LUTHER
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"BOM CRIANÇAS. E é isso que vocês comeriam se estivessem vivendo no espaço." Concluo, após uma longa explicação sobre como funcionam as comidas pastosas dos astronautas e como o filme Perdido em Marte, com Matt Damon, está totalmente equivocado. "Eu não teria vivido tanto tempo na lua vivendo apenas de batatas." Digo, e as professoras riem de mim.
A turma aos poucos se direciona para o próximo salão e sigo com meus afazeres na área do planetário do museu, juntando alguns panfletos que precisavam ser organizados. Sinto uma leve cutucada em meu braço direito e quando me viro, avisto uma das professoras, uma mulher mais ou menos da minha idade, me encarando por trás dos óculos.
"Ah oi, tudo bem? Posso te ajudar?" A moça morde o lábio inferior, desviando o olhar. Parece um pouco nervosa quando fala "É...oi! Er, eu queria te agradecer pela paciência com as crianças... quer dizer, achei sua apresentação muito interessante, você leva muito jeito com isso... gostaria de tirar algumas dúvidas sobre o museu e...queria saber se tem planos para mais tarde..." Olho para ela confuso. "V-Você foi excelente com as crianças e parece conhecer bastante sobre o espaço. Então..." Sou pego desprevenido com a pergunta.
Suspiro e me viro em direção ao display com os panfletos, posicionando os que estavam em minhas mãos dentro dele. "Desculpe senhora, mas sou casado e já tenho planos para hoje a noite." A observo pelo canto do olho e percebo que seu sorriso sem graça desaparece. Ela parece meio roxa de vergonha.
"Ah, meu Deus, eu não quis-" Ela dá um passo para trás, balançando os braços. "Não, não está tudo bem! É só que eu vou precisar recusar o convite." Digo, tentando agir com naturalidade para não deixá-la ainda mais constrangida. "Não é claro... b-bom eu preciso voltar com a turma. Me desculpe mesmo!" Ela finaliza, já se afastando apressadamente.
"Destruidor de corações heim!" Provoca Robin, minha colega de trabalho, enquanto cai na risada enquanto suspiro revirando os olhos.
Mesmo depois de tantos anos, ainda não me acostumei com meu novo corpo que, aparentemente, atrai as mulheres mais do que eu gostaria.
VIKTOR
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JÁ SÃO QUASE TRÊS DA TARDE e sirvo minhas últimas cervejas no salão antes de trocar de turno com Jesse.
Confesso estar nervoso em rever a família toda reunida depois de tanto tempo. Mas Alisson me fez prometer que iria a festa da pequena Grace, caso contrário também não apareceria. Ela ainda acha que todos a odeiam por ter ficado ao lado do nosso pai e sei melhor do que ninguém sobre como é o sentimento amargo de se sentir rejeitado pela família.
Ben aparece descendo as escadas enquanto veste um casaco. "Já está quase na hora!" Grito para ele, que me olha com uma careta enquanto se aproxima. "Tem certeza que eu preciso mesmo estar lá?" Ele diz, se sentando ao balcão, enquanto lhe sirvo uma dose. "Mas é claro que sim. Ou você esqueceu de que trabalha no salão de festas onde a Lila vai fazer o aniversário."
Ele revira os olhos e grunhe. "Ahh, mas que maravilha de vida." Ben vira o copo. "Ei, você precisa do dinheiro lembra? Pra pagar nosso aluguel." Ele bate com o copo sobre a mesa e eu suspiro, enquanto organizo alguns copos na bancada.
"Tem certeza que você não consegue nada pra mim aqui?" Ele pergunta, entrelaçando as mãos em frente ao rosto, com os cotovelos apoiados no balcão. "Já falei, o dono do bar disse que só tinha vaga para um turno e o dinheiro que ele desconta do aluguel do apartamento lá em cima só paga metade do valor que a gente deve." Um homem do outro lado do salão pede por mais uma dose e vou atendê-lo. "Não é minha culpa se você foi demitido de todos os outros empregos na cidade."
