𝐶apítulo 5

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VIOLET

onze horas.

ABRI MEUS OLHOS no momento em que uma grande luz invadiu o quarto onde estava e meus olhos foram cobertos pelo brilho intenso, junto á um barulho de cortinas se abrindo

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ABRI MEUS OLHOS no momento em que uma grande luz invadiu o quarto onde estava e meus olhos foram cobertos pelo brilho intenso, junto á um barulho de cortinas se abrindo. me virei para o lado oposto do sol, sonolenta, mas senti duas mãos me balançarem.

- ei, você não acorda nunca? já são onze horas.

onze horas?
me sentei na cama e cocei meus olhos, olhando para o rosto de rafael com dificuldade por conta da luz forte que refletia pela janela. o mais alto riu e passou suas mãos por alguns dos meus fios de cabelo, afim de tentar ajeita-los.

- já achei que você tinha morrido. mas pelo visto 'tava só hibernando.

eu o vi caminhar até a suíte do quarto.

- olha, em minha defesa, eu 'tava cansada!

rafael voltou e revirou os olhos, me entregando uma escova de dentes nova.

- se arruma, vou te levar pra arrumar um celular novo.

soltei um suspiro aliviada, quase não via a hora de ter meu celular funcionando mais uma vez.

- graças a deus.. não vejo a hora de ter meu celular em minhas mãos.

eu fui até o banheiro e comecei a movimentar a escova coberta de pasta por meus dentes, enquanto rafael ficou escorado na porta me observando com seu celular na mão. ouvi algumas risadas anasaladas do garoto, mas não dei bola.

- parece que eu acabei de encontrar a maior inimiga da escova de cabelo.

arqueei uma sobrancelha e olhei para o lado, encarando seus olhos azuis enquanto ele ria. assim que terminei minha higiene bucal, olhei para o espelho que se encontrava em minha frente, me dando conta de que meu cabelo estava bagunçado.

- ah.. não é pra tanto! ele só 'tá um pouquinho desajeitado.

sua única resposta foi rir após a enorme fuzilada que eu o dei com o olhar.

- o que 'cê gosta de comer? vou passar em algum lugar 'pra gente almoçar.

pensei por algum tempo, mas, recusei. eu não tinha levado dinheiro algum. eu já estava em sua casa, não queria o atrapalhar mais com algum pedido idiota.

- não precisa.. 'tô sem fome.

- mas já tem bastante tempo desde que você comeu.. tem certeza? - sua expressão mudou para preocupação, dava pra perceber que ele estava olhando para a minha pele, tentando notar se eu estava pálida ou algo assim. - você não trouxe dinheiro, é isso? não se preocupa, eu pago.

- não precisa, é sério..

antes mesmo que eu terminasse a frase, ele balançou a cabeça, indicando que ia pagar.

- me diz, vai. o que você quer comer?

pensei mas uma vez, mas realmente, eu não tinha nada em mente.

- sei lá, escolhe você.

rafael me olhou com um sorriso ladino, e a única coisa que eu quis fazer nesse momento era ler seus pensamentos.

- olha, talvez você não goste muito da opção que tenho em mente..

- tudo menos fast food. - vi ele bater o pé no chão feito uma criancinha mimada, era quase impossível evitar uma risada. - vai fazer birra agora?

seus olhos se reviraram com o que eu falei. ele ia realmente nos levar pra almoçar em um fest food.

- mas por que não? eu juro que não é tão ruim assim quanto você pensa.

- ruim eu sei que não é, mas é que eu sou filha de nutricionista e sei desde pequena o quanto faz mal. pra falar a verdade, só devo ter comido isso umas duas ou três vezes na vida.

ele arregalou os olhos, completamente incrédulo.

- o que? três vezes? nós vamos agora mesmo no Burger king. se troca logo.

- ah, mas não vamos não.

seu indicador pousou em minha boca, me fazendo ficar em silêncio, seu gesto me fez dizer um palavrão mentalmente. que ódio.

- sou eu quem 'tá pagando, acho que tenho o direito de escolher, né? comer um dia ou outro não vai te fazer mal.

e pela primeira vez na vida, alguém me convenceu a querer comer fast food. as outras três são só um acaso.

- tudo bem.

um sorriso largo brotou em seu rosto, aquilo ela claramente um sorriso vitorioso. eu também sorri em resposta e fiz um sinal para que ele saísse do quarto para me dar espaço para que eu me trocasse.

me afastei da suíte e comecei a vasculhar seu guarda-roupas á procura das roupas perdidas da gabriela. não foi tão difícil, estava bem bagunçado, mas nada que seja impossível para mim. não vou mentir, fico até impressionada com a quantidade de roupas femininas que tem aqui. escolhi a roupa que pensei que fosse vestir melhor em mim e assim, me troquei e saí do quarto.

o lange estava com uma xícara de café na mão observando o próprio celular. assim que eu me aproximei dele, seus olhos se voltaram a mim. seu corpo congelou feito uma estátua, e ele estava.. corado?
seus olhos estavam presos em mim e ele me observava de cima a baixo.

- ah, não ficou tão ruim assim, vai..

- ficou ridículo.

ele implicou, mentindo. estava praticamente escrito nos olhos dele que não estava falando a verdade.

- pelo jeito que você tá me encarando não é o que parece. eu sei que fiquei linda, gabriela tem bom gosto.

soltei uma risada baixa, ajeitando a parte de baixo do vestido que eu usava.

- eu não acredito que você ainda não arrumou o cabelo.

entre risadas, ele entrou em seu quarto e agarrou uma escova de cabelo, voltando para perto de mim e cutucando meu ombro.

- vira de costas.

virar? nem ferrando que ele vai realmente pentear meu cabelo.

antes mesmo que eu tivesse a chance de contestar, ele segurou meus ombros com as duas mãos e virou meu corpo até que eu ficasse de costas para ele, começando a passar a escova de maneira delicada sobre meus fios. de maneira delicada até demais pra uma pessoa que literalmente implicou comigo o desde que acordei.

 de maneira delicada até demais pra uma pessoa que literalmente implicou comigo o desde que acordei

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