𝕮𝖆𝖕𝖎𝖙𝖚𝖑𝖔 𝖀𝖒 - 𝕴𝖑𝖍𝖆𝖘 𝖉𝖔 𝖓𝖔𝖗𝖙𝖊

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ISOLDE OBSERVAVA O MAR da popa do navio, impaciente, pela primeira vez estaria saindo de Berk, sua terra Natal, mesmo que para isso tivesse que ter entrado escondida dentro de um barril e enfrentar a fúria de Stoico.

- falta muito Bocão? - perguntou ao perceber que seu tio de consideração, melhor amigo de seu pai, havia se aproximado

- não, estamos bem perto

Isolde se virou para ele, seus olhos brilhavam por tamanha empolgação.

- e como é lá? Oque vamos fazer lá? Vamos caçar dragões?

- ah, as ilhas do norte, todo ano chefes, caçadores, líderes de família mais influentes se encontram nesta ilha para discutir sobre dragões e mais um monte de baboseira - ele olhou para a linha do horizonte - e claro, aproveitar o festival.

- vai ter um festival? - perguntou encantada

- é... está mais para uma feira, um comércio de itens para caçadores e vikings

- legal

- as ilhas do norte não é lugar para crianças - uma terceira voz se fez presente, Stoico, chefe de Berk e pai de Isolde - portanto minha filha, se não quiser se encrencar mais do que já esta, vai se comportar, e não vai sair de perto do Bocão

- oque? - Bocão perguntou indignado

- não é você quem vive incentivando essas atitudes de rebeldia?

Isolde riu e ignorou a discussão que se formava.

"eles parecem um casal de velhas"

Pensou, ela olhou para frente e estreitou os olhos numa tentativa de focar no que se formava através da neblina densa, quando finalmente a ultrapassaram, ela se deparou com uma ilha formada por uma planície, rodeada por montanhas rochosas e florestas verdejantes. Era possível ver diversos navios chegando ou já atracados no cais, cada vela com seu próprio brasão, indicando famílias, facções ou aldeias.

- Uou... - ela ficou boquiaberta com oque via - chegamos...

- fecha boca se não entra dragão - disse bocão.

Isolde franziu o cenho e olhou para ele

- como um dragão entraria na minha boca?

Ele deu de ombros e se virou

- não sei, mas dizem que tem gosto de galinha

Não demorou muito para eles atracarem o navio, a garota correu pelo convés do navio até a a rampa de acesso que dava no cais, mas foi para abruptamente por seu pai.

- eu sei, não saia de perto do Bocão, tente aprender algo com esta viagem, não estamos a passeio e sim a trabalho - ela disse de modo entediante ja imaginando o que seu pai diria

- e não se meta em mais encrencas - ele disse sério para ela depois se abaixou de modo que ficasse na altura da garota - só tome cuidado tudo bem? Quero você de volta antes do por do sol, montaremos acampamento ali

Ele apontou para o leste da ilha, ela se iluminou, acenou com a cabeça e desceu do navio viking, o cais cheirava a peixe e tinha vikings por todos os cantos, carregando mercadorias, pacotes, caixas barris e grandes celas, todas cobertas - devem ser dragões - ela pensou.

Ela resolveu seguir para onde eles carregavam todas essas coisas, alguns chegaram a esbarrar nela, olhando feio depois e resmungando coisas como aquele não ser um lugar para crianças e fedelhos bisbilhotar.

Bastões E Garras - Viggo Grimborn Onde histórias criam vida. Descubra agora