Bem me encara com os olhos estreitos e a mandíbula cerrada, bufando.
"Além disso, tem outras coisas pra nos preocuparmos."
BEN
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VIKTOR SUBIU PARA TROCAR de roupa enquanto continuo no bar.
Peço mais uma dose para Jesse e viro o copo sem ao menos saborear.
"Vamos!" Viktor chama, descendo as escadas e andando na direção da porta. Me levanto, deixo uma nota de dez sobre o balcão e caminho na direção da saída com as mãos nos bolsos. "Você acha mesmo que vão estar todos lá?" Pergunto, enquanto atravessamos o estacionamento e subimos na caminhonete. "Olha, o Luther parecia bem animado quando falei com ele pelo telefone da última vez."
Solto uma risada sarcástica. "O Luther sempre parece animado." Viktor sorri e da a partida no carro. "Bom, você tem razão."
Pegamos a via e me recosto na janela, olhando para fora enquanto o vento bate em meu rosto. "Você acha que todos eles me odeiam?" Sinto o olhar de Viktor sobre mim, mas mantenho o foco na paisagem. "Por que acha isso?" Ele pergunta.
"Bom, eu não sou o Ben que vocês conheceram quando eram crianças. Eu não sou um Umbrella, sou um Sparrow, você sabe." Faz-se um silêncio por um momento. "Olha, por experiência própria eu posso dizer que também não fui um Umbrella. Mas sabe, não sei o quanto isso é importante agora." Viktor para em um semáforo e continuo pensativo.
Ele vira o carro no cruzamento e percebo que o caminho que está fazendo não é o correto para o salão de festas. "Ei, você pegou a entrada errada." Digo, vendo a via certa passar. "Bom, tem um lugar em que precisamos passar antes da festa. Se eu te contasse antes acho que ficaria bravo comigo." Reviro os olhos e levo a mão a testa. O que mais teria de aguentar hoje?
KLAUS
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"VIKTOR! MAS QUE SURPRESA TE VER POR AQUI!" Estendo os dois braços em sua direção. Deixando a pequena sacola com meus pertences pender no chão.
"Klaus, você literalmente me ligou no começo da semana pedindo pra vir te buscar." Assinto com a cabeça, enquanto abraço o pequenino. "Bom é, isso é verdade mesmo." Percebo uma movimentação dentro do carro e me abaixo na janela, me deparando com a carranca de Ben no banco do passageiro. "Ben! Você também está aqui! Ah, mas que maravilha!" Bato palmas.
"Viktor por que não disse antes que viríamos pegar o Klaus na reabilitação?!" Percebo ele bufar indignado e faço um biquinho. Viktor suspira e se vira para porta do motorista, abrindo-a e entrando no carro. "Você não teria vindo." Ele diz.
"Pego minha sacola do chão e abro a porta do passageiro, me sentando no banco do meio e pondo o cinto de segurança. Os dois me encaram. "Que foi gente? Vocês esqueceram que perdemos nossos poderes? Eu não posso mais ficar dando bobeira por aí. Sabem quantos acidentes de carro acontecem todos os dias? As pessoas morrem por muito menos."
Os dois reviram os olhos e se voltam novamente para frente. "A propósito." Digo. "Obrigado por me deixarem ficar com vocês no apartamento até encontrar outro lugar."
"AHH NÃO! VOCÊ SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA!" Ben grita e Viktor da a partida no carro.
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— NOTA DA AUTORA!
estão preparados? a família já está quase toda reunida e os últimos Hargreeves vem por aí. o que estão achando da história?
os comentários de vocês são muito importantes para mim <3 me digam, qual o pov que vocês estavam/estão mais ansiosos para ver?
— K.
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The Umbrella Academy | Season Four
Fanfiction"Seis anos se passaram desde o infame incidente no Hotel Obsidian, que transportou toda a família para uma nova realidade, desprovida de seus poderes. Nesse período, o único evento notável foi a chegada da pequena Grace, filha de Diego e Lila. No en...