𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝕯𝖔𝖎𝖘 - 𝕯𝖊𝖘𝖕𝖊𝖉𝖎𝖉𝖆𝖘

74 14 12
                                    



🐉

ERA A TERCEIRA RODADA seguida que Isolde ganhava, e cada segundo Viggo só ficava mais apreensivo e sério, ele jogava bem, ela podia ver que ele era inteligente e esperto, mas ele não estava vendo uma coisa que era de certa forma clara para ele, algo que ela havia notado na metade da segunda partida.

— vamos de novo — ele disse decidido sem tirar os olhos do tabuleiro

— Viggo, esta ficando tarde, se ainda estiver por aqui podemos jogar amanhã, o que acha?

— ta — sem olhar para ela ele começou a juntar as peças do jogo

— ei — ela chamou sua atenção para que ele olhasse para ela, assim que ele fez isso ela continuou — escuta Viggo, você sempre insiste em ser o honrado chefe viking — ela se levantou — em bastões e garras como na vida, a linha entre o bem e o mal geralmente não é muito clara, preto e branco podem virar cinza facilmente, oque alguém considera maldade, outro pode considerar bondade, o honrado chefe que não consegue ver isso… é cego. Entende?

Ele parou e refletiu por um momento, ele terminou de juntar as coisas e se levantou também, ele se virou para ela.

— obrigado, acho que agora eu entendi — ele sorriu — até amanhã, garota com personalidade

— até amanhã… droga não tenho um apelido pra você…

Ele riu e foi embora, Isolde sorriu para ele e depois seguiu seu caminho também, durante o percurso  ela se pegou pensando no garoto, de fato ele era diferente dos outros que ela conheceu, estava acostumada com o típico padrão de Berk, ou era um futuro guerreiro, um futuro pescador ou um futuro ferreiro, ela nunca se deparou com alguém, diferente, antes, mas oque era esse diferencial que a atraia tanto?

Ao chegar perto ela viu seu pai conversando com um outro homem que aparentava ser mais jovem, você chutaria que ele estava na casa dos 30 anos, ele era alto, magro com vestes pretas que cobriam do pescoço aos pés, pálido e de cabelos platinados, os olhos azuis claros, como o céu limpo a luz do dia.

— Isolde! — seu pai viu você se aproximar — venha cá, quero que conheça alguém — ele então se virou para o outro homem — essa é minha primogênita, vai me suceder um dia! Eu deposito grande esperança nela, ela tem garra, disposição e é esperta, vai se tornar uma caçadora até melhor que eu um dia

— eu devia ter a sua idade quando abati meu primeiro fúria da noite — Isolde olhou atentamente para o homem, não com medo por ser um dragão considerado perigoso, mas com admiração, ele se abaixou na altura dela — o truque, é pensar como eles, sempre estar a frente, e nunca, exitar

Ela concordou com a cabeça e se manteve em silêncio, o homem havia se levantado e iniciado a conversa novamente com Stoico. Isolde pediu licença e se afastou, pensando no que ele havia dito, ela estava a caminho de sua tenda quando uma explosão ocorreu em outra parte da ilha, não muito distante, todos viraram sua atenção para lá imediatamente reconhecendo a explosão como a de um dragão.

— Isolde! Vá para dentro e não saia de lá!

Os dois partiram rumo a explosão, ela se manteve imóvel por um momento e então voltou a ir em direção a tenda, mas algo chamou sua atenção, um vulto nas folhagens próximas, ela entrou na tenda, pegou sua adaga e partiu para próximo, embora fosse proibida de caçar dragões ou entrar na linha de fogo, na a impediu de estudar e aprender observando de sua janela os ataques de dragões em Berk, ou com as histórias que seu tio muitas vezes lhe contava.

Bastões E Garras - Viggo Grimborn Onde histórias criam vida. Descubra agora