seriamente se deveria lançar outro Vazio Roxo naquele cara.

- Ah, e mais uma coisa. - O Fushiguro acrescentou. - Daqui há uns dois ou três anos, meus filhos vão ser vendidos para o clã Zenin. Faça o que quiser com isso. Eles são todos seus.

E essas foram as últimas palavras dele antes de abaixar a cabeça e fechar os olhos, morrendo silenciosamente.

...

Aquele lugar até que era simples. Bem simples.

Era uma casinha com dois andares, bem humilde, para dizer o mínimo, e com uma varanda.

- Tu tava me seguindo desde a escola, né?! - Megumi Fushiguro indagou ao notar o homem de cabelos brancos atrás dele. - Se vier pra cima, eu te quebro a cara.

Ok, sem preconceito, Satoru. Gojou pensou ao escutar a voz da criança. Você tinha uma voz de menininha quando pequeno, então sem julgamentos.

- Megumi, né? - O mais velho perguntou, não sabendo exatamente se deveria tocar ou não em Megumi.

- Quem quer saber?

Suspirando Satoru sorriu e se agachou, para ficar da altura da criança.

- Você é uma menininha bem educada, não acha? - Ele brincou, tentando fazer amizade com quem ele iria ter que adotar.

- Eu sou menino. - O garoto respondeu, cruzando os braços.

Ótimo jeito de começar uma conversa com uma criança.

- Espera, quê?! - Gojou exclamou, franzindo o cenho e pegando novamente o documento de adoção. - Mas aqui tá dizendo que você é uma menina.

- O cartório errou, então.

Que bom, como se já não bastasse os Zenin enchendo seu saco, Satoru ainda teria que ir no cartório resolver esse detalhe sobre o gênero daquele garoto.

- Tá, enfim... - O mais velho começou, guardando o documento no bolso. - Sabe seu pai? Então, eu meio que mat...

E, antes que o albino pudesse terminar a frase, Megumi o interrompeu.

- Tá, e daí? Se for para me dizer que ele tá em uma praia ou algo assim, não precisa. - O moreno disse. - Meio que eu e a Tsumiki já sabemos que ele e a mamãe nos abandonaram. Nem lembro mais da cara deles.

Ah, pronto. Agora ele perdeu a coragem de dizer que os dois morreram.

- Praia? É, poisé, né? - Gojou concordou. - Sabe, seu pai descende dos Zenin, um clã renomado entre os feiticeiros Jujutsu. São tão canalhas que até eu fico assustado. Ele abandonou a família e teve você. - Disse. - Megumi, você era o trunfo do seu pai contra o clã Zenin. Que chato, né?

- E...?

- E então que eu vou te adotar! Você e a sua irmã. - Satoru anunciou, abrindo os braços. - Isso aí! Vamos ser uma família!

Megumi Fushiguro, por sua vez, franziu o cenho, não parecendo gostar muito da ideia.

- Espera, eu vou ser adotado por um cara pobre? - O mais novo indagou.

- Pobre?! Eu?! De onde tu tirou isso?!

- Você veio a pé. Cadê tua Lamborghini?

- Escuta aqui, garotinho! - Gojou exclamou, não se importando com o fato de estar discutindo com uma criança. - Eu vim a pé porque gosto de me manter saudável, ok?!

- Pobre.

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Notas de le criadore:

O capítulo foi inspirado em alguns shorts do canal: "VoiceMakers".

Só isso mesmo.

Com amor, Gansonildo. ✍️

Minha Infância com Satoru Gojou - SatosuguOnde histórias criam vida. Descubra agora