𝐶apítulo 3

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VIOLET

"fica."

POR MAIS QUE achasse que fosse forte o bastante para aguentar, não consegui conter as lágrimas enquanto contava o acontecimento para minha melhor amiga

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POR MAIS QUE achasse que fosse forte o bastante para aguentar, não consegui conter as lágrimas enquanto contava o acontecimento para minha melhor amiga. Rafael apenas arregalava os olhos e resmungava a cada frase que eu dizia, incrédulo. a Gabi me abraçou forte. eu me sinto sortuda por sempre poder contar com ela.

- é.. e como o meu ex namorado provavelmente deve estar comendo outra na nossa cama, eu realmente não tenho pra onde ir.

como eu imaginava, Rafael virou o rosto e resmungou.

- que cara filho da puta.

ele disse e Gabriela começou a pensar.

- lá em casa não vai sobrar quartos.. eu e o matt iremos ficar em Live, então se você dormir no sofá, provavelmente não vai dormir.

- não tem problema nenhum! eu só preciso de algum lugar.

supliquei, sentindo mais uma vez aquela sensação ruim no peito. eu estava suplicando por um lugar pra ficar, era humilhante. Minha sorte, é que era pra Gabriela. O simples fato de ela estar lá, já ameniza a toda a situação.

- você pode ficar aqui. - o Lange comentou e Gabriela o olhou com a sobrancelha arqueada. - é, eu só vou trocar o lençol da cama, daí você dorme lá. eu não ligo de dormir no sofá.

suspirei aliviada, agradecendo a ele com os olhos. Gabriela concordou, mas antes de se despedir, puxou ele para um canto da sala e me disse.

- um minuto, vivi. papo de irmão.

a única coisa que consegui ver foi ela com os olhos serrados e apertando o braço dele enquanto ele apenas concordava com tudo o que ela falava. Eles cochicharam assim por algum tempo, até que ela voltou para pegar a sua bolsa que estava do meu lado.

- se cuida.. qualquer coisa, me liga pelo celular do rafa.

senti seus braços me envolverem e assim, eu a abracei de volta. em seguida, ela mostrou o dedo do meio para Rafael e saiu do apartamento.

- então.. - ele tentou quebrar o silêncio constrangedor que ficou quando sua irmã saiu. - já tem umas boas horas desde que você chegou, 'tá afim de comer alguma coisa?

concordei com a cabeça.

- 'cê sabe cozinhar?

- é.. - ele balançou a cabeça meio sem jeito e respondeu de uma forma nada afirmativa. - mais ou menos..

estava na cara que ele não sabia cozinhar. dei um sorriso ladino e me aproximei da cozinha, abrindo alguns armários e procurando algo que eu conseguisse cozinhar.

- o que você 'tá fazendo?

- 'tô procurando algo pra comer.. caralho, faz quanto tempo que você não olha esses armários? 'tá praticamente tudo vencido.

virei o rosto pra trás para encara-lo, ele estava de cabeça baixa e coçando seu cabelo. Bufei, revirei os olhos e voltei a procurar.

- é que eu geralmente peço por delivery..

avistei um macarrão que faltavam apenas três meses para atingir sua validade. eu o peguei e abri a geladeira, em busca de molhos.
puta. que. pariu. quanta bebida.
sua geladeira era basicamente composta por bebidas alcoólicas e restos de comida guardados. tinha tanta bebida que eu mal conseguia procurar o que eu queria. tinha gin, whisky, cerveja, cachaça, muita coisa. principalmente vinho, MUITO vinho.

- puta merda.. como você ainda não morreu?

- 'cê sabe, né? é que eu sou perfeito demais pra morrer tão cedo. - ele se aproximou de mim e pegou uma garrafa de vinho das milhares que haviam na geladeira. - se eu tivesse morrido antes, o que seria de você?

- você é tão convencido.

- eu não sou tão convencido assim.. - suas mãos correram até uma grande estante que haviam diversos copos e algumas taças, pegando duas e abrindo o vinho. - você que é chata.

- chato é você! - por incrível que pareça, achei no meio daquelas bebidas exatamente os molhos que eu precisava, e mais impressionante ainda, não estavam vencidos. - por que vai abrir o vinho agora? o certo não seria abrir depois? quando a gente estiver comendo.

ele riu enquanto colocava o líquido nas duas taças, me entregando uma.

- é só 'pra você conseguir me aturar até lá.

- você vai se arrepender de ter dito isso quando me ver bêbada. temos duas opções quando há violet bêbada. são elas, muita carência ou muita raiva.

Rafael levou a taça até sua boca e saboreou um gole do vinho.

- acho que já é tarde demais 'pra me arrepender disso. terei que aguentar alguma dessas versões, pelo visto.

eu sorri para ele e peguei uma panela, abrindo todas as embalagens e começando a preparar o macarrão.

- uau.. e não é que você sabe cozinhar mesmo..

- eu disse! eu sou perfeita.

seus olhos se reviraram e eu fiz um coque frouxo no cabelo. os olhos do garoto se prenderam em mim.

- você tem sorte mesmo é de eu estar aqui, era eu quem cozinhava lá em casa.

- acho que agora a convencida é você.. já 'tô acostumado a comer comidas de fora todo dia, mas vamos ver se você realmente sabe fazer essa gororoba aí.

- ei, não chama o meu macarrão profissional de gororoba!

fingi tristeza e fiz um biquinho.

- não fica assim..

ele se aproximou de braços abertos enquanto eu mexia a panela. e no exato momento que ele foi me abraçar, ele pegou o creme de leite, colocou uma gota na ponta do dedo e passou em meu nariz. filho da puta!

- Rafael! - eu soltei a colher e dei vários tapinhas fracos nele. - achei que iria ganhar um ajudante sendo que na verdade ganhei o contrário.

- o que você quer dizer com isso, ruivinha? eu não 'tô atrapalhando ninguém!

me virei para voltar a mexer a panela e no momento em que eu segurei a colher para voltar a misturar o molho, ele puxou uma parte da minha franja que estava solta.

- eu vou matar você. - falei baixo e virei lentamente para ele, o encarando com um olhar mortal.

 - falei baixo e virei lentamente para ele, o encarando com um olhar mortal

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